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Reciclagem – cuidando do Planeta
26/12/19
A Evolução do Conceito de Lixo
A palavra lixo é derivada do termo em latim lix que significa: a) “cinzas” de uma época em que a maior parte dos resíduos de cozinha era formada por cinzas e restos de lenha carbonizada dos fornos e fogões; e também b) lixare (polir, desbastar) onde lixo seria então a sujeira, os restos, o supérfluo que a lixa arranca dos materiais. No dicionário, ela é definida como sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. Lixo, na linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e é representado por materiais descartados pelas atividades humanas. Desde os tempos mais remotos até meados do século XVIII, quando surgiram as primeiras indústrias na Europa, o lixo era produzido em pequena quantidade e constituído essencialmente de sobras de alimentos.
A partir da Revolução Industrial, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala e a introduzir novas embalagens no mercado, aumentando consideravelmente o volume e a diversidade de resíduos gerados nas áreas urbanas. O homem passou a viver então a era dos descartáveis em que a maior parte dos produtos — desde guardanapos de papel e latas de refrigerante, até computadores — são inutilizados e jogados fora com enorme rapidez.
Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das metrópoles fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escassas. A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e piorou as condições de saúde das populações em todo o mundo, especialmente nas regiões menos desenvolvidas. Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros urbanos é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depósitos existentes nas periferias das cidades.
A questão é: o que fazer com tanto lixo?
O lixo geralmente é mais rico do que imaginamos…
Tipos de Lixo e Sua Reutilização
Tipos de lixo com suas respectivas cores para reciclagem.
PAPEL
A matéria-prima vegetal mais utilizada para a fabricação de papel é a madeira obtida em áreas de reflorestamento (na sua maioria, eucalipto e pinus).
A matéria-prima é processada química ou mecanicamente, ou por uma combinação dos dois métodos, gerando a “pasta celulose”. A pasta de celulose também pode ser obtida por meio da reciclagem do papel.
Para produzir 1 tonelada de papel são necessárias 2 a 3 toneladas de madeira, uma grande quantidade de água e muita energia. A reciclagem de papel preserva as árvores que seriam cortadas para fabricá-lo, reduz a poluição do ar e da água, além de economizar energia.
Reciclável | Não Reciclável |
Caixa de papelão | Papel sanitário |
Jornal | Copos descartáveis |
Revista | Papel carbono |
Impressos em geral | Fotografias |
Fotocópias | Fitas adesivas |
Rascunhos | Etiquetas adesivas |
Envelopes | |
Papel timbrado | |
Cartões | |
Papel de fax |
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CICLO DA RECICLAGEM DO PAPEL
1. O catador de recicláveis recebe o papel utilizado e o separa de acordo com o tipo.
2. Remove-se objetos como clips, grampos e plásticos, e o papel é organizado em “fardos”, que são enviados para as indústrias papeleiras.
3. Os fardos são cortados em tiras e carregados por uma esteira até um enorme tanque de água quente chamado “hidropulper”, que corta e agita o papel até ser transformado numa pasta de celulose.
4. A água é retirada da polpa por drenagem, eliminando-se também por esse processo impurezas como fibras ou arames.
5. Produtos químicos e corantes podem ser adicionados à polpa antes de ser processada em uma outra máquina.
6. A polpa preparada é jogada sobre uma tela de arame que funciona como peneira. A água passa através das malhas deixando somente as fibras agregadas que se transformarão no papel.
7. A água deixada nas fibras é prensada e o papel é secado por meio de rolos e pesados cilindros aquecidos a vapor.
8. A superfície do papel é alisada, sendo depois enrolado em bobinas. E está pronto para ser utilizado novamente.
BENEFÍCIOS DA RECICLAGEM
Economia dos seguintes recursos naturais:
– Madeira: uma tonelada de aparas pode substituir de 2 a 4 m3 de madeira, conforme o tipo de papel a ser fabricado.
– Água: na fabricação de 1 tonelada de papel reciclado são necessários apenas 2 mil litros de água, ao passo que, no processo tradicional, esse volume pode chegar a 100 mil litros por tonelada.
– Energia: em média, economiza-se metade da energia, podendo-se chegar a 80% de economia quando se comparam papéis reciclados simples com papéis virgens feitos com pasta de refinador.
PLÁSTICO
A leveza e a maleabilidade fazem do plástico um dos materiais preferidos para embalar e transportar produtos. Porém, a indústria plástica criou um dos maiores problemas ambientais deste século: a eliminação do lixo plástico.
Os materiais plásticos ocupam muito espaço nos aterros, devido a dificuldades de compactação e por sua baixa degradabilidade. As embalagens plásticas, lançadas indevidamente no ambiente, contribuem para entupimentos, propiciam condições de proliferação de vetores de doenças, prejudicam a navegação marítima e agridem a fauna aquática.
Geralmente, os plásticos manufaturados chegam ao final da vida útil praticamente sem modificações substanciais nas suas características físico-químicas. Entretanto, boa parte dos plásticos usados pode ser reciclada, resultando, daí, ganhos ambientais, econômicos e sociais.
