Artigos com o marcador meio ambiente
Reciclagem – cuidando do Planeta
26/12/19
A Evolução do Conceito de Lixo
A palavra lixo é derivada do termo em latim lix que significa: a) “cinzas” de uma época em que a maior parte dos resíduos de cozinha era formada por cinzas e restos de lenha carbonizada dos fornos e fogões; e também b) lixare (polir, desbastar) onde lixo seria então a sujeira, os restos, o supérfluo que a lixa arranca dos materiais. No dicionário, ela é definida como sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. Lixo, na linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e é representado por materiais descartados pelas atividades humanas. Desde os tempos mais remotos até meados do século XVIII, quando surgiram as primeiras indústrias na Europa, o lixo era produzido em pequena quantidade e constituído essencialmente de sobras de alimentos.
A partir da Revolução Industrial, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala e a introduzir novas embalagens no mercado, aumentando consideravelmente o volume e a diversidade de resíduos gerados nas áreas urbanas. O homem passou a viver então a era dos descartáveis em que a maior parte dos produtos — desde guardanapos de papel e latas de refrigerante, até computadores — são inutilizados e jogados fora com enorme rapidez.
Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das metrópoles fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escassas. A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e piorou as condições de saúde das populações em todo o mundo, especialmente nas regiões menos desenvolvidas. Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros urbanos é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depósitos existentes nas periferias das cidades.
A questão é: o que fazer com tanto lixo?
O lixo geralmente é mais rico do que imaginamos…
Tipos de Lixo e Sua Reutilização
Tipos de lixo com suas respectivas cores para reciclagem.
PAPEL
A matéria-prima vegetal mais utilizada para a fabricação de papel é a madeira obtida em áreas de reflorestamento (na sua maioria, eucalipto e pinus).
A matéria-prima é processada química ou mecanicamente, ou por uma combinação dos dois métodos, gerando a “pasta celulose”. A pasta de celulose também pode ser obtida por meio da reciclagem do papel.
Para produzir 1 tonelada de papel são necessárias 2 a 3 toneladas de madeira, uma grande quantidade de água e muita energia. A reciclagem de papel preserva as árvores que seriam cortadas para fabricá-lo, reduz a poluição do ar e da água, além de economizar energia.
Reciclável | Não Reciclável |
Caixa de papelão | Papel sanitário |
Jornal | Copos descartáveis |
Revista | Papel carbono |
Impressos em geral | Fotografias |
Fotocópias | Fitas adesivas |
Rascunhos | Etiquetas adesivas |
Envelopes | |
Papel timbrado | |
Cartões | |
Papel de fax |
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CICLO DA RECICLAGEM DO PAPEL
1. O catador de recicláveis recebe o papel utilizado e o separa de acordo com o tipo.
2. Remove-se objetos como clips, grampos e plásticos, e o papel é organizado em “fardos”, que são enviados para as indústrias papeleiras.
3. Os fardos são cortados em tiras e carregados por uma esteira até um enorme tanque de água quente chamado “hidropulper”, que corta e agita o papel até ser transformado numa pasta de celulose.
4. A água é retirada da polpa por drenagem, eliminando-se também por esse processo impurezas como fibras ou arames.
5. Produtos químicos e corantes podem ser adicionados à polpa antes de ser processada em uma outra máquina.
6. A polpa preparada é jogada sobre uma tela de arame que funciona como peneira. A água passa através das malhas deixando somente as fibras agregadas que se transformarão no papel.
7. A água deixada nas fibras é prensada e o papel é secado por meio de rolos e pesados cilindros aquecidos a vapor.
8. A superfície do papel é alisada, sendo depois enrolado em bobinas. E está pronto para ser utilizado novamente.
BENEFÍCIOS DA RECICLAGEM
Economia dos seguintes recursos naturais:
– Madeira: uma tonelada de aparas pode substituir de 2 a 4 m3 de madeira, conforme o tipo de papel a ser fabricado.
– Água: na fabricação de 1 tonelada de papel reciclado são necessários apenas 2 mil litros de água, ao passo que, no processo tradicional, esse volume pode chegar a 100 mil litros por tonelada.
– Energia: em média, economiza-se metade da energia, podendo-se chegar a 80% de economia quando se comparam papéis reciclados simples com papéis virgens feitos com pasta de refinador.
PLÁSTICO
A leveza e a maleabilidade fazem do plástico um dos materiais preferidos para embalar e transportar produtos. Porém, a indústria plástica criou um dos maiores problemas ambientais deste século: a eliminação do lixo plástico.
Os materiais plásticos ocupam muito espaço nos aterros, devido a dificuldades de compactação e por sua baixa degradabilidade. As embalagens plásticas, lançadas indevidamente no ambiente, contribuem para entupimentos, propiciam condições de proliferação de vetores de doenças, prejudicam a navegação marítima e agridem a fauna aquática.
Geralmente, os plásticos manufaturados chegam ao final da vida útil praticamente sem modificações substanciais nas suas características físico-químicas. Entretanto, boa parte dos plásticos usados pode ser reciclada, resultando, daí, ganhos ambientais, econômicos e sociais.
O QUE SE PODE FAZER COM PLÁSTICO RECICLADO
Plástico | Objetos mais adequados à reciclagem | Alguns objetos que podem ser feitos com plástico reciclado |
PS | Caixas de CDs, embalagens de laticínios | Vasos de plantas, cabides |
PP | Caixas de baterias de automóveis, sacos de ráfia | Tubos de esgoto, caixas e vasos para plantas |
PE | Garrafas, engradados | Sacos, vazilhame de produtos de limpeza |
PET | Garrafas | Fibras para fazer vestuário, caixas, fibras para enchimento |
PVC | Tubos, perfis | Tubos de esgoto, solas de sapatos, perfis |
ESP | Caixas, embalagens | Vasos para plantas, cabides |
BENEFÍCIOS DA RECICLAGEM:
– Economia de energia e petróleo;
– Aceleração da decomposição da matéria orgânica nos aterros sanitários, pois o plástico impermeabiliza as camadas de material biologicamente degradável, prejudicando a circulação de gases e líquidos;
– Redução do volume de lixo depositado em aterros, aumentando sua vida útil.
Poucas são as empresas que fazem todo o processo de reciclagem do plástico. O mais comum é:
1º Grupo » Empresas de comercialização de resíduos: compram a sucata plástica, separam, prensam em fardos e vendem
o resíduo classificado.
