Artigos com o marcador escola sustentável
Biblioteca SAICA Santo Amaro
17/10/17
No dia 30 de setembro estivemos na Casa de Passagem do Serviço de Acolhimento Institucional para Pessoa e Familias em situação de rua, em Santo Amaro, Rua Tapajós, 10 – SBC – SP.
Fomos convidados pela psicóloga responsável pela casa Alline Furtado.
Agradeço a todos que nos ajudaram na biblioteca. Obrigada Maria Carmen Romero Ferrari, Sergio Augusto Ferrari, Alline Furtado, Luiz sem você não seria possível, Andreia Mota, Larissa Ferreira, André Marçal, Patricia, Luciana, Elaine Nascimento obrigada pelo carinho e respeito com que nos receberam, Danilo Jack pela sua voluntária genial do Muda Moóca.
Obrigada aos amigos que doaram livros e revistas, tinta, paletes, mão-de-obra e torcida.
“Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas conscientes e engajadas possa mudar o mundo.De fato, sempre foi assim que o mundo mudou.” Margaret Mead
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Michael Reynolds no Brasil
29/01/17
Dias 23 e 24 de Março palestra Mike Reynolds apresentará um pouco da sua carreira e da experiência em diferentes lugares do mundo em 45 anos de profissão.
O arquiteto norte americano Michael Reynolds é um líder mundial em energia renovável e arquitetura sustentável há 45 anos.
Reynolds é especializado em construir casas utilizando materiais que são considerados como lixo pela maioria das pessoas – garrafas, latas, pneus – e também com materiais naturais, como madeira e terra.
Estas casas são chamadas Earthship e foram construídas em todo o mundo. A Earthship tem como função manter uma temperatura ambiente naturalmente produzir com sua própria eletricidade, coletar e armazenar água da chuva, tratar águas residuais, além de fornecer alimentos essenciais em uma dieta saudável. Tudo isso sem ter que pagar contas de serviços públicos ou água.
Mike é capaz de adaptar os designs Earthship e técnicas de construção a qualquer clima no mundo.
Ele é o fundador da Earthship três comunidades no mundo, autor de sete livros e personagem principal do documentário “Guerreiro de lixo”.
A recriar apoia esse evento.
Informações e Inscrição – http://www.palestramikereynolds.com.br/
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Escola de Taquaritinga é finalista em concurso de sustentabilidade
06/11/16
Projeto desenvolvido por alunos secundaristas concorre a 100 mil dólares no Prêmio Zayed de Energia do Futuro, em Abu Dhabi
Um projeto realizado por alunos da Escola Estadual Prof. Dimas Mozart, de Taquaritinga, a 300 km de São Paulo, na zona Noroeste do Estado, foi selecionado entre os finalistas do Prêmio Zayed de Energia do Futuro, organizado pelo governo dos Emirados Arábes Unidos, para incentivar projetos de sustentabilidade nas escolas. A iniciativa é da professora de Ciências e Biologia, Viviane Cristina Silva Ramos, que estimulou os alunos a reunir ideias para desenvolver um projeto para o concurso.
“Os alunos pesquisaram, deram ideias, gravaram vídeos. Fui juntando as ideias sobre o que eles sonhavam em mudar na escola, sobre o que poderia ser mudado para tornar a escola mais sustentável”, conta Viviane. O resultado foi a formulação de um projeto com oito páginas escrito pela professora e traduzido para o inglês pelo consulado dos Emirados Árabes, em São Paulo.
Entre as ideias para tornar a escola mais sustentável, estão a produção de balões térmicos nos refeitórios para que os alunos sirvam as suas próprias refeições; a construção de cisterna para captação de água de chuva e de uma composteira para horta orgânica; pintura de paredes com tinta ecológica; substituição do uso de lâmpadas incandescentes por lâmpadas de Led; instalação de placas solares para a geração de energia; troca de torneiras e descargas por modelos que economizem água; e instalação de telhas transparentes para aproveitar a iluminação natural.
O projeto concorre na categoria Escolas Secundárias Globais e o prêmio para a escola vencedora é de 100 mil dólares para o desenvolvimento do projeto. Concorrem uma unidade de cada continente (América, Europa, África, Ásia e Oceania). Entre as escolas da América, concorrem mais dois projetos, da Bolívia e do México.