O QUE SE PODE FAZER COM PLÁSTICO RECICLADO
Plástico | Objetos mais adequados à reciclagem | Alguns objetos que podem ser feitos com plástico reciclado |
PS | Caixas de CDs, embalagens de laticínios | Vasos de plantas, cabides |
PP | Caixas de baterias de automóveis, sacos de ráfia | Tubos de esgoto, caixas e vasos para plantas |
PE | Garrafas, engradados | Sacos, vazilhame de produtos de limpeza |
PET | Garrafas | Fibras para fazer vestuário, caixas, fibras para enchimento |
PVC | Tubos, perfis | Tubos de esgoto, solas de sapatos, perfis |
ESP | Caixas, embalagens | Vasos para plantas, cabides |
BENEFÍCIOS DA RECICLAGEM:
– Economia de energia e petróleo;
– Aceleração da decomposição da matéria orgânica nos aterros sanitários, pois o plástico impermeabiliza as camadas de material biologicamente degradável, prejudicando a circulação de gases e líquidos;
– Redução do volume de lixo depositado em aterros, aumentando sua vida útil.
Poucas são as empresas que fazem todo o processo de reciclagem do plástico. O mais comum é:
1º Grupo » Empresas de comercialização de resíduos: compram a sucata plástica, separam, prensam em fardos e vendem
o resíduo classificado.
2º Grupo » Empresas de transformação dos resíduos em grânulos: compram os resíduos já classificados e transformam
em grânulos.
3º Grupo » Empresas de fabricação de novos produtos: compram os grânulos e transformam em novos produtos.
RECICLAGEM DE PET
PET é o melhor e mais resistente plástico para fabricação de garrafas e embalagens. Devido às suas características, o PET mostrou ser o recipiente ideal para a indústria de bebidas em todo o mundo.
Porém, com o aumento do consumo, surgiu um grande desafio a ser resolvido: o que fazer com as embalagens já utilizadas e descartadas?
A coleta e a reciclagem da embalagem PET têm sido cada vez mais incentivada, permitindo o uso da matéria original para a fabricação de diversos produtos. Um dos mais interessantes é produção de fibras de poliéster. Essas fibras estão sendo largamente utilizadas na indústria têxtil e nas confecções.
METAL
O homem moderno é extremamente dependente dos metais. Nos veículos, na construção civil, nas ferramentas e nos utensílios domésticos, os metais estão presentes em grandes quantidades. Nas aplicações elétricas, o cobre é fundamental. Os metais leves, como alumínio, titânio e zircônio, são cada vez mais usados.
Os metais são materiais muito duráveis de grande resistência mecânica e facilidade de conformação, sendo muito utilizados em equipamentos, estruturas e embalagens em geral. Quanto à composição, os metais são classificados em dois grandes grupos: os ferrosos (compostos basicamente de ferro e aço) e os não-ferrosos. Entre os metais não-ferrosos, destacam-se o alumínio, o cobre, o chumbo, o níquel e o zinco.
Os metais são 100 % recicláveis. Para a reciclagem, os metais são separados por tipo:
– sucatas pesadas: geralmente encontradas nos “ferros-velhos” (vigas, equipamentos, chapas, grelhas etc.);
– sucatas de processo: cavacos, limalhas e rebarbas, além de peças defeituosas que voltam ao processo industrial;
– sucatas de obsolescência: materiais destinados ao lixo, após o uso.
As sucatas de materiais ferrosos são vendidas para as siderúrgicas e fundições que os usam como matéria-prima para a produção de aço. As mais comuns são:
– aço e ferro, usados em obras de construção civil;
– tubos de ferro e aço;
– ferro fundido: blocos de motores, peças, tubos, conexões;
– latas vazias;
– cabos elétricos;
– tambores de 200 litros;
– peças de máquinas;
– pedaços de objetos variados.
As sucatas de materiais não-ferrosos mais comuns são:
– alumínio: latinhas de bebidas, janelas, portões, grades, panelas, rodas, marmitex;
– cobre encapado: fios com capa de isolação;
– cobre nu: fios sem isolação, tubos;
– chumbo: redes de canalização, tanques e aparelhos de raios, lacres, chumbo de roda;
– zinco: placas de pilhas, telhas;
– estanho: peças variadas;
– níquel;
– titânio;
– bronze;
– latão;
– magnésio.
Reciclagem de Alumínio
De acordo com dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), a cada 1Kg de alumínio reciclado, 5Kg de bauxita (minério de onde se produz o alumínio) são poupados. Para se reciclar 1 tonelada de alumínio, gasta-se somente 5% da energia que seria necessária para se produzir a mesma quantidade de alumínio primário, ou seja, a reciclagem do alumínio proporciona uma economia de 95% de energia elétrica.
A reciclagem da lata representa uma enorme economia de energia. Para produzir o alumínio são necessários 17,6 mil kW. Para reciclar, 700 kW. A diferença é suficiente para abastecer de energia 160 pessoas durante um mês. Hoje, em apenas 42 dias, uma latinha de alumínio pode ser comprada no supermercado, jogada fora, reciclada e voltar às prateleiras para o consumo.
VIDRO
O vidro é um material duro, frágil e transparente. É fabricado a partir de algumas das matérias-primas mais abundantes da face da Terra. O elemento básico do vidro é a sílica, fornecida pela areia, óxidos fundentes, estabilizantes e substâncias corantes.