2º Grupo » Empresas de transformação dos resíduos em grânulos: compram os resíduos já classificados e transformam
em grânulos.
3º Grupo » Empresas de fabricação de novos produtos: compram os grânulos e transformam em novos produtos.
RECICLAGEM DE PET
PET é o melhor e mais resistente plástico para fabricação de garrafas e embalagens. Devido às suas características, o PET mostrou ser o recipiente ideal para a indústria de bebidas em todo o mundo.
Porém, com o aumento do consumo, surgiu um grande desafio a ser resolvido: o que fazer com as embalagens já utilizadas e descartadas?
A coleta e a reciclagem da embalagem PET têm sido cada vez mais incentivada, permitindo o uso da matéria original para a fabricação de diversos produtos. Um dos mais interessantes é produção de fibras de poliéster. Essas fibras estão sendo largamente utilizadas na indústria têxtil e nas confecções.
METAL
O homem moderno é extremamente dependente dos metais. Nos veículos, na construção civil, nas ferramentas e nos utensílios domésticos, os metais estão presentes em grandes quantidades. Nas aplicações elétricas, o cobre é fundamental. Os metais leves, como alumínio, titânio e zircônio, são cada vez mais usados.
Os metais são materiais muito duráveis de grande resistência mecânica e facilidade de conformação, sendo muito utilizados em equipamentos, estruturas e embalagens em geral. Quanto à composição, os metais são classificados em dois grandes grupos: os ferrosos (compostos basicamente de ferro e aço) e os não-ferrosos. Entre os metais não-ferrosos, destacam-se o alumínio, o cobre, o chumbo, o níquel e o zinco.
Os metais são 100 % recicláveis. Para a reciclagem, os metais são separados por tipo:
– sucatas pesadas: geralmente encontradas nos “ferros-velhos” (vigas, equipamentos, chapas, grelhas etc.);
– sucatas de processo: cavacos, limalhas e rebarbas, além de peças defeituosas que voltam ao processo industrial;
– sucatas de obsolescência: materiais destinados ao lixo, após o uso.
As sucatas de materiais ferrosos são vendidas para as siderúrgicas e fundições que os usam como matéria-prima para a produção de aço. As mais comuns são:
– aço e ferro, usados em obras de construção civil;
– tubos de ferro e aço;
– ferro fundido: blocos de motores, peças, tubos, conexões;
– latas vazias;
– cabos elétricos;
– tambores de 200 litros;
– peças de máquinas;
– pedaços de objetos variados.
As sucatas de materiais não-ferrosos mais comuns são:
– alumínio: latinhas de bebidas, janelas, portões, grades, panelas, rodas, marmitex;
– cobre encapado: fios com capa de isolação;
– cobre nu: fios sem isolação, tubos;
– chumbo: redes de canalização, tanques e aparelhos de raios, lacres, chumbo de roda;
– zinco: placas de pilhas, telhas;
– estanho: peças variadas;
– níquel;
– titânio;
– bronze;
– latão;
– magnésio.
Reciclagem de Alumínio
De acordo com dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), a cada 1Kg de alumínio reciclado, 5Kg de bauxita (minério de onde se produz o alumínio) são poupados. Para se reciclar 1 tonelada de alumínio, gasta-se somente 5% da energia que seria necessária para se produzir a mesma quantidade de alumínio primário, ou seja, a reciclagem do alumínio proporciona uma economia de 95% de energia elétrica.
A reciclagem da lata representa uma enorme economia de energia. Para produzir o alumínio são necessários 17,6 mil kW. Para reciclar, 700 kW. A diferença é suficiente para abastecer de energia 160 pessoas durante um mês. Hoje, em apenas 42 dias, uma latinha de alumínio pode ser comprada no supermercado, jogada fora, reciclada e voltar às prateleiras para o consumo.
VIDRO
O vidro é um material duro, frágil e transparente. É fabricado a partir de algumas das matérias-primas mais abundantes da face da Terra. O elemento básico do vidro é a sílica, fornecida pela areia, óxidos fundentes, estabilizantes e substâncias corantes.
O uso da embalagem para o mesmo fim, várias vezes, é o primeiro dos atributos que diferenciam o vidro da maioria dos materiais de embalagem.
O aproveitamento do vidro na reciclagem é de 100%. Os cacos são utilizá-los como matéria-prima na fabricação de novas embalagens de vidro. O material é fundido em fornos de alta temperatura junto com a matéria-prima virgem (calcário, barrilha, feldspato, entre outros). Cada 1 Kg de vidro que é reciclado evita a mineração de 1,3Kg de areia – uma prática de alto impacto ambiental.
CLASSIFICAÇÃO DE SUCATAS DE VIDRO
Recicláveis | Não Recicláveis |
Garrafas de bebida alcoólica e não alcoólica | Espelhos, vidros de janela e box de banheiro, lâmpadas, cristal |
Frascos em geral (molhos, condimentos, remédios, perfumes e produtos de limpeza) | Ampolas de remédios, formas, travessas e utensílios de mesa de vidro temperado |
Potes de produtos alimentícios | Vidros de automóveis |
Cacos de embalagens | Tubos de televisão e válvulas |
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Uma das principais dificuldades na reciclagem do vidro é a coleta do material descartado. Deve ser separado por tipos e cores:
- Por tipo:
– Garrafas;
– Potes (alimentos);
– Frascos (medicamentos, cosméticos, etc);
– Vidros planos;
– Cristais;
– Espelhos;
– Lâmpadas;
– Pirex e similares. - Por cor:
– Translúcido ou incolor: o mais valorizado;
– Âmbar (garrafas de cerveja e produtos químicos) e verde (refrigerantes): o segundo mais valorizado;
– Misto e plano.
RESÍDUOS ORGÂNICOS
Mais da metade do lixo domiciliar é constituída por matéria orgânica. A compostagem é o processo natural de decomposição biológica, que propicia um destino útil para os resíduos orgânicos, transformando problema em solução.
VANTAGENS DA COMPOSTAGEM:
– É fácil de fazer;
– Tem custos reduzidos;
– Melhora a estrutura do solo e atua como adubo;
– Tem fungicidas naturais e organismos benéficos que ajudam a eliminar organismos causadores de doença no solo e nas plantas;
– Diminui a contaminação dos solos
COMO FAZER UMA COMPOSTEIRA DOMÉSTICA?
- Reserve um recipiente, em sua cozinha, apenas para o descarte de resíduos orgânicos. As embalagens ou objetos de plástico, vidro e metais deverão ser descartados em outro recipiente.
