Artigos com o marcador ética
LIXEIRAS COM PNEUS INSERVÍVEIS
29/04/14
Nilson Rocha é professor em Jaguarão/RS, formado em biologia, coordena a sala verde, educação ambiental e tem um projeto que utiliza pneus inservíveis na construção de lixeiras. Aqui ele nos ensina o passo-a-passo.
Um pneu é considerado inservível quando não há mais condição de ser utilizado para circulação ou reforma.
A proposta é contemplar e desenvolver um trabalho na prática que tem por finalidade informar e sensibilizar, alunos, professores e comunidade, sobre várias questões que envolvem o meio ambiente, nesse caso a correta separação do lixo.
Os pneus descartados geram um grande problema para o meio ambiente, ficando acumulados em frente das borracharias, depositados em terrenos baldios, ou ainda dentro das valetas impedindo o escoamento da água. Este projeto auxilia também no trabalho de recolhimento do material reciclável por parte da Cooperativa Aliança de Economia Solidária e Prestadora de Serviços (Cooadesps), que faz a coleta seletiva em Jaguarão. Como a separação do material é realizada na cooperativa visando à posterior comercialização, e objetivando melhor funcionalidade, dois compartimentos para a disposição do lixo é o suficiente.
Material para construção das lixeiras Material
– Cada lixeira é composta por 4 pneus, medida 13 ou 14.
– Arame queimado, para a amarra interna dos pneus.
– Tinta esmalte sintético ou óleo nas cores propostas.
Material de trabalho
– Alicate, furadeira, e outros
– No fundo de cada lixeira, serão realizados cortes no pneu, para o escoamento da água da chuva.
– Colocar uma camada de brita e areia, que servirá como base, impedindo que seja virada por agentes físicos e naturais, e de filtro ecológico (dreno).
Agradecemos ao professor Nilson por compartilhar conosco esse trabalho bonito. Está lançada a semente, que os frutos sejam bem-vindos.
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PRAÇA COM PNEUS NA ESCOLINHA MUNICIPAL PATO DONALD
18/04/14
Mais de 50 pneus velhos se transformaram em brinquedos novinhos.
Abusando da criatividade uma comunidade do bairro Vencatto em Jaguarão-RS se une e transforma uma porção de pneus velhos em uma praça novinha em folha.
A ideia surgiu no último verão quando a diretora da escola municipal de educação infantil Pato Donald, Daiziane Rossi deparou-se com uma praça montada com pneus no balneário da Lagoa Mirim, a 20 km de Jaguarão. No reinício das aulas propôs aos colegas e pais de alunos fazer algo igual na escola, que até então não possuía playground a ideia foi aceita de imediato.
A partir daí a comunidade escolar tratou de mobilizar tanto os moradores do bairro Vencatto como do resto da cidade para conseguir os materiais necessários. “Começamos a juntar pneus, tintas e outros materiais para a produção dos brinquedos. Divulgamos no Facebook e a partir dessa mobilização a comunidade começou a contribuir”, conta Daiziane.
A empolgação com o projeto acabou por contaminar o bairro todo e dezenas de pessoas – inclusive o professor e prefeito Cláudio Martins (PT) – se juntaram e botaram a mão na massa tanto para concluir a praça, como para dar retoques na pintura e realizar reparos no prédio da escola.
“As crianças estão encantadas e a escola aos poucos está se transformando em um espaço colorido, lúdico e alegre, para melhor atendê-las”, comenta a professora, sem conseguir esconder o entusiasmo com o sucesso do projeto.
O Projeto conta com o apoio da Prefeitura Municipal , Assessora de Gabinete Marcia Oliveira que estão oferecendo um Curso com o Artesão Uruguaio Fernando, aos Funcionários Edilson Farias e Rodriguino Acosta, para que o Projeto estenda-se a outros Bairros da Cidade.
Parabéns a todos que participaram desse trabalho, nós acreditamos que é assim que poderemos construir um mundo melhor – com trabalho, solidariedade e muito amor. Esperamos que esse exemplo seja seguido por muitas escolas e comunidades.