O uso da embalagem para o mesmo fim, várias vezes, é o primeiro dos atributos que diferenciam o vidro da maioria dos materiais de embalagem.
O aproveitamento do vidro na reciclagem é de 100%. Os cacos são utilizá-los como matéria-prima na fabricação de novas embalagens de vidro. O material é fundido em fornos de alta temperatura junto com a matéria-prima virgem (calcário, barrilha, feldspato, entre outros). Cada 1 Kg de vidro que é reciclado evita a mineração de 1,3Kg de areia – uma prática de alto impacto ambiental.
CLASSIFICAÇÃO DE SUCATAS DE VIDRO
Recicláveis | Não Recicláveis |
Garrafas de bebida alcoólica e não alcoólica | Espelhos, vidros de janela e box de banheiro, lâmpadas, cristal |
Frascos em geral (molhos, condimentos, remédios, perfumes e produtos de limpeza) | Ampolas de remédios, formas, travessas e utensílios de mesa de vidro temperado |
Potes de produtos alimentícios | Vidros de automóveis |
Cacos de embalagens | Tubos de televisão e válvulas |
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Uma das principais dificuldades na reciclagem do vidro é a coleta do material descartado. Deve ser separado por tipos e cores:
- Por tipo:
– Garrafas;
– Potes (alimentos);
– Frascos (medicamentos, cosméticos, etc);
– Vidros planos;
– Cristais;
– Espelhos;
– Lâmpadas;
– Pirex e similares. - Por cor:
– Translúcido ou incolor: o mais valorizado;
– Âmbar (garrafas de cerveja e produtos químicos) e verde (refrigerantes): o segundo mais valorizado;
– Misto e plano.
RESÍDUOS ORGÂNICOS
Mais da metade do lixo domiciliar é constituída por matéria orgânica. A compostagem é o processo natural de decomposição biológica, que propicia um destino útil para os resíduos orgânicos, transformando problema em solução.
VANTAGENS DA COMPOSTAGEM:
– É fácil de fazer;
– Tem custos reduzidos;
– Melhora a estrutura do solo e atua como adubo;
– Tem fungicidas naturais e organismos benéficos que ajudam a eliminar organismos causadores de doença no solo e nas plantas;
– Diminui a contaminação dos solos
COMO FAZER UMA COMPOSTEIRA DOMÉSTICA?
- Reserve um recipiente, em sua cozinha, apenas para o descarte de resíduos orgânicos. As embalagens ou objetos de plástico, vidro e metais deverão ser descartados em outro recipiente.
2.Escolha um canto no seu quintal, de preferência à sombra, onde você montará sua composteira. Contorne o espaço escolhido com bambu, madeira velha, tela de galinheiro, blocos ou tijolos (sem cimento).
3. Deposite na composteira o material orgânico, já separado do lixo. Cubra-o com folhas, grama cortada, serragem e esterco seco misturado com terra, até que não dê para ver o material orgânico (restos de alimentos) embaixo.
4. Regue o monte para umedecer essa camada de cobertura mais seca. Essa cobertura também protege o monte do sol direto.
Procedimentos
1. A cada dois ou três dias areje bem o monte, passando o material de um lado para o outro. Após esses revolvimentos, o material esquenta – não será fácil manter a mão no meio do monte por muito tempo –, indicando que a decomposição está ocorrendo corretamente. Em qualquer momento, você pode adicionar mais material orgânico à composteira, repetindo a etapa 3.
2. Fungos, tatuzinhos, besouros, piolhos-de-cobra e trilhões de bactérias estarão trabalhando por você, decompondo o material. Esses “bichinhos” são inofensivos e não se espalham para além do monte. Se, quando o composto estiver pronto, você quiser ensacá-lo para vender, peneire-o antes, devolvendo os bichinhos ao monte, para que eles possam continuar o trabalho de decomposição.
3. Quando não couber mais material na composteira, comece outra, seguindo o mesmo procedimento. O monte deve ser revirado e regado, por cerca de 2 meses. Após esse período, o monte terá murchado pela metade.
4. O material será um composto, pronto para ser usado, se o monte:
– Tiver cor marrom café e cheiro agradável de terra;
– Estiver homogêneo e não der para distinguir os rejeitos;
– Não esquentar mais, mesmo após o revolvimento.
Fonte: http://www.cecae.usp.br/recicla
O QUE PODE E O QUE NÃO PODE SER USADO NA COMPOSTAGEM
ETAPAS DA COMPOSTAGEM
1ª Etapa
O tempo de duração é de 10 a 15 dias. É a etapa da decomposição da matéria orgânica facilmente degradável, como por exemplo, carboidratos. As proteínas, aminoácidos, lipídios e carboidratos são decompostos em água, gás carbônico e nutrientes, liberando calor. A temperatura pode chegar a 65-70ºC. Nessa temperatura, durante um período de cerca de 15 dias, é possível eliminar as bactérias patogênicas, como por exemplo, as salmonelas, e as ervas – inclusive as daninhas, ovos de parasitas, larvas de insetos etc.
Nessa fase, a temperatura deve ser controlada para que não ultrapasse os 75ºC, pois pode causar a produção de odores, pelas reações químicas que acontecem no processo e não mais a ação biológica de microorganismos.