2.Escolha um canto no seu quintal, de preferência à sombra, onde você montará sua composteira. Contorne o espaço escolhido com bambu, madeira velha, tela de galinheiro, blocos ou tijolos (sem cimento).
3. Deposite na composteira o material orgânico, já separado do lixo. Cubra-o com folhas, grama cortada, serragem e esterco seco misturado com terra, até que não dê para ver o material orgânico (restos de alimentos) embaixo.
4. Regue o monte para umedecer essa camada de cobertura mais seca. Essa cobertura também protege o monte do sol direto.
Procedimentos
1. A cada dois ou três dias areje bem o monte, passando o material de um lado para o outro. Após esses revolvimentos, o material esquenta – não será fácil manter a mão no meio do monte por muito tempo –, indicando que a decomposição está ocorrendo corretamente. Em qualquer momento, você pode adicionar mais material orgânico à composteira, repetindo a etapa 3.
2. Fungos, tatuzinhos, besouros, piolhos-de-cobra e trilhões de bactérias estarão trabalhando por você, decompondo o material. Esses “bichinhos” são inofensivos e não se espalham para além do monte. Se, quando o composto estiver pronto, você quiser ensacá-lo para vender, peneire-o antes, devolvendo os bichinhos ao monte, para que eles possam continuar o trabalho de decomposição.
3. Quando não couber mais material na composteira, comece outra, seguindo o mesmo procedimento. O monte deve ser revirado e regado, por cerca de 2 meses. Após esse período, o monte terá murchado pela metade.
4. O material será um composto, pronto para ser usado, se o monte:
– Tiver cor marrom café e cheiro agradável de terra;
– Estiver homogêneo e não der para distinguir os rejeitos;
– Não esquentar mais, mesmo após o revolvimento.
Fonte: http://www.cecae.usp.br/recicla
O QUE PODE E O QUE NÃO PODE SER USADO NA COMPOSTAGEM
ETAPAS DA COMPOSTAGEM
1ª Etapa
O tempo de duração é de 10 a 15 dias. É a etapa da decomposição da matéria orgânica facilmente degradável, como por exemplo, carboidratos. As proteínas, aminoácidos, lipídios e carboidratos são decompostos em água, gás carbônico e nutrientes, liberando calor. A temperatura pode chegar a 65-70ºC. Nessa temperatura, durante um período de cerca de 15 dias, é possível eliminar as bactérias patogênicas, como por exemplo, as salmonelas, e as ervas – inclusive as daninhas, ovos de parasitas, larvas de insetos etc.
Nessa fase, a temperatura deve ser controlada para que não ultrapasse os 75ºC, pois pode causar a produção de odores, pelas reações químicas que acontecem no processo e não mais a ação biológica de microorganismos.
PODE | NÃO PODE |
Restos de comida cozida e da preparação | Carne, peixe, frutos do mar |
Cascas de frutas, legumes e ovos | Laticínios (queijo, manteiga etc) |
Folhas e resíduos de jardim | Gorduras |
Restos de madeira | Resíduos de jardim com pesticidas |
Plantas doentes | |
Plásticos, vidros, metais, tecidos, tintas, produtos químicos, medicamentos |
2ª Etapa
A temperatura fica na faixa de 45-30ºC e o tempo pode variar de dois a quatro meses. É a fase de semimaturação: os participantes freqüentes desta fase são as bactérias e os fungos.
3ª Etapa
Essa é a fase de maturação/humificação: celulose e lignina são transformados em húmus ou composto. A temperatura cai para 25-30ºC.
PNEUS
Os pneus são feitos basicamente de borracha, que é um tipo de material altamente resistente à degradação biológica e com elevado poder calorífico, podendo constituir risco como potencial foco de incêndio (um pneu pode ficar em combustão por semanas).
Quando queimados, os pneus liberam gases que formam uma fumaça negra, de forte odor, na qual está presente o dióxido de enxofre. Além disso, os pneus depositados em locais inadequados permitem a proliferação de diversos mosquitos, como os transmissores da dengue e da febre amarela, pois acumulam água no seu interior.
PROCESSOS DE RECICLAGEM DE PNEUS
1. Processos físicos/mecânicos: o pneu é triturado, moído e seus componentes (borracha, fibras, aço) são separados para posterior reutilização.
2. Processos químicos: são os que permitem obter maior leque de produtos.
3. Processo pirolítico (decomposição pelo calor, sem oxigênio): podem ser obtidos diversos tipos de óleos e gases que, posteriormente, poderão ser utilizados como matéria-prima para combustíveis e outros produtos químicos.
USOS PARA OS PNEUS RECICLADOS:
1. Recauchutagem e remoldagem: o pneu é reconstruído a partir de um pneu usado, repondo a banda de rodagem (a borracha externa).
2. Uso como combustível: os pneus são picados e queimados nos fornos de indústrias, como produção de cal, cimento, celulose e papel.
3. Uso como aditivo de asfalto: conhecido como asfalto-borracha, é obtido pela mistura de borracha de pneu moído e asfalto.
4. Borracha regenerada: a borracha regenerada pode, em parte, ser utilizada na confecção de bandas de rodagem de pneus. Ela também pode ser utilizada na fabricação de pneus maciços, usados em veículos internos de movimentação de carga.
Visando diminuir o passivo ambiental dos pneus inservíveis no Brasil, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) publicou a Resolução 258, de 26 de agosto de 1999, que trata da destinação final, de forma ambientalmente adequada e segura, dispondo sobre a reciclagem, prazos de coleta, entre outros fatores.
LÂMPADAS FLUORESCENTES
As lâmpadas fluorescentes são muito econômicas, mas antes da compra é importante observar: somente adquirir o produto com selo Procel, pois foram testadas e aprovadas pelo Inmetro.
O que muita gente ainda não sabe é que as lâmpadas fluorescentes compactas ou tubulares contêm mercúrio, substância tóxica nociva ao ser humano e ao meio ambiente. Se rompidas, liberam vapor de mercúrio que será aspirado por quem as manuseia. Em virtude da ampla utilização pela população que necessita diminuir as contas de eletricidade e da toxidade do material, não basta pensarmos em uma coleta diferenciada. É importantíssimo enfocarmos os cuidados no manuseio e no descarte, para não quebrá-las. Ao manusear as lâmpadas fluorescentes nunca se deve segurá-las pelo vidro. É recomendável que sejam descartadas em caixas de papelão ou protegidas com jornal, plástico bolha, entre outros, para evitar sua ruptura (como, aliás, deve ser para todo material perfurante e cortante a ser descartado). No caso das lâmpadas, devem ser vedadas para conter o vapor de mercúrio e, assim, proteger a saúde e o meio ambiente. Em caso de quebra acidental de uma lâmpada, o local deve ser limpo, os cacos coletados, de modo a não ferir quem os manipula, e colocados em caixas de papelão ou protegidos com jornal, para evitar o rompimento da embalagem que deve ser fechada, hermeticamente, em sacos plásticos, a fim de evitar contínua liberação.