O resultado do concurso será conhecido em janeiro de 2017. Neste mês, a professora Viviane, acompanhada de dois alunos que mais se destacaram na formulação do projeto, vai a Abu Dhabi, para acompanhar a cerimônia de divulgação dos vencedores do prêmio
A escola
Estudam na Escola Estadual Prof. Dimas Mozart 446 alunos, de 11 a 17 anos, dos ensinos Fundamental e Médio. Desde 2013, são desenvolvidas ações de sustentabilidade na unidade escolar do Estado em Taquaritinga, segundo Viviane Silva Ramos. “Temos uma horta simples e tentamos conscientizar os alunos sobre coleta seletiva e economia de energia, para que eles levem essas ideias para casa”, afirma.
O projeto dos alunos inclui a transformação de uma sala ociosa na escola para a promoção de palestras sobre o tema da sustentabilidade.
O prêmio
O Prêmio Zayed de Energia do Futuro foi criado em 2008 e distribui anualmente US$ 4 milhões em premiações a projetos que promovam o uso de energia renovável e de ações sustentáveis.
Cinco categorias são premiadas: Grandes corporações; Pequenas e médias empresas; Organizações não lucrativas; Conjunto da obra; e Escolas secundárias globais.
Segundo Ana Paula Fava, chefe da Assessoria Especial para Assuntos Internacionais do Estado de São Paulo, nos últimos dois anos a organização do prêmio tem realizado um trabalho de promoção para que o estado participe do evento.
Do Portal do Governo do Estado
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Cartilha Ecocidadão
17/10/16
A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, preocupada em transmitir, de forma adequada, os conhecimentos adquiridos na labuta sobre a agenda ambiental, cria essa inovadora série de publicações intitulada Cadernos de Educação Ambiental. A linguagem escolhida, bem como o formato apresentado, visa atingir um público formado, principalmente, por professores de ensino fundamental e médio, ou seja, educadores de crianças e jovens.
Os Cadernos de Educação Ambiental, face à sua proposta pedagógica, certamente vão interessar ao público mais amplo, formado por técnicos, militantes ambientalistas, comunicadores e divulgadores, preocupados com a temática do meio ambiente.
Os produtores de conteúdo são técnicos, especialistas, pesquisadores e gerentes dos órgãos vinculados à Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Os Cadernos de Educação Ambiental representam uma proposta educadora, uma ferramenta facilitadora, nessa difícil caminhada rumo à sociedade sustentável.
http://www.ambiente.sp.gov.br/publicacoes
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Escola Pública 100% Sustentável
31/05/16
Uruguai ganha primeira escola pública 100% sustentável da América Latina
Dois mil pneus, cinco mil garrafas de vidro, dois mil metros quadrados de papelão e oito mil latas de alumínio. O que dá para fazer com isso? Acredite: uma das respostas é “uma escola”, e ela já está de pé, lá no Uruguai.
Quem projetou a construção de 270 m² foi Michael Reynolds, um norte-americano que nos anos 60 percebeu que a arquitetura havia abandonado o ser humano e fundou uma comunidade para viver de forma mais inteligente e harmônica com a natureza.
Há 45 anos ele criou a Earthship, especializada em edifícios sustentáveis e de baixo custo. A escola de Jaureguiberry, no Uruguai, tem placas de energia solar e moinhos de vento para gerar energia, além de hortas para a produção de alimentos orgânicos.
60% do material utilizado na escola é reciclado. Desde 2014, os moradores da região foram apresentados ao projeto e fizeram o possível para torná-lo real. Assim como 200 voluntários do Uruguai e de outros países que colocaram a mão na massa durante as sete semanas de construção, aprenderam o método de Reynolds e poderão replicá-lo pelo mundo.
A escola sustentável atenderá cerca de cem alunos por ano, com um modelo de ensino que os coloca em contato direto com a natureza e o meio ambiente. O objetivo é ressignificar a escola, fazendo dela um espaço de encontro para comunidade, setor público e privado, com aprendizados sobre inovação e sustentabilidade desde a construção até as aulas.
Assista o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=U5DpM6JB7sM
Fonte: http://www.hypeness.com.br/
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Projeto Acolher na Escola Bitencourt
17/06/15
Na terça-feira dia 16 de junho estivemos na Escola Estadual Marechal Carlos Machado Bitencourt /Ponte Grande/Guarulhos, a convite do parceiro Paulo da Igreja Cristã da Família conversamos com os alunos sobre Sustentabilidade e expliquei um pouco sobre nosso Projeto Recriar nas Escolas.