PODE | NÃO PODE |
Restos de comida cozida e da preparação | Carne, peixe, frutos do mar |
Cascas de frutas, legumes e ovos | Laticínios (queijo, manteiga etc) |
Folhas e resíduos de jardim | Gorduras |
Restos de madeira | Resíduos de jardim com pesticidas |
Plantas doentes | |
Plásticos, vidros, metais, tecidos, tintas, produtos químicos, medicamentos |
2ª Etapa
A temperatura fica na faixa de 45-30ºC e o tempo pode variar de dois a quatro meses. É a fase de semimaturação: os participantes freqüentes desta fase são as bactérias e os fungos.
3ª Etapa
Essa é a fase de maturação/humificação: celulose e lignina são transformados em húmus ou composto. A temperatura cai para 25-30ºC.
PNEUS
Os pneus são feitos basicamente de borracha, que é um tipo de material altamente resistente à degradação biológica e com elevado poder calorífico, podendo constituir risco como potencial foco de incêndio (um pneu pode ficar em combustão por semanas).
Quando queimados, os pneus liberam gases que formam uma fumaça negra, de forte odor, na qual está presente o dióxido de enxofre. Além disso, os pneus depositados em locais inadequados permitem a proliferação de diversos mosquitos, como os transmissores da dengue e da febre amarela, pois acumulam água no seu interior.
PROCESSOS DE RECICLAGEM DE PNEUS
1. Processos físicos/mecânicos: o pneu é triturado, moído e seus componentes (borracha, fibras, aço) são separados para posterior reutilização.
2. Processos químicos: são os que permitem obter maior leque de produtos.
3. Processo pirolítico (decomposição pelo calor, sem oxigênio): podem ser obtidos diversos tipos de óleos e gases que, posteriormente, poderão ser utilizados como matéria-prima para combustíveis e outros produtos químicos.
USOS PARA OS PNEUS RECICLADOS:
1. Recauchutagem e remoldagem: o pneu é reconstruído a partir de um pneu usado, repondo a banda de rodagem (a borracha externa).
2. Uso como combustível: os pneus são picados e queimados nos fornos de indústrias, como produção de cal, cimento, celulose e papel.
3. Uso como aditivo de asfalto: conhecido como asfalto-borracha, é obtido pela mistura de borracha de pneu moído e asfalto.
4. Borracha regenerada: a borracha regenerada pode, em parte, ser utilizada na confecção de bandas de rodagem de pneus. Ela também pode ser utilizada na fabricação de pneus maciços, usados em veículos internos de movimentação de carga.
Visando diminuir o passivo ambiental dos pneus inservíveis no Brasil, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) publicou a Resolução 258, de 26 de agosto de 1999, que trata da destinação final, de forma ambientalmente adequada e segura, dispondo sobre a reciclagem, prazos de coleta, entre outros fatores.
LÂMPADAS FLUORESCENTES
As lâmpadas fluorescentes são muito econômicas, mas antes da compra é importante observar: somente adquirir o produto com selo Procel, pois foram testadas e aprovadas pelo Inmetro.
O que muita gente ainda não sabe é que as lâmpadas fluorescentes compactas ou tubulares contêm mercúrio, substância tóxica nociva ao ser humano e ao meio ambiente. Se rompidas, liberam vapor de mercúrio que será aspirado por quem as manuseia. Em virtude da ampla utilização pela população que necessita diminuir as contas de eletricidade e da toxidade do material, não basta pensarmos em uma coleta diferenciada. É importantíssimo enfocarmos os cuidados no manuseio e no descarte, para não quebrá-las. Ao manusear as lâmpadas fluorescentes nunca se deve segurá-las pelo vidro. É recomendável que sejam descartadas em caixas de papelão ou protegidas com jornal, plástico bolha, entre outros, para evitar sua ruptura (como, aliás, deve ser para todo material perfurante e cortante a ser descartado). No caso das lâmpadas, devem ser vedadas para conter o vapor de mercúrio e, assim, proteger a saúde e o meio ambiente. Em caso de quebra acidental de uma lâmpada, o local deve ser limpo, os cacos coletados, de modo a não ferir quem os manipula, e colocados em caixas de papelão ou protegidos com jornal, para evitar o rompimento da embalagem que deve ser fechada, hermeticamente, em sacos plásticos, a fim de evitar contínua liberação.
Enquanto não se regulamenta a legislação que criará normas para lâmpadas com mercúrio, é recomendável que a população não misture essas lâmpadas com o lixo doméstico, pois serão rompidas fatalmente, contaminando o meio ambiente e pondo em risco a saúde dos funcionários da limpeza – local ou pública, bem como a saúde dos catadores.
RECICLAGEM
O processo de reciclagem industrial de lâmpadas fluorescentes mais usado, em várias partes do mundo e no Brasil, envolve basicamente duas fases:
1ª fase: Esmagamento
As lâmpadas são quebradas em pequenos fragmentos em um moinho, quando, então, os materiais constituintes são separados em cinco classes distintas:
- terminais de alumínio;
- pinos de latão;
- componentes ferro-metálicos;
- vidro;
- poeira fosforosa, rica em mercúrio;
- isolamento baquelítico.
