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Fazenda Urbana em Xangai
24/04/17
O conceito de fazendas urbanas e verticais se encontra em ascensão atualmente, mas poucos projetos do gênero são tão ambiciosos quanto a ideia do Distrito Agrícola Urbano Sunqiao, em Xangai. O projeto, criado pela Sasaki Associates, dos Estados Unidos, deverá começar a ser construído ainda este ano e contará com uma área de 100 hectares.
O que diferencia Sunqiao de outras fazendas urbanas já existentes é a sua vocação para usar a agricultura urbana não apenas para fins de produção, mas dispondo também de áreas voltadas à educação e inovação. O espaço deverá ser localizado entre o principal aeroporto internacional de Xangai e o centro da cidade e terá como objetivo a produção vertical em grande escala.
Sua criação é uma forma de suprir as necessidades alimentares dos cerca de 24 milhões de habitantes de Xangai em um cenário em que a disponibilidade de terras agrícolas se encontra em escassez. Por ser uma cidade em que os terrenos contam com valores elevados, a produção de alimentos de forma vertical se mostra mais viável economicamente.
Em Sunqiao, a produção deverá ser feita por meio de fazendas de algas, estufas flutuantes, paredes verdes e biblioteca de sementes verticais. O distrito deverá contar ainda com um museu de ciência, uma estufa interativa e um mostruário hidropônico. Juntas, estas iniciativas buscam que as próximas gerações aprendam sobre a origem de seus alimentos.
Fonte:http://www.hypeness.com.br/
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Fazenda Urbana em pequeno espaço
24/04/17
Uma dupla de jovens dinamarqueses, Mikkel Kjaer e Ronnie Markussen, criou o Impact Farm, um sistema que possibilita a plantação de alimentos em ambientes urbanos.
Segundo seus idealizadores, a ideia surgiu a partir do desejo de criar uma unidade que melhorasse a segurança alimentar nos centros urbanos, ao mesmo tempo em que reduzisse a pegada ecológica da produção de alimentos, criasse empregos e se adaptasse facilmente às mudanças de terreno.
A estrutura, construída com materiais reaproveitados, pode ser instalada em um pequeno espaço de 163 metros quadrados. Ela foi projetada para ser autossuficiente em água, calor e eletricidade e está preparada para produzir de três a seis toneladas de alimento ao ano.
No espaço podem ser plantadas ervas, verduras, legumes e plantas frutíferas e é ideal para pequenos comerciantes e restaurantes e até mesmo para creches, escolas, asilos e outros estabelecimentos.
Além de uma grande solução para a produção de alimentos, a ‘fazenda urbana’ ainda pode ajudar a revitalizar espaços abandonados ou inutilizados nas cidades, como estacionamentos ou vãos de prédios e pode ser totalmente desmontada e transportada para remontagem em outro local.
Fonte: www.hypeness.com.b
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HORTA E POMAR ORGÂNICO
07/04/17
Agricultura Orgânica
Agricultura orgânica é o sistema de produção que não usa fertilizantes sintéticos, agrotóxicos, reguladores de crescimento ou aditivos sintéticos para a alimentação animal. O manejo na agricultura orgânica valoriza o uso eficiente dos recursos naturais não renováveis, bem como o aproveitamento dos recursos naturais renováveis e dos processos biológicos alinhados à biodiversidade, ao meio-ambiente, ao desenvolvimento econômico e à qualidade de vida humana.
Na agricultura orgânica os processos biológicos substituem os insumos tecnológicos. Por exemplo, as práticas monoculturais apoiadas no uso intensivo de fertilizantes sintéticos e de agrotóxicos da agricultura convencional são substituídas na agricultura orgânica pela rotação de cultura, diversificação, consórcios, entre outras práticas.
Esta prática agrícola preocupa-se com a saúde dos seres humanos, dos animais e das plantas, entendendo que seres humanos saudáveis são frutos de solos equilibrados e biologicamente ativos, adotando técnicas integradoras e apostando na diversidade de culturas.