Visitamos as dependências da Escola juntamento com a professora Pamela e a coordenadora Mariza e ficamos encantados com os trabalhos realizados pelos alunos, como reutilização de paletes, pneus, viveiro de garrafa pet, horta e uma área imensa onde realizamos a construção do protótipo da casa de adobe.
Agradecemos a todos que nos receberam com respeito e carinho. O evento será dia 5 de setembro e o próximo passo é “colocar pilha” nessa moçada bonita para pegar material e começar a pensar na nossa casinha.
Enviaremos uma cópia do Projeto para a coordenação da Escola e publicaremos aqui.
Obrigada a todos!
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O que é (e o que não é) sustentabilidade
13/12/14
Embora em voga nos mais variados meios, o conceito de “sustentabilidade” ainda é pouco compreendido tanto por quem fala sobre ele quanto por quem ouve. Nos últimos anos intensificou-se a discussão a respeito do aquecimento global e do esgotamento dos recursos naturais. Preocupações legítimas e inquestionáveis, mas que geraram distorção no significado de sustentabilidade, já que esta passou a ser associada tão somente às questões ambientais.
Não é só isso. A sustentabilidade está diretamente associada aos processos que podem manter-se e melhorar ao longo do tempo. A insustentabilidade comanda processos que se esgotam, não se mantêm e tendem a morrer. E isto depende não apenas das questões ambientais. São igualmente fundamentais os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.
Entretanto, mais do que definir o conceito, sustentabilidade e insustentabilidade se tornam claras quando traduzidas em situações práticas.
Esgotar recursos naturais não é sustentável. Reciclar e evitar desperdícios são sustentáveis. Corrupção é insustentável. Ética é sustentável. Violência é insustentável. Paz é sustentável.
Desigualdade é insustentável. Justiça social é sustentável. Baixos indicadores educacionais são insustentáveis. Educação de qualidade para todos é sustentável.
Ditadura e autoritarismo são insustentáveis. Democracia é sustentável.
Trabalho escravo e desemprego são insustentáveis. Trabalho decente para todos é sustentável.
Poluição é insustentável. Ar e águas limpos são sustentáveis. Encher as cidades de carros é insustentável. Transporte coletivo e de bicicletas é sustentável.
Solidariedade é sustentável. Individualismo é insustentável.
Cidade comandada pela especulação imobiliária é insustentável. Cidade planejada para que cada habitante tenha moradia digna, trabalho, serviços e equipamentos públicos por perto é sustentável.
Sociedade que maltrata crianças, idosos e deficientes não é sustentável. Sociedade que cuida de todos é sustentável.
Evidências e dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável, ameaçando inclusive a própria sobrevivência da espécie humana.
Provas não faltam:
– Destruímos quase a metade das grandes florestas do planeta, que são os pulmões do mundo;
– Liberamos imensa quantidade de dióxido de carbono e outros gases causadores de efeito estufa, num ciclo de aquecimento global e instabilidades climáticas;
– Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação;
– Cerca de 50 mil espécies de plantas e animais desaparecem todos os anos, em sua maior parte em decorrência de atividades humanas;
– Produzimos uma sociedade planetária escandalosa e crescentemente desigual: 1.195 bilionários valem juntos, US$ 4,4 trilhões, ou seja, quase o dobro da renda anual dos 50% mais pobres. O 1% de mais ricos da humanidade recebe o mesmo que os 57% mais pobres;
– Os gastos militares somam US$ 1,464 trilhões por ano (e crescem a cada ano), o equivalente a 66% da renda anual dos 50% mais pobres.
Este cenário pouco animador mostra a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável. Cabe a nós torná-lo possível e viável.
* Oded Grajew é presidente emérito do Instituto Ethos e coordenador-geral da Secretaria Executiva da Rede Nossa São Paulo. Artigo publicado originalmente no jornal Folha de São Paulo.
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A creche com arquitetura inovadora na Dinamarca
15/10/14
A creche com arquitetura inovadora na Dinamarca que foi pensada como “uma vila para crianças”
Quando somos crianças, o melhor a se fazer é aproveitar a vida brincando ao ar livre. Pensando em deixar os pequenos num ambiente mais agradável e acolhedor, os arquitetos da COBE planejaram uma creche impressionante em Copenhagen, na Dinamarca.