Destino dos produtos obtidos:
– A poeira é retirada do filtro e transferida para uma unidade de destilação para recuperação do mercúrio;
– O vidro é enviado para reciclagem;
– O alumínio e pinos de latão, depois de limpos, são enviados para reciclagem;
– A poeira de fósforo é, normalmente, enviada para uma unidade de destilação, onde o mercúrio é extraído. O mercúrio é, então, recuperado e pode ser reutilizado;
– A poeira fosforosa resultante é reciclada.
O único componente da lâmpada que não é reciclado é o isolamento baquelítico, existente nas extremidades da lâmpada.
Destilação de mercúrio
É a fase de recuperação do mercúrio contido na poeira de fósforo. A recuperação é obtida aquecendo o mercúrio acima de 350°C. O material vaporizado, a partir desse processo, é condensado e coletado.
Fonte: CMRR – Centro Mineiro de Referência em Resíduos
Acesse: http://www.cmrr.mg.gov.br/
Curiosidades…
O gerenciamento do lixo sólido, além de ajudar na preservação dos recursos primários existentes na natureza, permite a redução do volume do lixo e a diminuição da poluição do ar, do solo e da água, trazendo também economia de energia e de água na produção. O papel reciclado, por exemplo, requer cerca de 74% a menos de energia e 50% a menos de água do que o papel obtido de madeira virgem.
O Japão reutiliza 50% do seu lixo sólido. Nesse país um dos mais engajados em questões de preservação ambiental, são comuns diversos tipos de reciclagem, como o reaproveitamento da água do chuveiro na privada. Já na Europa Ocidental, recupera-se 30% do seu lixo e os EUA reciclam 11%.
Materiais retirados do lixo, que levariam tempo para se decompor, como o alumínio, plástico, vidro, papel e papelão, estão sendo reprocessados e voltando para o mercado como embalagens, utilidades domésticas e outros milhares de produtos. A reciclagem de uma única latinha significa a economia de energia suficiente para manter uma TV ligada por 3 horas.
Fonte: https://saberpensar.jimdofree.com/reciclando-o-lixo-e-as-id%C3%A9ias/
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Construindo um MINHOCÁRIO DOMÉSTICO
07/11/17
Hoje, estima-se que 64% de todo alimento produzido no Brasil é desperdiçado e 20% disso ocorre em nossas residências, através de hábitos inadequados. Tratando-se de um país no qual mais de 30 milhões de pessoas passam fome, essa é uma informação alarmante.
Elas são responsáveis por um monte de coisas que ajudam a tornar a terra boa o suficiente para crescer plantas saudáveis e nos fornecer alimentos. As minhocas também ajudam a aumentar a quantidade de ar e água que fica no solo. Elas quebram a matéria orgânica, como folhas, grama, casca de frutas e verduras em nutrientes que as plantas podem usar. Quando elas comem, eles processam a matéria orgânica num tipo muito valioso de fertilizante. Elas também ajudam a “virar” o solo, trazendo a matéria orgânica de cima e misturando-a com o solo abaixo, ao mesmo tempo em que deixam o solo mais aerado.
Minhoca não é cobra, apesar de serem parecidas visualmente. As minhocas certamente tem mais medo de você do que você delas. Elas não avançam, não mordem nem correm atrás de ninguém, portanto se você está com receio, tome coragem e encare. Não se preocupe que elas não fogem do minhocário para passear pela sua casa. Aliás, muitas vezes você mal as vê, porque quando levanta a tampa para abastecer, as minhocas que estão na superfície logo se escondem. Elas são fotofóbicas, não gostam de luz, então se escondem rapidinho.
O QUE AS MINHOCAS COMEM:
As minhocas podem comer uma quantidade de alimentos equivalente ao seu peso diariamente. Isso significa que elas se alimentam durante grande parte do tempo. O alimento preferido das minhocas são restos de alimentos, legumes e frutas em decomposição, folhas e outros tipos de vegetais além de esterco de animais como vacas e galinhas.
Material úmido: restos de vegetais como talos não utilizados, cascas de frutas e legumes (excelente fonte de nitrogênio), filtro de café com a borra, saquinhos de chá, casca de ovo picada, podas de plantas do jardim, flores estragadas, etc.
O pó do café, também conhecido como borra de café, é um excelente complemento nutricional para as minhocas e também inibe o aparecimento de formigas. Basta espalhar a borra por cima dos resíduos antes de colocar o material seco. ( sem adicionar açúcar)
Material seco: folhas secas de árvores e plantas, grama cortada seca, guardanapos de papel usados, papel toalha, jornal, serragem, etc.
O que garante uma boa decomposição, sem gerar cheiro ruim nem atrair insetos, é o correto balanceamento entre o úmido (nitrogênio) e o seco (carbono). O minhocário em não atrai ratos, baratas, formigas nem moscas. Também não tem cheiro ruim NENHUM!
Todos os resíduos frescos possuem alta concentração de nitrogênio enquanto que os resíduos secos possuem alta concentração de carbono. Por isso, o equilíbrio ideal para a compostagem é usar 70% de resíduos ricos em carbono e apenas 30% de resíduos ricos em nitrogênio. E mexer sempre com o ancinho.
Importante: manter a proporção de 1 parte de material úmido para 2 de material seco
O QUE AS MINHOCAS NÃO COMEM:
Frutas cítricas como limão, laranja, tangerina e abacaxi, além de cascas e restos de cebola e alho. Esses resíduos modificam o PH do minhocário e prejudicam tanto as minhocas quanto a qualidade do composto.