Enquanto não se regulamenta a legislação que criará normas para lâmpadas com mercúrio, é recomendável que a população não misture essas lâmpadas com o lixo doméstico, pois serão rompidas fatalmente, contaminando o meio ambiente e pondo em risco a saúde dos funcionários da limpeza – local ou pública, bem como a saúde dos catadores.
RECICLAGEM
O processo de reciclagem industrial de lâmpadas fluorescentes mais usado, em várias partes do mundo e no Brasil, envolve basicamente duas fases:
1ª fase: Esmagamento
As lâmpadas são quebradas em pequenos fragmentos em um moinho, quando, então, os materiais constituintes são separados em cinco classes distintas:
- terminais de alumínio;
- pinos de latão;
- componentes ferro-metálicos;
- vidro;
- poeira fosforosa, rica em mercúrio;
- isolamento baquelítico.
Destino dos produtos obtidos:
– A poeira é retirada do filtro e transferida para uma unidade de destilação para recuperação do mercúrio;
– O vidro é enviado para reciclagem;
– O alumínio e pinos de latão, depois de limpos, são enviados para reciclagem;
– A poeira de fósforo é, normalmente, enviada para uma unidade de destilação, onde o mercúrio é extraído. O mercúrio é, então, recuperado e pode ser reutilizado;
– A poeira fosforosa resultante é reciclada.
O único componente da lâmpada que não é reciclado é o isolamento baquelítico, existente nas extremidades da lâmpada.
Destilação de mercúrio
É a fase de recuperação do mercúrio contido na poeira de fósforo. A recuperação é obtida aquecendo o mercúrio acima de 350°C. O material vaporizado, a partir desse processo, é condensado e coletado.
Fonte: CMRR – Centro Mineiro de Referência em Resíduos
Acesse: http://www.cmrr.mg.gov.br/
Curiosidades…
O gerenciamento do lixo sólido, além de ajudar na preservação dos recursos primários existentes na natureza, permite a redução do volume do lixo e a diminuição da poluição do ar, do solo e da água, trazendo também economia de energia e de água na produção. O papel reciclado, por exemplo, requer cerca de 74% a menos de energia e 50% a menos de água do que o papel obtido de madeira virgem.
O Japão reutiliza 50% do seu lixo sólido. Nesse país um dos mais engajados em questões de preservação ambiental, são comuns diversos tipos de reciclagem, como o reaproveitamento da água do chuveiro na privada. Já na Europa Ocidental, recupera-se 30% do seu lixo e os EUA reciclam 11%.
Materiais retirados do lixo, que levariam tempo para se decompor, como o alumínio, plástico, vidro, papel e papelão, estão sendo reprocessados e voltando para o mercado como embalagens, utilidades domésticas e outros milhares de produtos. A reciclagem de uma única latinha significa a economia de energia suficiente para manter uma TV ligada por 3 horas.
Fonte: https://saberpensar.jimdofree.com/reciclando-o-lixo-e-as-id%C3%A9ias/
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Já temos toda a energia necessária para acabar com a pobreza
09/12/19
Já temos toda a energia necessária para acabar com a pobreza
Ainda não sabemos ao certo se é mesmo possível construir uma civilização sustentável.
Acabar com a pobreza e cuidar do clima
Dois objetivos fundamentais da humanidade hoje são erradicar a pobreza e enfrentar as mudanças climáticas. Antes de planejar o que fazer, contudo, é fundamental que o mundo saiba primeiro se as ações para alcançar algum desses objetivos afetam o outro.
Por exemplo, muito se tem discutido sobre quanta energia os países realmente precisam para satisfazer as necessidades mais básicas de toda a sua população; mas os cenários globais de estabilização climática assumem fortes reduções no crescimento da demanda de energia – especialmente nos países em desenvolvimento.
Uma pesquisa patrocinada pelo IIASA (Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados), na Áustria, forneceu agora, pela primeira vez, uma base para responder a essa pergunta, incluindo as ferramentas necessárias para relacionar as necessidades básicas diretamente ao uso de recursos.
Os pesquisadores escolheram três países em desenvolvimento – Brasil, Índia e África do Sul – e, para cada país, analisaram quais requisitos materiais estavam subjacentes às necessidades humanas básicas; e como os recursos energéticos necessários para atender a essas necessidades básicas variam em diferentes contextos (por exemplo, clima ou cultura) em cada país.
Para isso, eles desenvolveram uma nova maneira de derivar a demanda de energia dos serviços básicos, separando-a da demanda de energia para o crescimento econômico, de modo que a energia para a erradicação da pobreza pudesse ser separada daquela demanda da parte da população que já não se encontra abaixo da linha a pobreza.
“Há muito que as pessoas temem que o desenvolvimento econômico e a mitigação do clima não sejam compatíveis – que o crescimento necessário para tirar bilhões de pessoas da pobreza tornaria impossível reduzir as emissões líquidas a zero – o que é um requisito para a estabilização do clima. Até agora, a comunidade de pesquisa, no entanto, não tinha uma forma de separar as necessidades de energia para erradicar a pobreza das necessidades de energia para o crescimento da demanda geral dos países. Sem isso, vastas desigualdades e padrões de consumo insustentáveis nos países em desenvolvimento estavam sendo ignorados,” explica o professor Narasimha Rao.
Temos energia para combater a pobreza
O setor de transporte é um dos grandes consumidores de energia. Por isso pesquisadores têm recomendado pensar fora da caixa e viabilizar formas alternativas de transporte para uma economia sustentável.
Os resultados mostram que as necessidades de energia para fornecer padrões de vida decentes a todos os cidadãos dos países analisados estão muito abaixo do uso atual de energia nacional, e também muito abaixo do uso médio per capita da energia em termos globais.
Em outras palavras, não há uma dicotomia entre combater a pobreza e cuidar do clima porque já temos a energia suficiente para atender ao primeiro objetivo – basta distribuí-la adequadamente.
