Artigos com o marcador casa ecológica
Habitação Ecológica
17/03/20
Habitação ecológica ultrapassa os modelos tradicionais com o foco total no papelão
Casa modular e flexível, concebida na Holanda, dá um banho quando o tema é inovação e sustentabilidade, sem esquecer do conforto
Parece mesmo não haver limite para a arquitetura, principalmente quando o assunto são construções sustentáveis. Uma verdadeira revolução tecnológica, acompanhada de uma profusão de boas ideias, invade o setor e resignifica o sentido do morar. Conceitos que poderiam ser tidos como simples, mas por outro lado são frutos de um trabalho dedicado, saem das pranchetas dos profissionais com a força necessária para se colocar positivamente no espaço, ao respeitar a natureza em todas as fases do processo.
É o caso desta casa modular e ecologicamente correta que um estúdio holandês acaba de apresentar ao mercado. Assinada e concebida pela Fiction Factory, de Amsterdã, a Wikkelhouse (em tradução livre, “casa embrulhada”) é formada quase por inteiro a partir do papelão, e pode ser personalizada em tamanho e função, conforme o desejo do usuário. Os autores do projeto têm expertise na atuação criativa com a arquitetura e o design de interiores, trazendo na bagagem uma experiência de quase 30 anos na área.
A estrutura é feita partindo de 24 camadas do material, de altíssima qualidade, que envolve um molde giratório com o leiaute de uma casa. Cada faixa é colada com uma super-cola ecológica que permite boa durabilidade e ótimo isolamento. Daí o mote para o nome da obra – a palavra holandesa ‘wikkelen’ significa ‘embrulhar’. O acabamento é especificado com uma camada impermeabilizante, além de painéis de madeira que preservam a habitação de intempéries.
Com um modelo três vezes mais sustentável e eco-amigável que uma casa convencional, a Wikkelhouse é toda formada por matérias-primas de baixo impacto ambiental. Ela é completamente reciclável, com componentes que possibilitam a desconstrução para o reaproveitamento infinito. A morada também não requer uma base de apoio – com cada segmento pesando apenas 500 quilos, pode ser alocada e conectada ao terreno em um dia.
A proposta é que a Wikkelhouse possa estar onde for a intenção do cliente. Uma vez concluída, cabe para ser transportada em caminhão ou navio para campos gramados, à praia, em prédios comerciais, içada para o telhado de edifícios, no jardim, com extrema flexibilidade, adaptando-se às necessidades particulares. A casa é feita para durar pelo menos 100 anos e os tipos de pintura no interior seguem as preferências de cada um. A morada pode servir como local de trabalho, de férias, de meditação, para a família, como ambiente para escritores ou músicos.
Constituída por módulos de 4,6 m de comprimento x 1,2 m de largura x 3,5 m de altura, a casa consegue crescer em tamanho de acordo com a demanda – sem limites pré-concebidos, a estrutura é capaz de atingir inclusive 127 partes na profundidade. Com frações inteligentes, a Wikkelhouse pode reunir quarto, salas de estar e jantar, apoio para escritório, cozinha, banheiro e chuveiro, além de janelas e acabamentos personalizáveis, e até lareira.
Oferecida por uma oficina em Amsterdã, por enquanto a casa só pode ser adquirida nos Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo, França, Alemanha, Reino Unido e Dinamarca.
Fonte: https://estadodeminas.lugarcerto.com.br
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Bactérias e areia fazem tijolos vivos – que se reproduzem
08/02/20
Tijolos vivos
Novos materiais de construção vivos, que podem crescer e se multiplicar, podem não apenas representar uma revolução no campo dos materiais de construção, como também ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa no futuro.
Chelsea Heveran e seus colegas da Universidade do Colorado, nos EUA, desenvolveram uma técnica que combina areia e bactérias para criar um material vivo que possui uma função estrutural, sem perder suas funções biológicas, como a capacidade de reprodução.
Heveran criou um suporte de areia e hidrogel para as bactérias crescerem. O hidrogel retém a umidade e os nutrientes para que as bactérias proliferem e mineralizem, um processo semelhante à formação de conchas do mar. Combinando os três, a equipe criou um material vivo “verde” que demonstra resistência estrutural semelhante à da argamassa à base de cimento.
“Usamos cianobactérias fotossintéticas para biomineralizar o suporte, então é realmente verde. Parece um material do tipo Frankenstein. É exatamente isso que estamos tentando criar – algo que permanece vivo,” disse o professor Wil Srubar, coordenador da equipe.
Tijolo que se reproduz
O tijolo de hidrogel e areia não está apenas vivo – ele se reproduz.