Alimentos que foram temperados com sal, condimentos e conservantes químicos, e outros ingredientes industriais podem fazer mal às minhocas.
Carnes, gorduras e laticínios também não devem ser colocados para compostagem. Além de apresentarem uma decomposição extremamente lenta, a possibilidade de atrair animais indesejáveis é muito grande.
Dica: deixar cascas de frutas como limão, laranja e abacaxi secarem por alguns dias antes de irem para o minhocário.
Lembre-se dos 4 princípios sempre:
VIDA – significa que além de minhocas haverá no minhocário pequenos insetos, bolor, fungo, baratinhas de jardim e micro-organismos. Não deve ter formiga, barata de esgoto, rato e mosca.
DIVERSIDADE – disponibilize uma dieta variada às minhocas. Mas evite cítricos, gorduras e carnes.
UMIDADE – minhocas não gostam de ambientes encharcados nem secos demais.
AERAÇÃO – adicione sempre duas partes de lixo orgânico seco (folhas de jardim, papel…) para cada parte de lixo orgânico fresco (restos de cozinha). A camada de resíduo seco garantirá que o ar permaneça no sistema evitando mau cheiro. Outra maneira de aumentar o ar é misturar com o ancinho sempre que possível, quanto mais, melhor.
O QUE FAZER SE:
Por algum motivo houver muitas larvas de moscas (boró) e outros pequenos bichinhos, provavelmente alguma mosquinha pousou na lixeira da cozinha ou no kit quando foi aberto para colocar o lixo. Ou ainda alguns ovinhos foram junto das folhas secas…
O melhor manejo é salpicar cinzas (peça para alguma pizzaria de dar um pouco de cinzas do forno a lenha, não usar cinzas de churrasqueira por que tem gordura da carne) por 12 dias de 3 em 3 dias para regular o ph do sistema.
Ou ainda aumentar a proporção de seco que vai no sistema misturando bem com o ancinho.
VAI VIAJAR?
Não se preocupe! As minhocas podem ficar até três meses sem receber comida. Elas diminuem sua atividade e ficam dentro do minhocário numa boa até você voltar.
As minhocas são inteligentes. Elas se reproduzem quando percebem que há muita oferta de comida. Se você encontrar pequenas bolinhas amareladas misturadas ao composto, são os ovos, as futuras minhoquinhas que irão nascer. E quando percebem que a população está grande demais para pouca comida e espaço, a reprodução é interrompida. Inteligente, não?
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Horta Vertical com PVC
13/04/17
Para construção da horta foram utilizados canos de 100 mm que de preferência sejam adquiridos em sucatas. Toda semana chegam toneladas de lixo nas sucatas que vão pelo menos duas vezes por semana para Fortaleza. Os canos mais baratos que encontramos na lojas custam cerca de R$ 38,00, uma vara de 6 metros, enquanto que na sucata se compra a mesma quantidades por menos da metade do preço, aproveitando o que já é “lixo” e não contribuindo para mais produção.
Após construído o canteiro vertical fazer o plantio. Utilizar espécies vegetais de clima quente e seco. Rúcula, alface, tomate, pimentão, como principais hortaliças, malva corama, alfa-vaca, jasmim-manga, insulina, gengibre, alçafroa e mastruz, sendo as medicinais e o alho e manjericão as espécies aromáticas.
Aproveitar a água que cai dos canos plantando outras espécies com jarros, ou captar em recipiente o que sobra para reutilizar.
Abaixo as fotos ilustrando todo o processo de construção da horta vertical:
Fonte: https://permaculturanameruoca.wordpress.com/
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21/02/17
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08/02/17
PNUD premia projetos que usam tecnologia para cumprir os objetivos das Nações Unidas
Evento em São Paulo reuniu mais de 1,3 mil programadores, desenvolvedores de software e designers. Eles participaram de uma maratona criativa para criar projetos que usam a tecnologia como aliada no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) reconheceu três iniciativas voltadas para setores diversos, como saúde e produção orgânica de alimentos.
Mais de 1,3 mil programadores, desenvolvedores e designers se reuniram em São Paulo, dos dias 1º a 4 de fevereiro, para buscar repostas tecnológicas aos desafios da Agenda 2030 da ONU. Ao final dessa maratona criativa, chamada The Big Hackathon e realizada durante a 10ª edição da Campus Party, três projetos foram reconhecidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A partir da pergunta “Por que supermercados deveriam pensar em vender produtos vencidos ou próximos ao vencimento?”, a equipe do projeto Best 4U desenvolveu um aplicativo que informa, de maneira colaborativa, quais alimentos ainda estão aptos ao consumo, mas já próximos de terem a validade vencida.
Segundo os idealizadores do software, o objetivo é gerar economia para os consumidores, promovendo o consumo consciente e responsável, tal como previsto pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 12.
“Eu estava em um supermercado recentemente e vi os funcionários recolhendo os produtos que estavam próximo ao vencimento, já que não podiam ser vendidos. Daí veio a ideia de produzirmos um aplicativo colaborativo que conecta consumidores com produtos que ainda podem ser consumidos, com um preço menor”, explica Ítalo Alberto, um dos responsáveis pela iniciativa.