A energia necessária para proporcionar saúde e educação é muito menor do que a energia necessária para sustentar a infraestrutura física, o setor de transportes e as residências e prédios comerciais e industriais.
Mais do que isso, essas necessidades de energia para dar dignidade aos mais pobres podem ser ainda mais reduzidas se os países fornecerem transporte público extensivo a preços acessíveis e usarem materiais locais na construção civil.
“Não esperávamos que as necessidades de energia para uma vida minimamente decente fossem tão modestas, mesmo para países como a Índia, onde existem grandes lacunas. Também foi uma surpresa agradável que as necessidades humanas mais essenciais relacionadas à saúde, nutrição e educação são baratas em termos de energia. Ao longo do caminho, também descobrimos que medir a pobreza em termos dessas privações materiais excede em muito a definição de pobreza de renda do Banco Mundial,” detalhou Rao.
Embora o impacto do setor seja pontual em relação a setores como agricultura e pecuária, tem havido pressões para uma mineração verde e sustentável.
Pressão de energia para os ricos
As descobertas indicam ainda que a riqueza, mais do que as necessidades básicas, pressiona a demanda de energia e que a maior parte do crescimento futuro da energia nesses países provavelmente servirá à classe média e aos ricos, mesmo que os governos priorizem a erradicação da pobreza.
Isso sugere que deve ser dada muita atenção aos estilos de vida e como eles evoluem nos países em desenvolvimento.
O Brasil, por exemplo, possui uma intensidade energética de mobilidade comparativamente alta devido à alta dependência dos carros. Devido a essas diferenças, os países em desenvolvimento enfrentarão diferentes custos e desafios para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, elevando a qualidade de vida dos cidadãos acima de um padrão básico.
As promessas futuras do Acordo de Paris deverão considerar essas diferenças para garantir que os países percebam seus esforços como comparáveis e justos, recomenda a equipe.
Fonte: https://www.inovacaotecnologica.com.br
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Madeira Transparente
15/07/19
Madeira transparente
Em 2016, uma equipe do Instituto Real de Tecnologia da Suécia apresentou uma madeira opticamente transparente.
Os pesquisadores fizeram a madeira ficar transparente removendo das paredes celulares da madeira de balsa um componente chamado lignina, que absorve a luz. Para reduzir a dispersão da luz, eles incorporaram acrílico como suporte.
Agora, a equipe adicionou à sua madeira sem lignina um polímero chamado polietilenoglicol (PEG), o que a tornou capaz de armazenar e liberar calor.
“Escolhemos o PEG por causa de sua capacidade de armazenar calor, mas também por causa de sua alta afinidade com a madeira. Em Estocolmo há um navio muito antigo chamado Vasa, e os cientistas usaram o PEG para estabilizar a madeira. Então sabíamos que o PEG poderia ir realmente profundamente nas células da madeira,” disse a pesquisadora Céline Montanari.
Material de mudança de fase
Conhecido como um “material de mudança de fase”, o PEG é um sólido que se funde a uma temperatura de 30º C, armazenando energia no processo. O material fica travado na estrutura da madeira, e a temperatura de fusão pode ser ajustada usando diferentes tipos de PEG.
“Durante um dia ensolarado, o material absorverá o calor antes que ele chegue ao espaço interno, e o interior ficará mais frio do que do lado de fora,” explicou Montanari. “E à noite ocorre o inverso – o PEG se torna sólido e libera o calor no ambiente interno para que você possa manter uma temperatura constante na casa”.
O acrílico foi novamente usado para proteger o material compósito da umidade. Como na versão anterior, a madeira modificada continua transparente, embora ligeiramente “enevoada”, permitindo alguma privacidade – e com o bônus adicional de armazenar e liberar calor.
Melhor que plástico ou vidro
Os pesquisadores apontam que a madeira transparente tem o potencial de ser mais ecologicamente correta do que outros materiais de construção, como plástico, concreto e vidro.
Além de suas capacidades de armazenamento térmico, esse “vidro de madeira” poderia ser mais fácil de descartar depois de ter servido ao seu propósito. “O PEG e a madeira são de base biológica e biodegradáveis. A única parte que não é biodegradável é o acrílico, mas ele poderia ser substituído por outro polímero de base biológica,” disse o professor Lars Berglund.
Agora, o foco está em ampliar o processo de produção para torná-lo viável industrialmente. A equipe estima que a madeira transparente poderá estar disponível para aplicações de nicho em design de interiores em cerca de cinco anos.
Eles também estão tentando aumentar a capacidade de armazenamento do material para torná-lo ainda mais eficiente em termos de energia.
Artigo: Multifunctional transparent wood for thermal energy storage applications
Autores: Céline Montanari, Y. Li, Lars Berglund
Revista: Proceedings of th ACS National Meeting & Expositions 2019
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Três Ecologias – Felix Guattari
23/05/19
Para onde quer que nos voltemos, reencontramos esse mesmo paradoxo lancinante: de um lado, o desenvolvimento contínuo de novos meios técnico-científicos potencialmente capazes de resolver as problemáticas ecológicas dominantes e determinar o equilíbrio das atividades socialmente úteis sobre a superfície do planeta e, de outro lado, a incapacidade das forças sociais organizadas e das formações subjetivas constituídas de se apropriar desses meios para torná-los operativos.
(…)
As formações políticas e as instâncias executivas parecem totalmente incapazes de apreender essa problemática no conjunto de suas implicações. Apesar de estarem começando a tomar uma consciência parcial dos perigos mais evidentes que ameaçam o meio ambiente natural de nossas sociedades, elas geralmente se contentam em abordar o campo dos danos industriais e, ainda assim, unicamente numa perspectiva tecnocrática, ao passo que só uma articulação ético-política – a que chamo ecosofia – entre os três registros ecológicos (o do meio ambiente, o das relações sociais e o da subjetividade humana) é que poderia esclarecer convenientemente tais questões.