Se você dividir o tijolo ao meio, as bactérias podem crescer e se transformar em dois tijolos completos com a ajuda de um pouco mais de areia, hidrogel e nutrientes.
Em vez de fabricar os tijolos um por um, a equipe demonstrou que um tijolo-pai pode reproduzir até oito tijolos-filhos após três gerações.
“O que realmente nos entusiasma é que isso desafia as formas convencionais pelas quais fabricamos materiais de construção estruturais,” diz Srubar. “Isso realmente demonstra a capacidade de fabricação exponencial de material”.
Cultivando tijolos
O tijolo precisa ser completamente seco para atingir a capacidade estrutural máxima (maior resistência). É claro que a secagem estressa as bactérias e compromete sua viabilidade.
Para manter a função estrutural e garantir a sobrevivência microbiana, o conceito de umidade relativa ideal e condições de armazenamento é crítico.
Utilizando a umidade e a temperatura como interruptores físicos, os pesquisadores estabeleceram os parâmetros que permitem controlar quando as bactérias crescem e dão origem a novos tijolos, e quando o material permanece inativo para servir à sua função estrutural.
Você ainda não vai encontrar esses microrganismos que viram tijolos na casa de material de construção mais próxima da sua casa. Mas os pesquisadores afirmam que sua capacidade de manter suas bactérias vivas com uma alta taxa de sucesso mostra que os prédios vivos podem não estar muito longe no futuro.
“Esta é uma plataforma de materiais que prepara o terreno para novos materiais interessantes que podem ser projetados para interagir e responder aos seus ambientes,” disse Srubar. “Estamos apenas tentando dar vida aos materiais de construção, e acho que esta é a pepita dessa coisa toda. Estamos apenas arranhando a superfície e lançando as bases de uma nova disciplina. O céu é o limite”.
Artigo: Biomineralization and Successive Regeneration of Engineered Living Building Materials
Autores: Chelsea M. Heveran, Sarah L. Williams, Jishen Qiu, Juliana Artier, Mija H. Hubler, Sherri M. Cook, Jeffrey C. Cameron, Wil V. Srubar III
Revista: Matter
DOI: 10.1016/j.matt.2019.11.016
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Índia constrói casas resistentes a enchentes com materiais locais
09/12/19
Casas à prova de inundações
O estado de Kerala, no sul da Índia, que perdeu quase um milhão de casas em duas inundações desastrosas em 2018 e 2019, está tentando se adaptar às mudanças climáticas construindo casas resistentes a inundações.
Em dois anos, um sexto da população de 35 milhões de habitantes do estado foi afetado pelas inundações e 1,4 milhão delas teve que abandonar suas casas. Muitas casas frágeis foram destruídas e estão sendo reconstruídas do zero.
Percebendo que as inundações serão uma ocorrência cada vez mais regular no futuro, à medida que as mudanças climáticas continuarem a tornar o clima mais extremo, o plano é projetar e construir casas que possam suportar as inundações.
E, de acordo com os arquitetos pioneiros na área, elas devem ser construídas com materiais locais, como bambu, cal e lama.
“Estamos usando tijolos de barro entrelaçados, pilares feitos de bambu tratado, barro e concreto. Para reboco, usamos cascas de coco, bambu tratado e telhas de barro. O bambu é um substituto significativo do aço e tem uma resistência equivalente,” contou o arquiteto Gopalan Shankar.
Tecnologia habitacional de baixo custo
Shankar iniciou seu negócio sem fins lucrativos, o Habitat Technology Group, em 1987, como uma banda de um homem só.
Levou seis meses para ele conseguiu sua primeira encomenda, mas ele agora trabalha com 400 arquitetos, engenheiros e assistentes sociais, e possui 34 escritórios regionais e 35.000 trabalhadores treinados em toda a Índia.
No estado de Kerala, ele acaba de concluir a construção de 250 casas resistentes ao clima para as vítimas das enchentes.
O governo indiano tem um esquema que dá às pessoas um subsídio para reparar suas casas após uma enchente, mas as incentiva a construir de maneira a tornar as casas mais capazes de suportar impactos futuros.
“Em áreas propensas a inundações, quando há necessidade de residir lá, construímos a casa com o material disponível localmente que possa se mostrar eficiente. Os danos causados pelas inundações não afetam em larga medida o morador, tanto física quanto financeiramente,” disse Shankar.
Fonte: inovaçãotecnológica.com.br
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Madeira Transparente
15/07/19
Madeira transparente
Em 2016, uma equipe do Instituto Real de Tecnologia da Suécia apresentou uma madeira opticamente transparente.
Os pesquisadores fizeram a madeira ficar transparente removendo das paredes celulares da madeira de balsa um componente chamado lignina, que absorve a luz. Para reduzir a dispersão da luz, eles incorporaram acrílico como suporte.