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RECRIAR na Rua Cidadã – Rua Santa Ifigênia
18/03/14
RUA CIDADÃ
No dia 14 de março participamos da reunião para articulação do evento RUA CIDADÃ na sede da ACM – Associação Cristã de Moços.
O evento será realizado na Rua Santa Ifigênia, no dia 14 de maio (quarta-feira) das 10:00 às 17:00 horas.
Foi apresentado a todos o croqui da rua com as tendas e o palco.
Atividades que serão realizadas pelas entidades:
. Comunidade Evangélica do Bixiga – organização
. RECRIAR.COM.VOCÊ – Oficina captação de agua de chuva, horta caseira, distribuição de mudas;
. BALI Atelier de Beleza – Massagem Terapêutica anti-stress
· CET – Jogos educativos;
· Delegacia do Idoso;
. Missões Cristãs – apoio as famílias de usuários de drogas.
. Cruz Vermelha – Teste de Hepatite C, diabetes, pressão arterial
. SAEC –
. CVV – Atendimento
. Ministério Público Federal –
. JEAME – Voluntários e triagem para Comunidades Terapêuticas
. ACM – Avaliação física e atividades físicas esportivas
. SMADS – serviços de abordagem encaminhamento população de rua
. Desperta Débora – oferecerá conforto espiritual e acompanhamento dos enviados às Comunidades Terapêuticas
· Cervi – Teste de gravidez, psicóloga, assistente social;
· Instituto Folha Nova – corte de cabelo, maquiagem, esmaltar unhas;
Todas estão convidados a participar do evento. Vale lembrar que todas as atividades serão gratuitas.
Participem!
Arq. Míriam Morata Novaes
Fotos: Deodora Pachicoski
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A primavera silenciosa de Rachel Carson
10/02/14
O nome é Rachel Louise Carson. Pouca gente a conhece fora dos círculos acadêmicos, mas ela foi a bióloga e escritora responsável pela maior revolução ecológica dos Estados Unidos e do mundo, quando lançou o livro “Primavera Silenciosa” (Silent Spring), em outubro de 1962. Apesar do título poético – uma referência ao silêncio dos pássaros mortos pela contaminação dos agrotóxicos -, nunca um livro fez tanto barulho a favor do meio ambiente. No primeiro capítulo, “Uma Fábula para o Amanhã”, a autora descreve, liricamente, um lugar onde as árvores não davam folhas, os animais morriam, os rios contaminados não tinham peixes e, principalmente, os pássaros que cantavam na primavera haviam sumido. Mas, nos 16 anos seguintes, Carson, de maneira demolidora, explicou e denunciou o perigo dos pesticidas.
O interessante é que, apesar de já ser conhecida como escritora e pesquisadora, quando publicou “Primavera Silenciosa”, Carson foi alvo de inúmeras reações contrárias, principalmente das indústrias químicas, que tentaram de todas as formas – até utilizando campanhas de publicidade –atacar a sua credibilidade como cientista. O ex-vice-presidente americano Al Gore, em sua introdução à edição comemorativa dos 40 anos de lançamento do livro, relata que “o ataque a Rachel Carson se compara à intolerância que Charles Darwin sofreu quando escreveu “A Origem das Espécies”.
Sempre lutando, a escritora discursou no Congresso americano em 1963, onde pediu novas políticas destinadas a proteger a saúde humana e o meio ambiente. Morreu na primavera de 1964, aos 57 anos, de câncer de mama. Posteriormente, verificou-se que, ironicamente, a causa pode ter sido a sua demasiada exposição às substâncias químicas tóxicas. “Portanto, num certo sentido,“Primavera Silenciosa” foi escrito literalmente para sua vida”, comenta Al Gore. Em 1972, o uso do DDT foi proibido nos Estados Unidos, e a revista Time a incluiu na lista das 100 pessoas mais influentes do século XX. Em 1992, um grupo de escritores americanos elegeram “Primavera Silenciosa” como o livro mais influente dos últimos 50 anos naquele país e no mundo.