Para tanto, apóia-se em quatro fundamentos básicos:
- Respeito à natureza: reconhecimento da dependência de recursos naturais não renováveis;
- A diversificação de culturas: leva ao desenvolvimento de inimigos naturais, sendo item chave para a obtenção de sustentabilidade;
- O solo é um organismo vivo: o manejo do solo propicia oferta constante de matéria orgânica (adubos verdes, cobertura morta e composto orgânico), resultando em fertilidade do solo; e
- Independência dos sistemas de produção: ao substituir insumos tecnológicos e agroindustriais.
O Brasil está se consolidando como um grande produtor e exportador de alimentos orgânicos, com mais de 15 mil propriedades certificadas e em processo de transição – 75% pertencentes a agricultores familiares.
A legislação para produtos alimentícios, que dispõe sobre a agricultura orgânica, é a Lei n. 10.831/03 e o Decreto n. 6.326/07.
Perigos dos agrotóxicos
O consumo constante de alimentos contaminados por aditivos químicos oferece diversos riscos à saúde, promove a degradação do solo, a contaminação da água e, até mesmo, do ar. Segundo dados da “Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida”, os fertilizantes artificiais e agrotóxicos ocupam o quarto lugar no ranking de intoxicações e só perdem para picadas de animais peçonhentos e intoxicações com produtos de limpeza.
Entre os problemas ocasionados pela ingestão diária de pesticidas, herbicidas e fertilizantes artificiais, é possível identificar a infertilidade masculina, reações alérgicas e diversos distúrbios, entre eles, os respiratórios, cardíacos, pulmonares, endócrinos e do sistema imunológico, entre outros.
Alternativas ao Uso de Agrotóxicos
- Besouros: coloque chá de arrudas misturado com óleo mineral emulsionável.
- Formigas: plante gergelim próximo à horta ou observe enquanto as formigas levam as folhas cortadas, o local exato do formigueiro e, então, tampe sua abertura.
- Fungos: pulverize com chá de cebola picada bem miúda.
- Grilos: plante tajete (flor de defunto amarelinha) perto de sua horta.
- Lesmas e caracóis: corte pedacinhos de batata crua, abóbora ou chuchu, salpique com bastante sal e, durante a noite, espalhe-os nos locais infestados.
- Mariposas e lagartas: plante alecrim, menta, losna ou sálvia e faça uma catação manual.
- Moscas, pernilongos ou mosca branca: Plante citronela, amasse as folhas e bata para o cheiro evaporar. Também pode-se aquecer em água, ou ainda, usar uma colher (de sopa) de essência de citronela para um litro de água.
- Pulgões, cochonilhas e grilos: ferva em água fumo de rolo com restinhos de sabão. Depois é só pulverizar a mistura.
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Carta escrita no ano de 2070
03/04/17
“Ano 2070. Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém com 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.
Recordo quando tinha cinco anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro…Agora usamos toalhas de azeite mineral para limpar a pele.
Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora, devemos rapar a cabeça para a manter limpa sem água.
Antes, o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje, os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava – pensávamos que a água jamais podia acabar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão Irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes, a quantidade de água indicada como ideal para beber eram oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo e tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado já que as redes de esgotos não se usam por falta de água.
A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele provocadas pelos raios ultravioletas que já não tem a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados.
A industria está paralisadas e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-nos em agua potável os salários.
Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele, uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40.
Os cientistas investigam, mas não parece haver solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores e isso ajuda a diminuir o coeficiente intelectual das novas gerações.
Alterou-se também a morfologia dos espermatozoides de muitos indivíduos e como conseqüência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.
O governo cobra-nos pelo ar que respiramos (137 m3 por dia por habitante adulto). As pessoas que não podem pagar são retiradas das “zonas ventiladas”. Estas estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam a energia solar. Embora não sendo de boa qualidade, pode-se respirar. A idade média é de 35 anos.