Agora, a equipe adicionou à sua madeira sem lignina um polímero chamado polietilenoglicol (PEG), o que a tornou capaz de armazenar e liberar calor.
“Escolhemos o PEG por causa de sua capacidade de armazenar calor, mas também por causa de sua alta afinidade com a madeira. Em Estocolmo há um navio muito antigo chamado Vasa, e os cientistas usaram o PEG para estabilizar a madeira. Então sabíamos que o PEG poderia ir realmente profundamente nas células da madeira,” disse a pesquisadora Céline Montanari.
Material de mudança de fase
Conhecido como um “material de mudança de fase”, o PEG é um sólido que se funde a uma temperatura de 30º C, armazenando energia no processo. O material fica travado na estrutura da madeira, e a temperatura de fusão pode ser ajustada usando diferentes tipos de PEG.
“Durante um dia ensolarado, o material absorverá o calor antes que ele chegue ao espaço interno, e o interior ficará mais frio do que do lado de fora,” explicou Montanari. “E à noite ocorre o inverso – o PEG se torna sólido e libera o calor no ambiente interno para que você possa manter uma temperatura constante na casa”.
O acrílico foi novamente usado para proteger o material compósito da umidade. Como na versão anterior, a madeira modificada continua transparente, embora ligeiramente “enevoada”, permitindo alguma privacidade – e com o bônus adicional de armazenar e liberar calor.
Melhor que plástico ou vidro
Os pesquisadores apontam que a madeira transparente tem o potencial de ser mais ecologicamente correta do que outros materiais de construção, como plástico, concreto e vidro.
Além de suas capacidades de armazenamento térmico, esse “vidro de madeira” poderia ser mais fácil de descartar depois de ter servido ao seu propósito. “O PEG e a madeira são de base biológica e biodegradáveis. A única parte que não é biodegradável é o acrílico, mas ele poderia ser substituído por outro polímero de base biológica,” disse o professor Lars Berglund.
Agora, o foco está em ampliar o processo de produção para torná-lo viável industrialmente. A equipe estima que a madeira transparente poderá estar disponível para aplicações de nicho em design de interiores em cerca de cinco anos.
Eles também estão tentando aumentar a capacidade de armazenamento do material para torná-lo ainda mais eficiente em termos de energia.
Artigo: Multifunctional transparent wood for thermal energy storage applications
Autores: Céline Montanari, Y. Li, Lars Berglund
Revista: Proceedings of th ACS National Meeting & Expositions 2019
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Plantas de Outono
30/04/19
Que planta cultivar em sua horta no outono
O pátio, terraço ou varanda também são locais ideais para cultivar legumes em qualquer estação. Apesar da chegada do outono, com o primeiro frio é possível plantar um monte de ervas e legumes que podem suportar baixas temperaturas.
Primeiros Passos
Arme-pot: Para o desenvolvimento de sementes com segurança, uma boa escolha para as primeiras semanas é usar recipientes de embalagem de iogurte ou sorvete, embalagens Tetra Pack ou garrafas de plástico. Buracos centrais devem ser feitos para garantir uma boa drenagem do solo e depois de algumas semanas, quando a planta crescer e germinar as primeiras folhas, devem ser transplantadas diretamente no solo ou no recipiente maior. É muito importante considerar a relação entre o tamanho da planta e o recipiente.
–Prepare o solo: envasamento solo deve ser leve e ter uma boa drenagem. Isso deve ter matéria orgânica , sendo muito útil o adubo feito a partir de resíduos de sua casa.
–Escolhendo o espaço ideal: Isto é muito importante, especialmente com o advento de baixo ponto de temperatura. O ideal é colocar os recipientes em locais com luz natural e perto das paredes para que eles sejam resguardo condições meteorológicas. É importante deixar um espaço entre a parede e o recipiente para que o ar circule e não acumule umidade.
Tendo em conta estes primeiros passos, você pode começar a plantar . É importante que as sementes selecionadas sejam específicas para o tempo e colocadas num recipiente e permanecer enterrada a uma profundidade de três vezes o seu tamanho.
Há uma variedade de vegetais disponíveis para o plantio no outono. No entanto, antes de escolher quais são para ser plantada deve ser tida em conta aqueles que serão consumidos com mais frequência e ter um espaço de crescimento adequado.
Alguns dos vegetais que podem ser plantadas nesta época do ano são:
-Chard: Esta espécie suporta baixa temperatura a 5 ° C, bem como a alta, até 30 º C. No entanto, a queda é uma das melhores épocas para plantar e exigem até dois meses a crescer totalmente.
-Alho: Semeia-se a partir do alho que você compra no supermercado. Não precisa de muito espaço para se desenvolver.