O Jardim de Infância Forfatterhuset, que recebe 160 crianças de 0 a 6 anos, conta com cinco pequenas casas de um à três andares, revestidas de tijolos verticais, jardins suspensos e telhados verdes. Pensado em ser um local ideal para as crianças crescerem, o playground foi projetado como se fosse uma aldeia, repleta de diversão.
O espaço é funcional e flexível para a vida cotidiana, estimulando não só o aprendizado, mas também a criatividade. Uma das coisas que mais chamam a atenção é a fachada, que além de criar uma triagem solar em frente às janelas, protege o telhado e se estende como cerca no parquinho.
Fonte: http://www.hypeness.com.br/2
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8 ações para tornar a rotina mais sustentável
15/08/14
Só seremos mais sustentáveis quando deixarmos o peso do termo de lado e fizermos de nossa preocupação uma ação orgânica, rotineira. É isso que defende a escocesa Sara Parkin, diretora da ONG inglesa Forum for the Future e autora do recém-lançado O Divergente Positivo (Peirópolis, com apoio do Planeta Sustentável. Conheça o blog do livro).
Nos últimos anos, secas, alagamentos, plantações arrasadas e outras mudanças têm deixado claro que é preciso fazer algo antes que seja tarde demais. “Adotar atitudes sustentáveis tem muito a ver com a nossa capacidade de resiliência: nos transformamos e nos adaptamos depois de choques que exigem mudanças”, explica a geógrafa Denise Kronemberger, coautora do livro Desenvolvimento Local Sustentável – Uma Abordagem Prática (Senac), e coordenadora da produção de indicadores de desenvolvimento sustentável no IBGE, critérios que medem a evolução dos assuntos relacionados ao meio ambiente no Brasil, como diminuição de área verde ou acesso ao saneamento básico. Sabe-se que o tom chato e distante que os temas verdes ganharam dificulta transformações na área. Porém, há muito que você pode fazer.
1. QUESTIONE AS SUAS ATITUDES
O que significa sucesso para você? Para a maioria da população, a resposta é morar em uma casa grande, poder viajar sempre e ter um salário gordo. “Vivemos a lógica da competição: queremos ser melhores do que nossos vizinhos e familiares”, explica Sara. Não há nada de errado em buscar uma vida confortável, como ela ressalta, mas não devemos nos basear nesses critérios para definir se levamos uma trajetória satisfatória e feliz. Mais importante é ter experiências gratificantes no dia a dia, saúde, bons amigos e momentos de diversão.
Denise lembra do conceito de Felicidade Interna Bruta, uma analogia ao Produto Interno Bruto (PIB), que mede o progresso do país não só pelo dinheiro gerado mas também pela relação da nação com o meio ambiente e pela qualidade de vida da população. “São essas as coisas que devemos buscar”, defende a geógrafa. Com esses conceitos na cabeça, é necessário questionar diariamente as suas ações e motivações. O que você busca no trabalho? Como fortalece suas amizades? O que faz para contribuir com um desenvolvimento sustentável? Use essas respostas como guia na hora de tomar decisões.
2. NÃO ESQUEÇA DO BÁSICO
Com uma situação tão alarmante, às vezes achamos que é inútil nos comprometer com as pequenas atitudes, como diminuir o tempo do banho ou levar sacolas reutilizáveis ao supermercado. “A verdade é que, neste momento, tudo conta”, explica Sara. Vale, então, aquele esforço para usar ao máximo o transporte público e economizar na conta de luz tirando da tomada tudo que não estiver usando durante o dia, como televisores, micro-ondas, fogão e computadores.
A reciclagem do lixo também ajuda, assim como evitar o desperdício de comida. “Em média, jogamos fora 40% dos alimentos que compramos para casa”, afirma a autora.
Em tempos de embalagens tamanho família, ela sugere uma abordagem nova e que pode dar certo. Recomenda que, na hora de comprar produtos que só sejam vendidos em grandes quantidades, você os divida com amigos ou vizinhos. É a chamada compra colaborativa. Se o saco contém dez maçãs, você paga por cinco e alguém paga a outra metade – assim nada vai para o lixo. Parece difícil, mas pode ser muito prático, principalmente para quem mora sozinho.