Em alguns países existem manchas de vegetação normalmente perto de um rio, que é fortemente vigiado pelo exercito. A água tornou-se num tesouro muito cobiçado – mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui não há arvores, porque quase nunca chove e quando se registra precipitação, é chuva ácida. As estações do ano tem sido severamente alteradas pelos testes atômicos.
Advertiam-nos que devíamos cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que era a gente, ela pergunta-me: Papá! Porque se acabou a água? Então, sinto um nó na garganta; não deixo de me sentir culpado, porque pertenço à geração que foi destruindo o meio ambiente ou simplesmente não levamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.
Como gostaria voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto, quando ainda podíamos fazer algo para salvar ao nosso planeta terra!
Documento extraído da revista biográfica “Crónicas de los Tiempos” de abril de 2002.
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RUA CIDADÃ 25 DE MARÇO – SP
24/03/17
Serviços que serão oferecidos na Rua Cidadã 25 de Março
A Secretaria Municipal de Saúde além de trazer o trailer do teste HIV/Sífilis informa que o teste desta vez não será realizado com perfuração do dedo e sim com coleta da saliva, também trará forte sensibilização contra dengue, zika e Chikungunya; irá trazer também informação sobre tuberculose;
Durante as apresentações do palco teremos intervenções com as seguintes falas: Exército de Salvação promoverá sensibilização contra o tráfico humano, Visão Mundial promoverá sensibilização contra o trabalho infantil, e a violência e abuso contra crianças e adolescentes; a Secretaria Municipal de Saúde falará sobre combate a Dengue, Zika e Chikungunya.
Ao meio dia aproximadamente será realizada uma abertura oficial do evento com a presença de autoridades e hino nacional.
O Poupatempo disponibilizará de aproximadamente 150 agendamentos de RG e 40 agendamentos de Carteira Profissional, O CAT da Secretaria do Trabalho terá agendamentos para vaga de trabalho.
A RECRIAR.COM.VOCÊ apresentará amostras de blocos de adobe, sologesso, gesso reciclado e solocimento; protótipo de captação de água de chuva, minhocário doméstico e horta vertical em paletes. Distribuiremos livros gratuitamente.
Quem quiser trazer livros para distribuir é só aparecer em nossa tenda.
Esperamos a participação de todos.
Até dia 29 de março das 10h-16hs
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Horta para crianças
15/03/17
6 alimentos ideais para incluir em uma horta feita por crianças
Pais e filhos podem trabalhar juntos as diversas questões ligadas à agricultura urbana e à alimentação saudável.
Jardinagem é uma atividade fantástica que todos em sua família irão gostar, especialmente seus filhos. É a maneira perfeita de passar vários dias um semana trabalhando juntos no exterior o ar fresco e luz do sol. Jardinagem também é ótima para incutir um senso de responsabilidade, aprendizagem cooperativa e emoção em seu filho. Para não mencionar, quando tudo é dito e feito, você é deixado com uma bela recompensa de alimentos frescos, orgânicos que sua família cresceu juntos e irá desfrutar comendo juntos.
A chave para conseguir seu filho super animado sobre jardinagem é escolher frutas e verduras que são fáceis para eles acompanharem o crescimento. Você quer que eles tenham uma experiência bem sucedida de jardinagem, e ajuda quando os produtos estão crescendo são relativamente à prova de falhas. Eu plantei muitos tipos diferentes de frutas e legumes com meu filho ao longo do ano e ter encontrado 6 itens que são testadas e verdadeiras quando se trata de jardinagem com crianças. Várias destas plantas podem ser cultivadas dentro (em uma janela ensolarada ou pátio), se você é um morador da cidade.