(…)
As relações da humanidade com o socius, com a psique e com a “natureza” tendem, com efeito, a se deteriorar cada vez mais, não só em razão de nocividades e poluições objetivas, mas também pela existência de fato de um desconhecimento e de uma passividade fatalista dos indivíduos e dos poderes com relação a essas questões consideradas em seu conjunto. Catastróficas ou não, as evoluções negativas são aceitas tais como são. O estruturalismo – e depois o pós-modernismo – acostumou-nos a uma visão de mundo que elimina a pertinência das intervenções humanas que se encarnam em políticas e micropolíticas concretas. Explicar esse perecimento das práxis sociais pela morte das ideologias e pelo retorno aos valores universais me parece pouco satisfatório. Na realidade, o que convém incriminar, principalmente, é a inadaptação das práxis sociais e psicológicas e também a cegueira quanto ao caráter falacioso da compartimentação de alguns domínios do real. Não é justo separar a ação sobre a psique daquela sobre o socius e o ambiente. A recusa a olhar de frente as degradações desses três domínios, tal como isto é alimentado pela mídia, confina num empreendimento de infantilização da opinião e de neutralização destrutiva da democracia. Para se desintoxicar do discurso sedativo que as grandes mídias em particular destilam, conviria, daqui para frente, apreender o mundo através dos três vasos comunicantes que constituem nossos três pontos de vista ecológicos [o do meio ambiente, o das relações sociais e o da subjetividade humana].
(…)
ECOLOGIA SOCIAL
A ecosofia social consistirá, portanto, em desenvolver práticas específicas que tendam a modificar e a reinventar maneiras de ser no seio do casal, da família, do contexto urbano, do trabalho etc. Certamente seria inconcebível pretender retornar a fórmulas anteriores, correspondentes a períodos nos quais, ao mesmo tempo, a densidade demográfica era mais fraca e a densidade das relações sociais mais forte que hoje. A questão será literalmente reconstruir o conjunto das modalidades do ser em grupo. E não somente pelas intervenções “comunicacionais” mas também por mutações existenciais que dizem respeito à essência da subjetividade. Nesse domínio, não nos ateríamos às recomendações gerais mas faríamos funcionar práticas efetivas de experimentação tanto nos níveis microssociais quanto em escalas institucionais maiores.
(…)
ECOLOGIA MENTAL
A ecosofia mental, por sua vez, será levada a reinventar a relação do sujeito com o corpo, com o fantasma, com o tempo que passa, com os “mistérios” da vida e da morte. Ela será levada a procurar antídotos para a uniformização midiática e telemática, o conformismo das modas, as manipulações da opinião pela publicidade, pelas sondagens etc. Sua maneira de operar aproximar-se-á mais daquela do artista do que a dos profissionais “psi”, sempre assombrados por um ideal caduco de cientificidade.
(…)
ECOLOGIA AMBIENTAL
Em minha opinião, a ecologia ambiental, tal como existe hoje, não fez senão iniciar e prefigurar a ecologia generalizada que aqui preconizo e que terá por finalidade descentrar radicalmente as lutas sociais e as maneiras de assumir a própria psique. 8 Os movimentos ecológicos atuais têm certamente muitos méritos, mas, penso que na verdade, a questão ecosófica global é importante demais para ser deixada a algumas de suas correntes arcaizantes e folclorizantes, que às vezes optam deliberadamente por recusar todo e qualquer engajamento político em grande escala. A conotação da ecologia deveria deixar de ser vinculada à imagem de uma pequena minoria de amantes da natureza ou de especialistas diplomados. Ela põe em causa o conjunto da subjetividade e das formações de poder capitalísticos – os quais não estão de modo algum seguros que continuarão a vencê-la, como foi o caso na última década.
(…)
O princípio particular à ecologia ambiental é o de que tudo é possível tanto as piores catástrofes quanto as evoluções flexíveis. Cada vez mais, os equilíbrios naturais dependerão das intervenções humanas. Um tempo virá em que será necessário empreender imensos programas para regular as relações entre o oxigênio, o ozônio e o gás carbônico na atmosfera terrestre. Poderíamos perfeitamente requalificar a ecologia ambiental de ecologia maquínica já que, tanto do lado do cosmos quanto das práxis humanas, a questão é sempre a de máquinas – e eu ousaria até dizer de máquinas de guerra. Desde sempre a “natureza” esteve em guerra contra a vida! Mas a aceleração dos “progressos” técnico-científicos conjugada ao enorme crescimento demográfico faz com que se deva empreender, sem tardar, uma espécie de corrida para dominar a mecanosfera.
No futuro a questão não será apenas a da defesa da natureza, mas a de uma ofensiva para reparar o pulmão amazônico, para fazer reflorescer o Saara. A criação de novas espécies vivas, vegetais e animais, está inelutavelmente em nosso horizonte e torna urgente não apenas a adoção de uma ética ecosófica adaptada a essa situação, ao mesmo tempo terrificante e fascinante, mas também de uma política focalizada no destino da humanidade.
(…)
as três ecologias deveriam ser concebidas como sendo da alçada de uma disciplina comum ético-estética e, ao mesmo tempo, como distintas uma das outras do ponto de vista das práticas que as caracterizam. Seus registros são da alçada do que chamei heterogênese, isto é, processo contínuo de ressingularização. Os indivíduos devem se tornar a um só tempo solidários e cada vez mais diferentes. (O mesmo se passa com a ressingularização das escolas, das prefeituras, do urbanismo etc).
A subjetividade, através de chaves transversais, se instaura ao mesmo tempo
no mundo do meio ambiente, dos grandes Agenciamentos sociais e institucionais e, simetricamente, no seio das paisagens e dos fantasmas que habitam as mais íntimas esferas do indivíduo. A reconquista de um grau de autonomia criativa num campo particular invoca outras reconquistas em outros campos. Assim, toda uma catálise da retomada de confiança da humanidade em si mesma está para ser forjada passo a passo e, às vezes, a partir dos meios os mais minúsculos.
Trechos do ensaio “Três Ecologias” de Felix Guattari
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Produtos de Limpeza ecológicos
14/05/19
Produzir os próprios produtos de limpeza pode resultar em economia e também preservação do meio ambiente
Receita caseira para limpar o piso
Ingredientes:
- 3 colheres pequenas de bicarbonato de sódio
- 2 litros de água quente
- 1/2 xícara de vinagre branco de maçã
- 2 colheres pequenas de óleo essencial de eucalipto
- 1 colher pequena de óleo essencial de citronela
- 1 colher pequena de óleo essencial de lavanda
Modo de preparo:
Dissolva o bicarbonato na água quente, adicione o vinagre e os óleos essenciais. Agite antes de usar. Esta mistura pode ser conservada por até três meses em ambiente seco e escuro.
Para limpar o banheiro
Ingredientes e acessórios:
- Escova para limpar banheiro
- Bicarbonato de sódio
- Água quente
- Vinagre
- Limão
Modo de preparo e uso:
Misture o bicarbonato de sódio com a água quente e mergulhe a escova nele antes de esfregar as superfícies. Para limpar a pia ou o vaso sanitário, agregue à mistura anterior suco de limão e vinagre, aplique em toda a superfície, deixe de molho durante a noite e no dia seguinte é só limpar.