Em 2000, a Escola de Jornalismo de Nova York consagrou a obra como uma das maiores reportagens investigativas do século XX. Seis anos depois, o jornal britânico The Guardian escolheu Rachel Carson para o primeiro lugar na lista das cem pessoas que mais contribuíram para a defesa do meio ambiente de todos os tempos. A Ecológico selecionou, aqui, trechos em que a cientista fala sobre os animais, a natureza, os pesticidas e a contaminação do meio ambiente.
Ironia
“Arriscar tanto nos nossos esforços destinados a moldar a natureza de acordo com a nossa satisfação e a nossa conveniência e, ainda assim, acabar fracassando sem atingir o objetivo seria, na verdade, a ironia final. A verdade, raramente mencionada, mas existente, para ser vista por qualquer pessoa que deseje vê-la, é que a natureza não é facilmente moldável, e que os insetos estão encontrando caminhos para contornar os nossos ataques contra eles.”
Darwin
“Se Darwin estivesse vivo nos dias de hoje, o mundo dos insetos o encantaria e desconcertaria com as confirmações relacionadas às teorias que ele elaborou, a propósito da sobrevivência do mais adaptado. Sob os efeitos venenosos da pulverização intensiva dos inseticidas, os membros fracos das populações de insetos estão sendo varridos da existência.”
Insetos
“Muito antes da idade do homem, os insetos já habitavam a Terra, compondo um grupo de seres extraordinariamente variados e adaptáveis. No curso do tempo, a contar do advento do homem, uma pequena percentagem de mais de meio milhão de espécies de insetos entrou em conflito com o bem-estar humano por duas formas principais: como competidores no consumo do abastecimento de comida e como transmissores de doenças.”
“A radiação, agora, não é mais apenas a radiação de plano secundário, das rochas; nem é mais o bombardeio dos raios cósmicos, e menos ainda dos raios ultravioleta do sol, que já existiam antes que houvesse qualquer forma de vida sobre a Terra. A radiação, agora, é a criação não natural dos malfazeres do homem com o átomo.”
Pesticidas
“A partir de meados de 1940, mais de 200 substâncias químicas, de ordem básica, foram criadas para uso e matança dos insetos, de ervas daninhas, de roedores e de outros organismos que, no linguajar moderno, são descritos como “pestes” ou “pragas”, e elas são vendidas sob milhares de denominações diferentes de marcas. Estes borrifos, estes pós e aerossóis são agora aplicados quase universalmente em fazendas, jardins, florestas e residências.”
“São substâncias químicas não seletivas, que têm poder para matar toda espécie de insetos, tantos os ‘bons’ como os ‘maus’. Têm poder para silenciar o canto dos pássaros e deter o pulo dos peixes na correnteza; para revestir as folhas das plantas com uma película mortal e para perdurar, embebidas no solo.”
Biocidas
“Pode alguém imaginar que seja possível instituir semelhante barragem de venenos sobre a superfície da Terra, sem torná-la inadequada para a vida toda? Tais substâncias não deveriam ser denominadas de ‘inseticidas’ e, sim, de biocidas.”
DDT
“O DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano) foi sintetizado pela primeira vez por um químico alemão em 1874, mas as suas propriedades, como inseticida, só foram descobertas em 1939. Quase que imediatamente, foi saudado como o recurso para a eliminação das doenças transmitidas por insetos, e para ganhar, da noite para o dia, a guerra dos agricultores contra os destruidores de colheita. O DDT é tão universalmente usado que, para a maior parte das pessoas, o produto assume aspecto familiar de coisa inofensiva.”
“Os efeitos no homem, onde já são conhecidos, demonstraram ser destruidores. Para além desses, encontra-se perspectiva ainda mais avassaladora dos danos que só podem ser detectados no fim de longos anos, e dos possíveis efeitos genéticos que não podem ser conhecidos durante gerações.”
“A partir de quando o DDT foi colocado à disposição do uso civil, um processo em escala industrial está em marcha. Isto aconteceu porque os insetos, numa reivindicação triunfante do princípio de Darwin, relativo à sobrevivência dos mais fortes e mais adaptados, desenvolveram super-raças imunes aos efeitos do inseticida em particular usado contra eles; daí resultou a necessidade de se prepararem substâncias químicas ainda mais mortíferas – cada vez mais letais- e, depois, outras, ainda mais propiciadoras da morte.”