3. CONTROLE O CONSUMO
Que vivemos em uma sociedade que estimula o consumo, já sabemos. O que alguns não imaginam, porém, é o enorme impacto disso no ambiente. Um processo de produção gera poluição, pode levar a mudanças climáticas e ao aquecimento dos oceanos, além de afetar a fauna e a flora. “A lógica da compra pouco consciente vai se tornar insustentável em um futuro próximo. Cabe a cada um de nós mudar essa mentalidade”, diz Denise.
Não é preciso eliminar o consumo, mas transformá-lo. Por exemplo, em vez de comprar roupas para ter prazer, combine com amigos uma ida ao parque. O mesmo acontece com outras iniciativas culturais, como feiras, mostras de arte ou um piquenique. A própria economia vai se adaptar a esse processo, pois o parque precisará de mais funcionários, de serviços novos, o que fará o dinheiro circular. Também devemos tornar mais orgânica a ideia de reutilizar e restaurar. Se um móvel quebrou, antes de jogá-lo fora e comprar outro, pense se não há uma forma de recuperá-lo, evitando assim mais lixo e produção. Há até sites que possibilitam trocas de objetos e roupas pouco usados com outras pessoas em vez de jogá-los no lixo.
4. ORGANIZE MOVIMENTOS LOCAIS
“Há uma tendência forte em todo o mundo de valorização de iniciativas locais”, conta Denise. “Organizamos dentro de comunidades menores, como bairros, projetos eficientes para aquela região, colocados em prática com a ajuda dos moradores.” Nesses reduzidos grupos surgem ideias inovadoras que, depois, podem ser aproveitadas em maior escala pela cidade. “Há grandes empresas – e também órgãos governamentais – querendo investir em boas ideias que aparecem nesses ambientes”, explica Sara. “Vi poucos painéis solares no Brasil, e sei que o motivo disso é o alto preço do sistema, mas, se um bairro quisesse fazer um projeto, poderia conseguir apoio de uma empresa para baratear o produto, por exemplo”.
Vimos no ano passado o aumento significativo de iniciativas do gênero, como as hortas comunitárias. Os pequenos grupos e até mesmo pequenas empresas são a grande promessa do futuro, segundo os especialistas. Eles serão as fontes de ideias criativas que vão nos levar a uma economia verde mais facilmente. Com o tempo, até mesmo as grandes empresas devem adotar essas estratégias.
5. ENSINE E DÊ O EXEMPLO
“O desenvolvimento sustentável tem um funcionamento semelhante ao da natureza: em rede. Há interdependência entre todos os fatores e membros que fazem parte do ciclo”, explica Denise. Portanto, quanto mais gente trabalhando nesse sentido, melhor para nós e para o planeta. Para tal, pais precisam prestar atenção nos filhos. O que as crianças estão aprendendo na escola? Quanto mais cedo a noção de sustentabilidade for inserida, mais natural ela se tornará, assumindo um papel forte com o passar das gerações.
Sabemos que, nas faculdades, o tema é praticamente inexistente. “Alunos de administração, por exemplo, deveriam aprender a inserir o desenvolvimento sustentável na gestão, assim, ela seria instintiva para eles quando passassem a exercer cargos de chefia”, diz Sara. É importante também que a criança participe de atividades do gênero em casa.
Ela deve ajudar a lavar embalagens para reciclagem ou controlar sozinha o tempo no banho. Os pais também podem pedir que ela escolha brinquedos e roupas para doação e não estimular o consumo exagerado. Tudo isso gera comportamentos mais saudáveis para a sociedade e o meio ambiente.
6. PRESSIONE EMPRESAS
Já que o consumo rege a nossa sociedade, ele também vira poder de barganha. Você pode escolher se relacionar apenas com empresas que demonstrem preocupação ambiental. Por exemplo, o supermercado que você frequenta dá aos funcionários salários e benefícios adequados? Compra os produtos, como carne e vegetais, de origens certificadas que não prejudicam o meio ambiente? Tem um plano de pouco impacto no meio ambiente como uso de iluminação natural para evitar o consumo excessivo de energia elétrica? Há diversas maneiras de descobrir isso. A mais óbvia é perguntar ao gerente ou conversar com os funcionários.