Detergente caseiro para lavar louça
Ingredientes:
- 1 litro de água
- 3 colheres de sabão de coco ralado
- ½ xícara de vinagre de álcool
Dissolva o sabão na água, adicione o vinagre e mexa até a mistura ficar homogênea.
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Plantas de Outono
30/04/19
Que planta cultivar em sua horta no outono
O pátio, terraço ou varanda também são locais ideais para cultivar legumes em qualquer estação. Apesar da chegada do outono, com o primeiro frio é possível plantar um monte de ervas e legumes que podem suportar baixas temperaturas.
Primeiros Passos
Arme-pot: Para o desenvolvimento de sementes com segurança, uma boa escolha para as primeiras semanas é usar recipientes de embalagem de iogurte ou sorvete, embalagens Tetra Pack ou garrafas de plástico. Buracos centrais devem ser feitos para garantir uma boa drenagem do solo e depois de algumas semanas, quando a planta crescer e germinar as primeiras folhas, devem ser transplantadas diretamente no solo ou no recipiente maior. É muito importante considerar a relação entre o tamanho da planta e o recipiente.
–Prepare o solo: envasamento solo deve ser leve e ter uma boa drenagem. Isso deve ter matéria orgânica , sendo muito útil o adubo feito a partir de resíduos de sua casa.
–Escolhendo o espaço ideal: Isto é muito importante, especialmente com o advento de baixo ponto de temperatura. O ideal é colocar os recipientes em locais com luz natural e perto das paredes para que eles sejam resguardo condições meteorológicas. É importante deixar um espaço entre a parede e o recipiente para que o ar circule e não acumule umidade.
Tendo em conta estes primeiros passos, você pode começar a plantar . É importante que as sementes selecionadas sejam específicas para o tempo e colocadas num recipiente e permanecer enterrada a uma profundidade de três vezes o seu tamanho.
Há uma variedade de vegetais disponíveis para o plantio no outono. No entanto, antes de escolher quais são para ser plantada deve ser tida em conta aqueles que serão consumidos com mais frequência e ter um espaço de crescimento adequado.
Alguns dos vegetais que podem ser plantadas nesta época do ano são:
-Chard: Esta espécie suporta baixa temperatura a 5 ° C, bem como a alta, até 30 º C. No entanto, a queda é uma das melhores épocas para plantar e exigem até dois meses a crescer totalmente.
-Alho: Semeia-se a partir do alho que você compra no supermercado. Não precisa de muito espaço para se desenvolver.
-Brócolis: Madura nos meses mais frios é quando atinge o seu sabor mais doce. Você precisa de pelo menos quatro horas de sol por dia.
-Cebola: Tem lugar a temperaturas entre 15 e 20 graus e não precisa de ser regada com freqüência.
-Couve-flor: Tal como acontece com brócolis e repolho, este crucíferos são semeados durante a estação fria. Ele cresce rapidamente, mas precisa de vários cuidados.
-Espinafre: Da família quenopodiacea como acelga, espinafre é simples, mas requer o cultivo de terra rica em nutrientes e drenagem fácil. A germinação ocorre em cerca de três semanas eo solo deve ser mantido úmido. Ela pode ser cultivada em todo o ano.
-Funcho: como salsa, esta umbelífera cresce melhor em climas frios. Precisa plantadas em solo drenado e rega deve ser raro.
-Alface: Ele pertence ao complexo da família, com escarola e chicória ideal para o cultivo em climas mais frios. Ela pode ser cultivada em todo o ano.
-Leek: Como cebolas e alho, pertence ao lírio. Especialmente no cultivo de outono e é uma das espécies mais fáceis de plantar uma vez que pode ser em qualquer tipo de solo .
-Repolho : Este crucíferos não é muito exigente na qualidade dos solos, mas precisa de regas regulares. Suporte bom geada e consumo deve ser recolhido antes que apareçam recolher ou flores.
Feijão, abóbora, cenoura, nabo e rabanetes são outros vegetais que podem ser cultivadas durante esta época do ano. Agora você pode se preparar, tomando cuidado com técnicas naturais, sem fertilizantes ou agrotóxicos, capazes de poluir.
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O veneno está servido – Bom apetite!
18/03/19
A ANVISA (Agência Nacional de VigilÂncia Sanitária) divulgou a lista que mostra quais os alimentos mais contaminados no país. Segundo a divulgação, cerca de um terço dos vegetais mais consumidos no Brasil apresentaram um nível de agrotóxico acima do aceitável.
Foram analisadas quase 2.500 amostras de 18 tipos de alimentos pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos, da Agência. Entre os critérios do levantamento estavam a análise da presença de agrotóxicos acima do nível permitido e a presença de agrotóxicos não autorizados para o tipo de alimento.
Você sabia que o feijão consumido por um brasileiro pode conter 400 vezes mais resíduo do inseticida malationa do que o mesmo grão no continente europeu? E esta discrepância enorme não é ilegal. É permitida pela legislação brasileira, que regulamenta o uso de agrotóxicos no país.
A batata foi o único vegetal examinado que não apresentou nenhum lote contaminado. Em compensação, praticamente todas (91,8%) as amostras de pimentão apresentavam agrotóxicos acima do permitido. Morango, pepino e alface também estavam entre os itens mais contaminados, apresentando irregularidades em mais de 50% dos lotes examinados.
Que tal começar a sua horta?
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Aquecedor Solar Passivo
13/02/19
Este aparelho simples e de baixo custo absorve calor do Sol suficiente para ferver água e produzir vapor “superaquecido” – a bem mais de 100 graus Celsius – sem utilizar qualquer componente óptico caro.
Em um dia ensolarado, a estrutura pode, de forma passiva, bombear vapor quente o suficiente para esterilizar equipamentos médicos, cozinhar, limpar, alimentar processos industriais, produzir água potável destilada e dessalinizada ou mesmo para gerar eletricidade.
Tudo começou com uma esponja capaz de gerar vapor usando luz solar que a equipe criou há dois anos. Mas aí surgiram os problemas: nos testes de longo prazo, os pesquisadores descobriram que os contaminantes na água acabavam degradando a esponja. Por isso, eles reprojetaram o material para que ele funcione suspenso sobre a água, evitando qualquer possível contaminação.