Futuro
“Temos permitido que as mencionadas substâncias químicas sejam usadas sem que haja investigação alguma, ou apenas uma investigação insuficiente, quanto aos seus efeitos sobre o solo, a água, sobre a vida dos animais silvestres e também sobre o próprio homem. As gerações futuras não perdoarão, com toda probabilidade, a nossa falta de prudente preocupação a respeito da integridade do mundo natural que sustenta a vida toda.”
“Em áreas cada vez mais amplas dos Estados Unidos, a primavera agora surge sem ser anunciada pelo regresso dos pássaros. As madrugadas também se apresentam estranhamente silenciosas nas regiões em que outrora se enchiam da beleza do canto deles. Este súbito silenciar da canção dos pássaros (…) se estabeleceu depressa, insidiosamente, sem ser notado por aqueles cujas comunidades estão sendo por ora afetadas.”
Civilização
“A questão consiste em saber se alguma civilização pode levar adiante uma guerra sem tréguas contra a vida, sem se destruir a si mesma e sem perder o direito de ser chamada de ‘civilização’(…) Temos pela frente um desafio como nunca: a humanidade teve de provocar nossa maturidade e nosso domínio, não da natureza, mas de nós mesmos.”
QUEM É ELA
Escritora, cientista bióloga e ecologista norte-americana, nasceu em 1907, na cidade de Springdale, no estado da Pensilvânia. E, desde a infância- influenciada pela mãe- se interessava pela natureza. Em 1929, graduou-se na Pensilvânia College for Women, estudou na Woods Hole Marine Biological Laboratory e depois formou-se em Zoologia pela Universidade John Hopkins, em 1932. Foi contratada pelo governo americano para escrever boletins para a rádio durante a Depressão e também escrevia artigos sobre história natural para o Jornal Baltimore Sun. Em 1936, torna-se editora – chefe de todas as publicações do renomado U.S. Fish e Wildlife ( Departamento de Pesca e Vida Selvagem). Suas primeiras publicações foram sobre os estudos das espécies e seres vivos que habitavam os mares e oceanos como: Under The Sea Wind (Sob o Vento do Mar – 1941), The Sea Around Us (O Mar Que Nos Rodeia – 1951), que foi sucesso nacional e internacional e foi traduzido para 30 idiomas.
Fonte: “Testemunha para a Natureza”, de Linda Lear, 1997 e “Primavera Silenciosa”, de Rachel Carson, Edição Melhoramentos, 1962.
Fonte: http://www.revistaecologico.com.br/materia.php?id=42&secao=536&mat=565
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RECRIAR NA VILA NOVA ESPERANÇA
21/01/14
Hoje terça-feira dia 21 de janeiro estive na Vila Nova Esperança, comunidade situada no km 21 da Raposo Tavares, juntamente com Elisabeth líder de ação social e Carol assistente social, ambas da Igreja Batista Memorial. O convite para conhecer essa comunidade partiu da Jenny aluna de pós-doutorado na USP/SP que realiza um trabalho social com um grupo de cristãos e alunos da USP nessa comunidade que nos escreveu, seguem alguns trechos do e-mail:
“…Lhes escrevo porque preciso de informação sobre a possibilidade de uma doação de uma casa bem pequena em madeira. A doação seria para um homem que conheci chamado José Marcos da comunidade Vila Nova Esperança, (…) doente e está pesando atualmente em torno de 37kg. O José Marcos mora nas situações mais precárias que vocês possam imaginar, sem nenhuma condição de higiene no barraquinho e tudo caindo aos pedaços. (…) Tivemos que levar ele no Hospital Universitário já que estava muito enfraquecido. Ele ainda ficará um par de dias lá, até conseguirmos uma vaga em uma casa de recuperação onde possa se recuperar por um período antes de voltar para a casa dele. Como ele não tem família em SP, queremos cuidar dele, mas precisamos de construir uma casa nova para ele na comunidade em condições de ser habitada. Não pedimos muita coisa, só 01 dormitório e um banheiro.
Por favor nos ajude, o que precisamos fazer para conseguir a doação de uma casa bem pequena para ele?”