Mas, além disso, você pode verificar se a empresa tem selos oficiais de sustentabilidade ou pesquisar relatórios recentes com os dados que tratem do assunto. “Também é possível fazer pressão para conseguir atitudes mais impactantes”, explica Sara. Ela cita um exemplo pessoal: quando vai ao mercado, retira ainda no caixa todos os produtos de suas embalagens recicláveis. “O supermercado paga para retirar o lixo; portanto, quanto mais, pior. Com essa atitude, ele vai passar a se preocupar em ter nas prateleiras produtos que causem menos desperdício”.
7. COBRE ATITUDES GOVERNAMENTAIS
Às vezes, dependemos de aprovação oficial para conquistar o que queremos, como a limpeza de um rio ou a melhoria do transporte público. Seja qual for a exigência, é importante estar a par dos esforços do governo nas diversas áreas de desenvolvimento. Um contato mais próximo com os governantes – feito por meio de figuras influentes ou ONGs – gera bons resultados. “Pergunte por que o governo não apoia certo projeto ou leve até o conhecimento dele uma iniciativa promissora e peça ajuda”, explica Sara.
Muitas vezes, o distanciamento criado entre os governantes e o povo é o responsável por impedir que bons trabalhos sejam realizados. O mesmo pensamento serve para a hora de votar. Pesquise no projeto do seu candidato quais os planos dele por um futuro mais sustentável, pois essa deve ser uma preocupação constante da máquina pública atualmente. Pode ser desde a criação de um parque até a implementação de um processo mais eficiente de recolhimento e reciclagem de lixo. E, caso ele seja eleito, cobre a realização das promessas.
8. FAÇA SEU MELHOR
É verdade: às vezes, dá preguiça ser sustentável, pois parece um esforço a mais em uma rotina já corrida. É por isso que Sara defende a ideia de fazer o suficiente, sem grandes cobranças. Se você tiver uma apresentação importante no trabalho, por exemplo, e quiser pegar um táxi em vez de recorrer ao transporte público que usa todo dia, precisa se permitir. O policiamento pessoal muito rígido vira uma coisa chata e nos leva a desistir mais facilmente. Portanto, respeite a sua vontade em algumas escapadas, cuidando apenas para que não se tornem tão comuns a ponto de virar o comportamento normal.
Pense também que, às vezes, mesmo que estejamos sem vontade de contribuir, há coisas significativas que não exigem muito trabalho. “A internet é uma ferramenta poderosa para ajudar no desenvolvimento sustentável hoje”, afirma Sara. Principalmente os jovens, que estão conectados o dia todo, podem usar as redes para divulgar bons projetos, iniciativas e empresas que fazem trabalhos legais. Assim, outras pessoas se sentirão estimuladas a buscar esses serviços.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br
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Brad Pitt transforma escola abandonada em habitação popular sustentável
20/11/13
Transformar uma escola abandonada num centro de habitação sustentável para a população carente do Kansas foi uma das missões recentemente cumpridas por Brad Pitt. Por meio de sua ONG e com o apoio de um escritório de arquitetura, o ator norte-americano instalou placas fotovoltaicas, sistemas de eficiência energética, jardins comunitários e várias outras medidas de integração socioambiental.
Chamado de Bancroft School, o espaço permaneceu abandonado por mais de 13 anos, mas as reformas fizeram com que o novo empreendimento popular se tornasse exemplo de construção sustentável, ganhando, até mesmo, o selo LEED Platinum, concedido por autoridades norte-americanas. Os painéis solares instalados na parte superior da antiga escola conseguem gerar até 75 quilowatts de eletricidade limpa, e, além das acomodações, a estrutura também oferece auditório, academia e sala de acesso à internet.
Os responsáveis pela obra são os arquitetos do escritório BNIM Architects e os participantes da ONG Make It Right, fundada por Pitt em 2007 para prover alternativas de moradia sustentável à população atingida pelo furacão Katrina.
As obras de moradia acessível à comunidade demandaram mais de 14 milhões de dólares em investimentos, que foram doados por empresas e outras instituições privadas por meio de campanhas de responsabilidade social.
Segundo os responsáveis pela reforma da Bancroft School, já podem ser apontados os benefícios trazidos pela alternativa de moradia. “Este trabalho já vem resultando numa notável redução do crime e no aumento da expectativa de vida”, declarou o arquiteto Bob Berkebile.
Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo
http://ciclovivo.com.br/noticia