1. Ervilhas
Eu acho que o bordão “fácil fácil” surgiu porque as ervilhas são tão fáceis de crescer. Elas podem ser semeadas dentro usando potes de jornal reciclado caseiro, adubo orgânico e sementes. Lembre-se de que as sementes são venenosas, portanto, não deixe sua criança colocá-los em suas bocas e lavam as mãos após o manuseio. As ervilhas são uma diversão acompanhar o crescimento das flores porque elas podem crescer em uma treliça, o que significa que seus pequeninos podem colher as flores e trazê-los para a mesa da sala.
A melhor parte sobre ervilhas é que eles vão continuar a crescer durante todo o verão – permitindo a poucos meses de jardinagem diversão com seus filhos.
2. Morangos
Quem não gosta de morangos? Eles são como doce da natureza! Morangos são perfeitos para as crianças, porque colhe-los é como uma caça ao tesouro e seus filhos vão querer sair para o jardim todos os dias, a espreitar por baixo das folhas. Os morangos que você cultivar em casa são mais doces do que os que você encontrará no supermercado. Morangos podem ser cultivados em qualquer parte do seu quintal e podem ocupar um espaço pequeno ou grande dependendo o que você tem disponível.
3. Repolho
Repolho é divertido para as crianças a crescer por uma simples razão – algumas variedades crescerão com cabeças gigantes, grandes dimensões atingindo até 50 quilos. Repolho pode crescer até um tamanho incrível em menos de 10-12 semanas também, que torna o processo ainda melhor. A melhor parte, quando o repolho estiver pronto para colher, você pode fazer uma incrível salada para curtir com seus filhos.
4. Rabanetes
Rabanetes são super divertidos para as crianças porque eles crescem rapidamente e são tão fáceis de cuidar que mesmo a mais pequena das crianças pode entrar na diversão jardinagem. Eles estão prontos para a colheita em menos de 25 dias, e por causa de seu curto período de crescimento e o tamanho da planta, é a planta perfeita para um jardim do recipiente. Lembre-se de que sementes de um rabanete produz um único rabanete – plante então quantidade suficiente para produzir uma colheita saudável. Seus filhos irão deliciar em puxar os rabanetes fora do solo, quando elas estão prontas para serem colhidas.
A melhor parte, apesar de rabanetes são raizes e têm um sabor picante – eles são incríveis cozidos na manteiga.
5. Batatas
Batata é outro vegetal incrível para crescer com seus filhos, porque você pode plantá-los na maior parte do ano. O próprio processo de iniciar uma batata de semente é como um experimento científico, que por si só vai deliciar os seus filhos. Comece por se deixar sua batata de semente à luz do dia até que os olhos comecem a se formar e folhas comecem a brotar. Em seguida, transplante sua batata para um balde, lata de lixo limpa, cesto de roupa suja ou seu jardim para permitir que eles cresçam. Eu prefiro meu crescendo em um cesto de roupa suja, porque então meu filho pode ver as batatas como eles começam a formar e crescer.
6. Couve
Couve é divertida acompanhar o crescimento porque no final de ciclo de vida, ela deixa com uma bengala perfeita. Simplesmente tira as folhas da couve, ramos e raízes e lixe e terá uma bengala. Seu filho vai ficar com o cajado perfeito para caminhadas com a sua família. Couve de Bengala também é divertida, porque pode crescer até 3m de altura – e dará seu filho visões de uma vida real, Jack e o pé de feijão.
A melhor parte, você pode cultivar grande quantidade em uma área de 2m2.
http://www.inhabitots.com
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O poder transformador da comida
14/03/17
Vivemos num mundo moldado pela comida. Ela influencia a nossa sobrevivência, as nossas rotinas diárias, a nossa política e a nossa economia e, ainda assim, consideramos a comida uma mercadoria como outra qualquer. O nosso profundo desapego à comida é o legado curioso da industrialização e um sintoma de um modo de vida que já não é sustentável.
No entanto, a comida não é apenas um poderoso modelador das nossas vidas, pode também ser aproveitada como ferramenta. O termo sitopia (lugar da comida) descreve esta abordagem. A sitopia pode ajudar-nos a pensar como e onde construir cidades, como nos alimentarmos e vivermos nelas e como adaptar as existentes de modo a torná-las mais sustentáveis.