O aquecedor passivo tem aproximadamente o tamanho e espessura de um tablet, e é estruturado como um sanduíche: A camada superior é feita de um material que absorve eficientemente o calor do Sol, enquanto a camada inferior emite eficientemente esse calor para a água abaixo. Quando a água atinge o ponto de ebulição (100º C), ela libera vapor, que sobe de volta para dentro da esponja, onde é canalizado através da camada intermediária – um material semelhante a uma espuma, que aquece ainda mais o vapor, fazendo-o ir acima do ponto de ebulição da água, antes de ser bombeado através de um tubo de saída.
“É um sistema completamente passivo – basta deixá-lo do lado de fora para absorver a luz solar,” explica Thomas Cooper, do MIT, nos EUA. “Você pode escaloná-lo para algo que pode ser usado em locais remotos para gerar água potável suficiente para uma família, ou esterilizar equipamentos para uma sala de cirurgia.”
Concentrador solar
Para aumentar ainda mais a intensidade do calor do Sol, os pesquisadores construíram um concentrador solar simples, um espelho curvo que ajuda a redirecionar mais luz solar para o aquecedor, aumentando assim o fluxo solar, semelhante ao modo como uma lupa pode ser usada para concentrar um raio de Sol.
Com esse suporte adicional, a estrutura produziu vapor a 146º C em 3,5 horas. Em experimentos subsequentes, a equipe conseguiu produzir vapor a partir da água do mar sem contaminar a superfície do dispositivo com cristais de sal. Em outro conjunto de experimentos, eles também foram capazes de coletar e condensar o vapor em um frasco para produzir água destilada pura.
“Este projeto realmente resolve o problema das incrustações e o problema da coleta de vapor,” disse o professor Gang Chen. “Agora, estamos procurando torná-lo mais eficiente e melhorar o sistema. Existem diferentes oportunidades e estamos analisando quais são as melhores opções a serem adotadas.”
Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br
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Soradofarm – Hortas urbanas no Japão
06/02/19
Espaço (ou melhor, a falta dele) é um problema e tanto no Japão. Em Tóquio, além de estacionamentos que enterram bicicletas, os moradores têm acesso a outra iniciativa para driblar a falta de espaço: hortas urbanas construídas no topo das estações de metrô.
Batizado de Soradofarm, o projeto é coordenado pela companhia local de metrô, a East Japan Railway Company, e tem como objetivo oferecer aos japoneses que querem cultivar uma horta, mas não tem espaço em casa, a oportunidade de plantar alimentos no topo das estações.
A iniciativa começou em 2010 e fez sucesso entre a população: atualmente, cinco estações de metrô já contam com hortas urbanas e outras oito estão em fase de construção.
Para ter um pedacinho de terra para chamar de seu, no entanto, é preciso pagar. Os ‘agricultores urbanos’ desembolsam 100.440 ienes (cerca de R$ 2.500) por ano para cultivar legumes, frutas e verduras no topo dos metrôs.
Todas as ferramentas necessárias para o cuidado com a terra são oferecidas pelas estações. Os inquilinos também não precisam ser grandes conhecedores de jardinagem ou agricultura, uma vez que os espaços contam com a presença de especialistas para orientá-los.
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Benefícios de Hortas Urbanas
06/02/19
A vida nas megacidades nos faz desconectar da vida natural. Ficamos submergidos em sons, odores, alimentos, construções e situações que nos deixam cada vez mais distantes do meio natural para o qual nosso corpo foi projetado para funcionar. Isso provoca diversos distúrbios como ansiedade, depressão ou estresse.
Se considerarmos ainda a nossa capacidade voraz para cimentar grandes áreas, arrasando bosques e florestas, e acima de tudo, um estilo de vida predatório que emite muito mais resíduos do que o planeta pode suportar, temos uma tempestade perfeita.
Dessa forma, repensar nossas vidas não é um assunto menor, mas que é essencial para nossa sobrevivência. A boa notícia é que as grandes soluções sempre nascem em meio ao caos.
As hortas urbanas já são realidade em todas as grandes cidades do mundo. São inúmeras iniciativas que transformam o entorno que é capaz de restabelecer novamente a biodiversidade e proporcionam mais qualidade de vida com maior eficiência econômica para os cidadãos.
O movimento de agricultura urbana tem se mostrado receptivo a diferentes faixas etárias, classes sociais e países que já tem adotado sistemas de produção de alimentos dentro das cidades.
Abaixo, apresento os doze principais benefícios que as hortas urbanas oferecem:
1. Reduzem as ilhas de calor – a inércia térmica da água presente nas plantas e a própria terra de cultivo faz com que a horta absorva calor, reduzindo as flutuações de temperatura.
2. Melhora a qualidade do ar – à noite a folhas fazem fotossíntese, liberando oxigênio.
3. Absorvem o ruído – diferentemente do cimento, as plantas conseguem absorver os sons.
4. Reduzem o risco de inundações – a terra é capaz de reter a água da chuva no momento em que cai, aliviando as galerias urbanas sobrecarregadas pela baixa permeabilização do solo urbano.
5. Reduzem a contaminação em todo processo – contaminação de terras, fluxo nas estradas, gastos e desperdício dos mercados.
6. Destino de resíduos orgânicos – os resíduos de alimentos e vegetais que causam problemas na logística de caminhões de lixo nas cidades, podem se transformar no melhor nutriente possível para uma horta, por meio do processo de compostagem.
7. Alternativa econômica – plantar uma horta própria é mais barato que ir ao mercado. Pode também converter-se em uma atividade econômica, e eventualmente pode gerar uma grande transformação social em comunidades de renda baixa.
8. Melhora a qualidade alimentar – os alimentos orgânicos são mais nutritivos. Além disso, facilitam a capacidade de encontrar alimentos alternativos.
9. Durabilidade – apesar do que dizem os vendedores de geladeiras, as plantas ficam vivas muito mais tempo sem se deteriorar.
10. Promove-se uma maior biodiversidade – as plantas se relacionam entre si e com insetos, o que possibilita o desenvolvimento da fauna e flora local, essencial para reduzir as possíveis interferências de pragas.
11. Promove a convivência entre usuários e vizinhos – a horta é um espaço público ideal para o encontro comunitário.
12. Integração com a natureza – Ver uma planta crescer e estar perto dela aumenta o contato com o ritmo natural do universo o que inclui o ritmo de vibração natural do corpo.
Post publicado originalmente em espanhol – Ciudades Sostenibles