A Igreja realiza um trabalho social na comunidade desde 2013, com atividades arte, capacitação e atendimento odontológico. Algumas ONGs e alunos da USP, Mackenzie e Faculdade Anhembi-Morumbi realizam trabalhos sociais nessa comunidade que hoje tem aproximadamente 600 famílias.
A Sra. Lia presidente da Associação dos Moradores e a Sra. Marlene moradora do local a mais de 20 anos nos acompanharam na visita à horta cuidada pelo Sr. Inácio e à casa do José Marcos.
A Sra. Lia vai marcar reunião com os moradores para que possamos atuar no local, junto com os moradores e voluntários, para construir a casa e fazer um trabalho de revitalização da comunidade.
Na reunião que será marcada para fevereiro, apresentaremos a mesma proposta das Comunidades Novo Buraco do Sapo e Grajaú, de modo que possamos aprender e trocar experiências entre as comunidades.
Que Deus abençoe este projeto!
Aq. Míriam Morata Novaes
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PROJETO NOVO BURACO DO SAPO – CAMPINAS
14/01/14
Na segunda-feira, dia 13 de janeiro às 10hs fizemos mais uma reunião, para articulação do Projeto Novo Buraco do Sapo em Campinas. A reunião aconteceu na Sede da Associação de Moradores do Bairro, estavam presentes 4 moradores da Comunidade, entre eles o Sr. Manuel um doa mais antigos moradores da região, 3 representantes de órgãos públicos e eu.
Bruno, um dos moradores solicitou que as reuniões fossem nos finais de semana, pois muitos trabalham e gostariam de participar. Todos representantes da Comunidade insistiram em um ponto – os moradores estão cansados de promessas, já não acreditam em trabalhos sociais pois recebem a visita de diversos políticos, mas nenhuma promessa se concretiza.
Deixamos claro que não temos objetivo de “DOAR” nada, nem “FAZER FAVORES”, mas trabalhar junto com os moradores, para identificar problemas de Arquitetura, Urbanismo e Meio Ambiente e buscar soluções.
Nós não temos formação, nem é o objetivo da RECRIAR trabalhar com a questão das drogas, segurança, inserção no mercado de trabalho, falta de escolas e creches, saúde pública, etc. Nós podemos colaborar apresentando profissionais que orientem os grupos, para que busquem parcerias, para resolução desses problemas, que também são urgentes.
Samuel se responsabilizou pela criação da página no facebook, Projeto Novo Buraco do Sapo, para divulgarmos esse trabalho e buscar parceiros.
Marcamos a próxima reunião para DIA 02/02 o primeiro domingo de fevereiro, das 13hs as 16hs, nessa ocasião também lançaremos a ideia de organizarmos um “Dia do Bem” para lançamento do Projeto na Comunidade.
Página no facebook – https://www.facebook.com/novoprojetoburacodosapo
Que Deus abençoe este Projeto!
Arq. Míriam Morata Novaes
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RECRIAR NO GRAJAÚ
14/01/14
Na segunda-feira, dia 13 de janeiro as 18hs Paulo, Ademar e eu fizemos a primeira reunião, para articulação de um trabalho social na região do Grajaú. Paulo e Ademar moradores da região e representantes de um Grupo Organização setenta vezes sete, que faz atividades culturais para os moradores da comunidades locais solicitaram parceria para orientação da construção de uma Ecovila em Juquitiba.
O trabalho da RECRIAR é voltado unicamente para comunidades carentes, portanto sugerimos um trabalho conjunto com algumas comunidades do Grajaú e Juquitiba, utilizando a área do sítio como área para atividade prática da construção de uma casa utilizando técnica de superadobe, taipa e blocos de adobe; noções de permacultura e reciclagem para confecção de portas, janelas e mobiliário.
Paulo é professor de História da rede estadual e se responsabilizou por fazer contatos na Escola onde trabalha, em Faculdades da região, Secretaria do Meio Ambiente e ONGs que atuam na região para parcerias.
Ademar é grafiteiro e fará contato com Grupos de Arte e Cultura.