A perspectiva de Steel sobre a alimentação é particularmente interessante por se tratar de uma arquiteta. Daí que a primeira pergunta que faz é precisamente “como se alimenta uma cidade?”, ou seja, por onde é que entra a comida para abastecer uma cidade com Londres, por exemplo, onde diariamente são se servem 30 milhões de refeições? Steel dá-nos uma perspectiva histórica, lembrando como os nomes das ruas são importantes para percebermos como é que esse abastecimento de comida se fazia, com as diferentes artérias especializadas em diferentes produtos.
Tudo mudou com o aparecimento dos comboios, afirma. O complexo processo de transporte dos animais vivos até às cidades, pelas suas próprias patas, foi substituído e começou aí a transformação da relação entre a cidade e a comida. Steel conclui que temos que repensar a nossa relação com o que comemos e defende que a forma como produzimos alimentos hoje não faz sentido. “Quem controla a comida controla-nos a nós”, escreve.
Esta é uma ideia defendida por vários outros pensadores, mas o que me parece único no trabalho de Steel é o lado histórico da relação entre cidades e comida. Também eu acho fascinante pensar na quantidade de comida que todos os dias entra, é transformada, e consumida em milhares de cafés, de restaurantes, de escolas, de casas, numa cidade como Londres – ou como Lisboa.
http://www.teatromariamatos.pt
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REGEN VILLAGES – primeiro vilarejo ‘autossustentável’
14/03/17
Holanda prepara uma cidade capaz de produzir energia limpa e de se abastecer com autonomia
Uma estufa transformada em moradia capaz de produzir energia e alimentos. Ou, em outras palavras, a ciência aplicada à arquitetura da vida cotidiana. Este é o cartão de visita do primeiro vilarejo projetado para diminuir o impacto ambiental das atividades humanas, em especial o do lixo, para se autoabastecer e gerenciar o fornecimento de água em um novo tipo de agrupamento urbano, que começará a ser construído nos próximos meses na cidade holandesa de Almere, a 25 minutos de Amsterdã. Projetado pelo estúdio de arquitetura dinamarquês Effekt, o programa-piloto da ReGen Villages prevê uma primeira entrega de 25 casas em 2017. Dominados por vidraças que envolvem vegetais cultivados em seu interior, os terrenos constituem quase que uma metáfora da tão desejada harmonia com o ambiente. Principalmente levando-se em conta que, em 2050, a população mundial ultrapassará os 10 bilhões de habitantes.
Regen quer dizer “regeneração”, e tanto a maquete do projeto quanto a sua versão animada, em vídeo, mostram a imagem em miniatura de uma cidade reluzente. A partir de 250.000 euros (cerca de um milhão de reais), com uma capacidade média para três ou quatro pessoas (de 300 a 400 pessoas para um total de 100 casas), as moradias parecem transparentes, tamanha a profusão de vidros. Dentro delas, a cultura vertical das estufas convive com pequenas hortas e pomares, unidades de aquicultura e painéis solares.
Há torres de armazenamento de água, granjas de animais, áreas de recreação e um estacionamento para veículos elétricos. Assim como um centro comunitário para reuniões, além de “espaços sociais”. Segundo os cálculos do Effekt, “uma família de três pessoas necessitaria de uma área total de 639 metros quadrados viver autonomamente. Uma casa do tipo médio tem 120 metros quadrados, e eles se acrescenta uma estufa (40 m2); a aquicultura respectiva (300 m2); uma horta e pomar de estação (100 m2); a parcela proporcional da granja (25 m2); dos painéis solares (34 m2) e da água armazenada (20 m2)”.