O PNUD avaliou as propostas em três categorias — adesão à Agenda 2030 e aos ODS, sustentabilidade financeira e solução tecnológica. “Com certeza o reconhecimento do PNUD foi fundamental para levarmos a ideia para frente”, acrescentou o desenvolvedor.
Outro trabalho que recebeu menção honrosa do PNUD foi o projeto Health4U. A equipe criou um aplicativo que conecta pacientes com médicos. Quando uma pessoa procurar o Sistema Único de Saúde (SUS) e não encontrar um profissional para o atendimento, o programa informará em que local há médicos disponíveis para consultas, de forma gratuita. A proposta contempla mais diretamente os ODS nº 3 — saúde e bem-estar — e nº 17 — parcerias e meios de implementação.
“Os médicos do Brasil se cadastrarão e oferecerão uma hora da sua semana para um atendimento voluntário em seu consultório, clínica ou até mesmo em casa. Assim, pretendemos diminuir o fluxo do SUS e ajudar o Sistema a se manter ativo no período de crise econômica”, afirma o desenvolvedor Carlos Eduardo Vecchi.
O terceiro projeto premiado, Teto Verde, apostou na construção de telhados com hortas orgânicas para espaços corporativos. A ideia é renovar ambientes coletivos e incentivar o consumo de produtos orgânicos. A iniciativa se relaciona diretamente com os ODS nº 7 — energia limpa e acessível —, nº 11 — cidades e comunidades sustentáveis — e nº 13 — ação contra a mudança global do clima.
“Participar da maratona The Big Hackathon veio para mostrar o quanto de impacto social causamos com nosso negócio. Quando começamos a entender os ODS, compreendemos que atingimos vários objetivos, e isso para nós é o mais especial”, contou a idealizadora do Teto Verde, Edileusa Andrade.
A maratona hacker teve mais de 750 participantes. Ao longo das cem horas de duração, 300 mentores colaboraram com as 50 equipes para abordar a Agenda 2030 da ONU. Cinquenta voluntários também participaram do evento. Essa foi a maior maratona de programação já feita no país, tanto na quantidade de participantes quanto no tempo de duração.
Ao final, 20 projetos foram selecionados pela banca de jurados. Três deles receberam menção honrosa do PNUD por aderirem, de forma transversal, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
“A chamada da Campus Party é para que os jovens sintam o futuro. Com a experiência da maratona The Big Hackathon, o chamado foi para que os jovens se empoderassem do seu presente para que possamos todos construir um futuro melhor. Unindo inovação, criatividade e tecnologia, foram formuladas soluções práticas, que indicam que um mundo melhor, mais justo e inclusivo é possível”, afirma o assessor sênior do PNUD, Haroldo Machado Filho.
Fonte:https://nacoesunidas.org/pnud-premia-projetos-que-usam-tecnologia-para-cumprir-os-objetivos-das-nacoes-unidas/
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Michael Reynolds no Brasil
29/01/17
Dias 23 e 24 de Março palestra Mike Reynolds apresentará um pouco da sua carreira e da experiência em diferentes lugares do mundo em 45 anos de profissão.
O arquiteto norte americano Michael Reynolds é um líder mundial em energia renovável e arquitetura sustentável há 45 anos.
Reynolds é especializado em construir casas utilizando materiais que são considerados como lixo pela maioria das pessoas – garrafas, latas, pneus – e também com materiais naturais, como madeira e terra.
Estas casas são chamadas Earthship e foram construídas em todo o mundo. A Earthship tem como função manter uma temperatura ambiente naturalmente produzir com sua própria eletricidade, coletar e armazenar água da chuva, tratar águas residuais, além de fornecer alimentos essenciais em uma dieta saudável. Tudo isso sem ter que pagar contas de serviços públicos ou água.
Mike é capaz de adaptar os designs Earthship e técnicas de construção a qualquer clima no mundo.
Ele é o fundador da Earthship três comunidades no mundo, autor de sete livros e personagem principal do documentário “Guerreiro de lixo”.
A recriar apoia esse evento.
Informações e Inscrição – http://www.palestramikereynolds.com.br/
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Earthships são Casas
03/01/17
Earthships são casas. Casas. O problema é que eles são construídos usando material reciclado, material natural e são completamente auto suficientes, assumindo que suas necessidades são modestos. Elas coletam e utilizam a sua própria água, resíduos, luz e se adicionar alguns painéis solares e baterias você tem energia.
Você não precisa de tijolos. Você pode construir com material que está no lixo. Pneus, latas, garrafas de plástico todas são excelentes materiais para construção de prédio que combinam com lotes de terra e várias técnicas.
Fonte: https://steampunkopera.wordpress.com/2012/04/02/earthships/
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Cartilha Ecocidadão
17/10/16
A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, preocupada em transmitir, de forma adequada, os conhecimentos adquiridos na labuta sobre a agenda ambiental, cria essa inovadora série de publicações intitulada Cadernos de Educação Ambiental. A linguagem escolhida, bem como o formato apresentado, visa atingir um público formado, principalmente, por professores de ensino fundamental e médio, ou seja, educadores de crianças e jovens.
Os Cadernos de Educação Ambiental, face à sua proposta pedagógica, certamente vão interessar ao público mais amplo, formado por técnicos, militantes ambientalistas, comunicadores e divulgadores, preocupados com a temática do meio ambiente.