Os primeiros passos do Projeto Grajaú serão:
– Buscar um local para reuniões e cursos (Paulo verá a possibilidade de utilizar a Escola para esse objetivo);
– Escolha de uma Comunidade que já tenha alguma inserção, para que o trabalho se multiplique;
– Levantamento do local com os moradores dessa Comunidade, para conhecer os problemas urgentes, potencialidades do local no que se referem a material humano, materiais para reciclagem e vizinhança para parcerias. Paulo sugeriu uma atividade “fotografe seu bairro/casa” para que as pessoas re-conheçam o local onde moram.
– Identificar os líderes da região, para a formação de grupos de trabalho:
1. Arte – buscar talentos entre os moradores da região para musica e grafite
2. Reciclagem
3. Horta e Jardim – buscar parceria com Secretaria do Meio Ambiente para orientação e doação de mudas
4. Construção – capacitação pela RECRIAR
5. Produção de Componentes e Tecnologia
6. Administração do Projeto – pessoas que farão a articulação com órgãos públicos, empresas locais para parcerias e Instituições para orientação jurídica e social. Este grupo também se responsabilizará pela capacitação dos lideres de cada grupo, com profissionais da área de psicologia.
7. Divulgação – criar uma página no facebook, twitter e outras mídias para divulgação do Projeto.
A primeira reunião com a Comunidade será marcada para o terceiro ou quarto domingo de Fevereiro, das 13hs às 16hs, nessa ocasião também lançaremos a ideia de organizarmos um “Dia do Bem” para lançamento do Projeto na Comunidade.
Que Deus abençoe este Projeto!
Arq. Míriam Morata Novaes
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RECRIAR NO ROCK NO VALE II
08/12/13
Sábado dia 7 de dezembro Ana Maria, Marivalda, Emilio e eu estivemos no Rock no Vale, o maior festival de rock cristão da história, aliado com palestras em prol da sustentabilidade. Esse evento é organizado pela Missão Jovens da Verdade que tem o objetivo de evangelizar jovem, edificá-los e treiná-los para que se multipliquem.
A proposta do Rock no Vale é trazer um momento de reflexão e resgate dos valores e princípios cristãos de cuidado e zelo com a Terra e, consequentemente, com os seres vivos que nela habitam. Fazer parte desse mundo exige de nós um posicionamento ético e sustentável em todas as nossas relações.
O lugar é lindo mas, muito mais lindo foi ver jovens se reunindo para falar e planejar um mundo melhor, tocar, compor, se divertir e namorar sem nenhuma briga, drogas, bebidas e nenhum papelzinho jogado no chão. Parabéns aos organizadores e a essa moçada bonita, que está ajudando a mudar o mundo, com a força da fé e do amor.
O conteúdo da nossa palestra está publicado neste link – http://www.recriarcomvoce.com.br/blog_recriar/recriar-no-rock-no-vale/ e poderá ser utilizado para qualquer finalidade, desde que citada a fonte.
Obrigada a todos pelo respeito, carinho e atenção com que nos receberam, estamos de braços e portas abertas a todos que sonham e trabalham, para construir um mundo mais justo e bom para todos os seres.
“Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão
que foram feitos para viverem como irmãos.”
Nelson Mandela
Arq. Míriam Morata Novaes
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COLAPSO
27/11/13
“Colapso, maior trabalho do pesquisador Jared Diamond, analisa o que fez as grandes civilizações do passado entrarem em colapso. De um completo levantamento da história do meio ambiente de dezenas de civilizações emerge um padrão de catástrofe ambiental que nos alerta para o futuro do mundo.”
O planeta Terra, observa Diamond, é um ambiente altamente mutável, no qual o sucesso e a continuidade da vida estão intimamente associados à sua capacidade de se adaptar às mudanças. Sociedades que souberam cuidar dos seus recursos naturais foram mais bem sucedidas ao se antecipar às alterações climáticas e ambientais de modo a conseguir sobreviver à elas. Povos que, ao contrário, exploraram em excesso esses recursos, movidos pela necessidade ou pela imprevidência, traçaram o caminho do próprio fracasso. É o que Diamond chama de “eco-suicídio”, ou seja, a incapacidade de entender a fragilidade do meio ambiente combinada com a ganância que leva a exploração dos recursos naturais muito além do limite sustentável.