Não se trata, de modo algum, de um retorno ingênuo à vida na natureza. Ao contrário: aproveitando a tecnologia atual e incorporando os confortos da vida moderna, a comunidade que está sendo construída pretende ser autossuficiente. Assim foi ela idealizada por James Ehrlich, fundador da ReGen Villages, pesquisador da universidade norte-americana de Stanford e especialista na aplicação de tecnologia e da biodiversidade na produção de alimentos.
Segundos os dados de que dispõe, cerca de 40% da superfície do planeta são usados para a produção de nutrientes. Essa atividade contribui para a liberação de CO2 (parcialmente responsável pelos gases de efeito-estufa), para o desmatamento e para o consumo indiscriminado de água potável. Ao mesmo tempo, jogamos fora 30% da comida, enquanto uma em cada sete pessoas passa fome no mundo.
“Embora esperemos acomodar as primeiras famílias, inclusive a minha, no primeiro semestre de 2017, a produção de alimento e o tratamento dos resíduos levará um pouco mais de tempo. A ideia original era construir na Dinamarca, mas o Governo fazia uma ideia um tanto quanto menos ecológica do projeto. Fomos então convidados pela prefeitura de Almere, e pudemos ver que a Holanda é um lugar bastante apropriado para a estreia mundial de ReGen Villages. Vamos fundar aqui a nossa empresa, como parte da União Europeia”, afirma Ehrlich.
As madeiras empregadas são procedentes de florestas sustentáveis da Escandinávia. Os demais materiais serão tratados com a tecnologia mais avançada que existe, de forma a aproveitar ao máximo a energia durante o dia, e ao longo das estações do ano. O sistema fechado de abastecimento proposto permitirá que os dejetos orgânicos dos moradores se transformem em biogás e em alimento para os animais.
Os excrementos do gado, por sua vez, serão utilizados como esterco para fertilizar as plantações. Qualquer resíduo suscetível de se transformar em adubo alimentará depois as moscas-soldado, alimento adequado para os peixes dos viveiros. As fezes destes últimos também serão usadas: elas servem para fertilizar o sistema de aquicultura destinado a produzir frutas e verduras. A água da chuva, por fim, será canalizada para ser usada na irrigação. O projeto, na Effekt, é sintetizado em cinco pilares: “casas com energia positiva; alimentos próximos e com cultivo sustentável; produção e armazenamento de eletricidade; reciclagem de água e resíduos; e autogestão por parte dos grupos locais”.
Se for bem-sucedida, a prática da agricultura permanente (permacultura), com a cultura em ambiente aéreo sem utilização do solo, pulverizando as raízes com uma solução aquosa (aeroponia) e com o uso de sementes orgânicas de alto rendimento, será em seguida experimentada na Suécia, Noruega, Dinamarca e Alemanha.
Durante a apresentação do projeto, Ehrlich destacou que espera, com isso “redefinir o conceito de zona residencial com este ciclo de cultura orgânica e reciclagem de resíduos; não é possível continuar a crescer e a urbanizar como temos feito até agora”. Por isso, ele já pensa em se expandir para regiões com superpopulação e de clima difícil. A Índia e a África subsaariana encabeçam a sua lista.
http://brasil.elpais.com/brasil/
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RUA CIDADÃ – Rua 25 de MARÇO
16/02/17
Vem aí a nova ação social da Rede Social do Centro!
Dia 29 de Março das 9h as 16h
Rua Cidadã na Rua 25 de março, com saúde, estética, cidadania, sustentabilidade, cultura.
A recriar estará presente e contamos com a presença de todos.
Participe!
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Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU
08/02/17
PNUD premia projetos que usam tecnologia para cumprir os objetivos das Nações Unidas
Evento em São Paulo reuniu mais de 1,3 mil programadores, desenvolvedores de software e designers. Eles participaram de uma maratona criativa para criar projetos que usam a tecnologia como aliada no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) reconheceu três iniciativas voltadas para setores diversos, como saúde e produção orgânica de alimentos.