Os produtores de conteúdo são técnicos, especialistas, pesquisadores e gerentes dos órgãos vinculados à Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Os Cadernos de Educação Ambiental representam uma proposta educadora, uma ferramenta facilitadora, nessa difícil caminhada rumo à sociedade sustentável.
http://www.ambiente.sp.gov.br/publicacoes
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Casa de Tijolos de Plástico Reciclado
12/08/16
Esta casa, foi construída com tijolos de plástico reciclado em apenas 5 dias
Há dez anos o colombiano Fernando Llanos tentou construir sua própria casa na cidade de Cundinamarca, na Colômbia. Nesta ocasião se deu conta de que deslocar os materiais de Bogotá até sua cidade seria um grande problema. Depois de muitas idas e vindas, decidiu construir sua moradia com plástico, e após uma série de erros e acertos, conheceu o arquiteto Óscar Méndez que desenvolveu sua tese exatamente sobre esse tema, e com quem fundou a empresa Conceptos Plásticos.
Fundada em 2011, a inovadora companhia local que patenteou seu sistema de tijolos e pilares feitos de plástico reciclado, encaixados como peças de Lego, em um sistema construtivo que permite edificar habitações completas em apenas cinco dias.
Ao invés de utilizar plástico novo, decidiram possibilitar uma segunda vida ao já descartado, considerando que em média o material demora 300 anos até que seja degradado por completo. “Trabalhar com plástico novo é simples”, explicou Óscar Méndez ao jornal colombiano El Tiempo, “porque existem parâmetros definidos, no entanto, o plástico de reuso exige uma maior demanda de experimentação”.
O material-base com o qual trabalham é obtido em parte dos recicladores populares e outra de colaboração das fábricas que descartam diariamente toneladas de plásticos. Através de um processo de extrusão do plástico, que, por sua vez, é derretido e preenchido em um molde final criando um tijolo que pesa três quilos, sendo similar à um de argila com as mesmas dimensões. Dessa forma, ao serem encaixados por pressão, os tijolos isolam o calor e contam com aditivos que também retardam a combustão. Além disso, são termoacústicos e sua sismo-resistência segue às normativas colombianas levando em conta a alta atividade sísmica do país sul-americano.
Com um custo final de 20 milhões de pesos colombianos (por volta de 6.800 dólares americanos) por unidade, a companhia é capaz de construir em cinco dias e com quatro pessoas, uma habitação de 40 metros quadrados com dois dormitórios, sala de estar e jantar, um banheiro e uma cozinha.
Com esta trajetória meteórica, o principal marco desta pequena empresa (que conta com menos de 15 funcionários) foi a construção em Guapi (ao sudoeste da Colômbia), de um conjunto de albergues temporários para 42 famílias deslocadas por conta do conflito armado. Após ganhar a licitação promovida pelo Conselho Noruego de Refugiados (ou NRC, sua sigla em inglês), levantaram o projeto em 28 dias graças ao trabalho conjunto de 15 pessoas, reciclando mais de 200 toneladas de plástico.
Segundo explica NRC, os albergues contam com “um projeto adaptado às necessidades de mobilidade e às condições climáticas”, e a disposição do teto “melhora tanto a ventilação como a iluminação permitindo condições apropriadas em um clima tão quente”. Assim mesmo, o projeto comunitário conta com instalações elétricas, sanitárias e três cozinhas
A iniciativa revolucionária de “Conceptos Plásticos” já ultrapassou as fronteiras e recentemente recebeu 300.000 dólares americanos na última edição de Chivas The Venture para aumentar sua produção a uma escala global, depois de vencer outras 26 iniciativas internacionais com impacto social.
Agradecimentos a Óscar Méndez. Com informações de Portafolio, El Tiempo, NRC e The Venture.
Fonte: http://www.archdaily.com.br/
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Fossa Séptica sustentável com pneus reaproveitados
17/06/16
A fossa séptica desenvolvida pela Prefeitura de Uberlândia é uma alternativa interessante para reaproveitar materiais que seriam descartados, ao mesmo tempo em que soluciona parte do problema de saneamento básico, comum em várias cidades brasileiras.
O Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) é o órgão responsável pela criação do sistema e pela fabricação das fossas sustentáveis entregues na cidade mineira. Mas, para não limitar o conhecimento, eles criaram um manual que dá o passo a passo para que a ideia seja replicada em qualquer lugar.
A base para a fabricação dessa fossa são pneus de caminhão, conseguidos muitas vezes sem custo algum. De acordo com a DMAE, este modelo de fossa tem atraído muitos produtores rurais e pessoas que moram em sítios e chácaras em áreas afastadas e pouco atendidas pelas redes de coleta de esgoto.
Cada fossa utiliza dez pneus, divididos em dois módulos. A conexão é feita diretamente no vaso sanitário. No primeiro módulo ocorre a decomposição dos rejeitos através de bactérias. A matéria orgânica se deposita no mundo do recipiente, enquanto o líquido gerado segue para o segundo módulo, onde as bactérias continuam atuando, removendo até 95% da matéria orgânica contaminante.
Fonte: http://www.uberlandia.mg.gov.br/uploads/cms_b_arquivos/13915.pdf