Vale pena assistir!
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A ÉTICA DA TERRA – Aldo Leopold
22/11/13
“A ética da terra simplesmente amplia as fronteiras da comunidade para incluir o solo, a água, as plantas e os animais, ou coletivamente: a terra. Isto parece simples: nós já não cantamos nosso amor e nossa obrigação para com a terra da liberdade e lar dos corajosos? Sim, mas quem e o que propriamente amamos? Certamente não o solo, o qual nós mandamos desordenadamente rio abaixo. Certamente não as águas, que assumimos que não tem função exceto para fazer funcionar turbinas, flutuar barcaças e limpar os esgotos. Certamente não as plantas, as quais exterminamos, comunidades inteiras, num piscar de olhos. Certamente não os animais, dos quais já extirpamos muitas das mais bonitas e maiores espécies. A ética da terra não pode, é claro, prevenir a alteração, o manejo e o uso destes ‘recursos’, mas afirma os seus direitos de continuarem existindo e, pelo menos em reservas, de permanecerem em seu estado natural.”
Aldo Leopold nasceu em 1887 e faleceu em 1948. A sua carreira, desde cedo, esteve ligada à gestão das florestas e ao conservacionismo. Tornou-se professor na Universidade de Wisconsin em 1933, onde regia a disciplina de gestão dos recursos cinegéticos integrada no departamento de Economia Agrícola. Os quinze anos de docência, e o aprofundamento dos temas do conservacionismo, conduziram-no à redação da sua obra “Sand County Almanac” publicada um ano depois da sua morte.
Esta obra virá a ser considerada, juntamente com “Silent Spring” de Rachel Carson, um marco fundamental da literatura ambientalista do século XX, fundando um programa ecocêntrico de ética : a ética da terra.
A ética da terra é, justamente, o título da última secção da referida obra, que numas escassas 20 páginas desenvolve uma revolucionária maneira de entender o Homem, a Natureza, e a Ética.
Em primeiro lugar anuncia uma transição exigida por um processo evolucionário que é tanto filogenético quanto ético:
“uma ética da terra altera a função do Homo Sapiens, tornando-o de conquistador da comunidade da terra em membro pleno dela. Implica respeito pelos outros membros seus companheiros (fellow-members) e também respeito pela comunidade enquanto tal.”
Em segundo lugar, mostra o ser do mundo, incluindo aí o ser do homem: comunidade, simbiose, parentesco.
“A ética da terra, amplia simplesmente as fronteiras da comunidade para dentro delas incluir os solos, as águas, as plantas , os animais ou coletivamente a terra.”
Em terceiro lugar, evidencia a dinâmica funcional desse ser: inter-relação, diferenciação, conexão,
“toda a ética, até ao presente, repousa numa simples premissa – a de que o indivíduo é um membro de uma comunidade de partes interdependentes”.
Em quarto lugar, enfatiza a sua dimensão estrutural: o amor (ou a bio-empatia) manifestado nos laços que ligam tudo a todos e todos a tudo.
“Quando compreendemos que a terra é uma comunidade à qual pertencemos, nós começamos a usá-la com amor e respeito”.
Daí que o salto qualitativo para a ampliação do círculo de consideração moral, a transição ética do homem no sentido da cidadania planetária, requeira, como condição necessária, segundo Leopold, uma literacia ecológica, capaz de esclarecer sobre o ser que somos, afins com tudo o que nos rodeia.
A “bondade” (i.e., o Bem) decorre da assunção dessa natural condição humana, da compreensão da rede funcional e intensamente interconectada que caracteriza a vida, da expansão dos sentimentos positivos a todos os nossos fellow-members da odisseia evolutiva terrestre. Por isso,
“Algo é bom quando preserva o equilíbrio, a integridade, a beleza da comunidade biótica, é mau quando não o faz.”
Fonte: http://sociedadeticambiental.blogspot.com.br/
Leopold, A., 1949, A Sand County Almanac, London/ Oxford/ N. York: Oxford University Press (ed. portuguesa: 2008, Pensar Como uma Montanha, trad. Ed. Sempre-em-Pé, Águas Santas Ed. Sempre-em- Pé).