Mais de 1,3 mil programadores, desenvolvedores e designers se reuniram em São Paulo, dos dias 1º a 4 de fevereiro, para buscar repostas tecnológicas aos desafios da Agenda 2030 da ONU. Ao final dessa maratona criativa, chamada The Big Hackathon e realizada durante a 10ª edição da Campus Party, três projetos foram reconhecidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A partir da pergunta “Por que supermercados deveriam pensar em vender produtos vencidos ou próximos ao vencimento?”, a equipe do projeto Best 4U desenvolveu um aplicativo que informa, de maneira colaborativa, quais alimentos ainda estão aptos ao consumo, mas já próximos de terem a validade vencida.
Segundo os idealizadores do software, o objetivo é gerar economia para os consumidores, promovendo o consumo consciente e responsável, tal como previsto pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 12.
“Eu estava em um supermercado recentemente e vi os funcionários recolhendo os produtos que estavam próximo ao vencimento, já que não podiam ser vendidos. Daí veio a ideia de produzirmos um aplicativo colaborativo que conecta consumidores com produtos que ainda podem ser consumidos, com um preço menor”, explica Ítalo Alberto, um dos responsáveis pela iniciativa.
O PNUD avaliou as propostas em três categorias — adesão à Agenda 2030 e aos ODS, sustentabilidade financeira e solução tecnológica. “Com certeza o reconhecimento do PNUD foi fundamental para levarmos a ideia para frente”, acrescentou o desenvolvedor.
Outro trabalho que recebeu menção honrosa do PNUD foi o projeto Health4U. A equipe criou um aplicativo que conecta pacientes com médicos. Quando uma pessoa procurar o Sistema Único de Saúde (SUS) e não encontrar um profissional para o atendimento, o programa informará em que local há médicos disponíveis para consultas, de forma gratuita. A proposta contempla mais diretamente os ODS nº 3 — saúde e bem-estar — e nº 17 — parcerias e meios de implementação.
“Os médicos do Brasil se cadastrarão e oferecerão uma hora da sua semana para um atendimento voluntário em seu consultório, clínica ou até mesmo em casa. Assim, pretendemos diminuir o fluxo do SUS e ajudar o Sistema a se manter ativo no período de crise econômica”, afirma o desenvolvedor Carlos Eduardo Vecchi.
O terceiro projeto premiado, Teto Verde, apostou na construção de telhados com hortas orgânicas para espaços corporativos. A ideia é renovar ambientes coletivos e incentivar o consumo de produtos orgânicos. A iniciativa se relaciona diretamente com os ODS nº 7 — energia limpa e acessível —, nº 11 — cidades e comunidades sustentáveis — e nº 13 — ação contra a mudança global do clima.
“Participar da maratona The Big Hackathon veio para mostrar o quanto de impacto social causamos com nosso negócio. Quando começamos a entender os ODS, compreendemos que atingimos vários objetivos, e isso para nós é o mais especial”, contou a idealizadora do Teto Verde, Edileusa Andrade.
A maratona hacker teve mais de 750 participantes. Ao longo das cem horas de duração, 300 mentores colaboraram com as 50 equipes para abordar a Agenda 2030 da ONU. Cinquenta voluntários também participaram do evento. Essa foi a maior maratona de programação já feita no país, tanto na quantidade de participantes quanto no tempo de duração.
Ao final, 20 projetos foram selecionados pela banca de jurados. Três deles receberam menção honrosa do PNUD por aderirem, de forma transversal, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
“A chamada da Campus Party é para que os jovens sintam o futuro. Com a experiência da maratona The Big Hackathon, o chamado foi para que os jovens se empoderassem do seu presente para que possamos todos construir um futuro melhor. Unindo inovação, criatividade e tecnologia, foram formuladas soluções práticas, que indicam que um mundo melhor, mais justo e inclusivo é possível”, afirma o assessor sênior do PNUD, Haroldo Machado Filho.
Fonte:https://nacoesunidas.org/pnud-premia-projetos-que-usam-tecnologia-para-cumprir-os-objetivos-das-nacoes-unidas/