-Brócolis: Madura nos meses mais frios é quando atinge o seu sabor mais doce. Você precisa de pelo menos quatro horas de sol por dia.
-Cebola: Tem lugar a temperaturas entre 15 e 20 graus e não precisa de ser regada com freqüência.
-Couve-flor: Tal como acontece com brócolis e repolho, este crucíferos são semeados durante a estação fria. Ele cresce rapidamente, mas precisa de vários cuidados.
-Espinafre: Da família quenopodiacea como acelga, espinafre é simples, mas requer o cultivo de terra rica em nutrientes e drenagem fácil. A germinação ocorre em cerca de três semanas eo solo deve ser mantido úmido. Ela pode ser cultivada em todo o ano.
-Funcho: como salsa, esta umbelífera cresce melhor em climas frios. Precisa plantadas em solo drenado e rega deve ser raro.
-Alface: Ele pertence ao complexo da família, com escarola e chicória ideal para o cultivo em climas mais frios. Ela pode ser cultivada em todo o ano.
-Leek: Como cebolas e alho, pertence ao lírio. Especialmente no cultivo de outono e é uma das espécies mais fáceis de plantar uma vez que pode ser em qualquer tipo de solo .
-Repolho : Este crucíferos não é muito exigente na qualidade dos solos, mas precisa de regas regulares. Suporte bom geada e consumo deve ser recolhido antes que apareçam recolher ou flores.
Feijão, abóbora, cenoura, nabo e rabanetes são outros vegetais que podem ser cultivadas durante esta época do ano. Agora você pode se preparar, tomando cuidado com técnicas naturais, sem fertilizantes ou agrotóxicos, capazes de poluir.
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REPLAST
08/11/18
Toneladas de resíduos plástico estão contaminando a vida marinha nos oceanos e por tabela os pássaros e seres humanos e isso é um grande problema, mas felizmente muitas pessoas criativas estão bolando maneiras de resolver essa situação insustentável. A startup americana ByFusion desenvolveu uma tecnologia de tijolo ecológico reciclando os plásticos retirados dos oceanos.
Desta forma, os resíduos de plástico podem ser reutilizados de forma permanente, em vez de serem usados para criar outro item de plástico descartável que pode acabar de volta nos mares. A tecnologia foi uma ideia genial do inventor e engenheiro neozelandês Peter Lewis, e seu processo envolve uma plataforma modular que comprime os restos de plástico em blocos duráveis de várias formas e densidades, com base nas configurações personalizadas para serem encaixados como blocos de Lego.
O tijolo plástico reciclado se chama REPLAST, e seu sistema de fabricação é portátil pois vem dentro de um contêiner e pode ser transportado por caminhão e navio para qualquer lugar do mundo, e foi projetado para rodar com gás ou elétrico, e não precisa que o plástico seja classificado ou lavado.
A ByFusion descreve o REPLAST como um processo de fabricação sem emissões de CO2 e não-tóxico, e diz que os tijolos podem ajudar a melhorar a sustentabilidade de projetos de construção e contribuir para a certificação LEED. Até agora, os blocos de plástico reciclado foram concebidos para serem utilizados em paredes e barreiras de estrada, mas a empresa está aberta a personalização do material de construção para uso em outros tipos de projetos como casas e edifícios.
Não necessitando de cola ou adesivos, os tijolos ecológicos REPLAST poderiam representar a próxima onda de construção sustentável, uma vez que são totalmente reciclados a partir de resíduos de plástico recolhidos (sem discriminação para o tipo de plástico) e têm emissões de CO2 95% mais baixos do que os blocos de concreto tradicional. Devido à natureza dos detritos de plástico, os blocos são muito mais coloridos, também. O vídeo abaixo mostra a construção de uma parede com o simples encaixe dos tijolos de plástico.
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Yurt
06/08/18
Yurt é uma adaptação moderna dos antigos abrigos usados por nômades da Ásia Central durante séculos. É feito com materiais leves e resistentes, combinando praticidade e segurança para quem o utiliza, além de ter baixo custo e pouca manutenção.
Os Yurts têm sido utilizados na Ásia Central por pelo menos três mil anos. A primeira descrição escrita de uma tenda usada como moradia foi gravada por Heródoto de Halicarnasso, que viveu na Grécia entre 484 e 424 aC.
Classificado como uma tenda, o Yurt é muito mais resistente. Com sua estrutura circular, composta por uma banda de tensão, armação de Madeira, paredes feitas com vigas radiais, anel de compressão central, porta moldada e coberta por uma capa de tecido durável, impermeável, proporcionando mais comodidade para os usuários.
Como são montados sobre uma plataforma de Madeira, os Yurts não causam quase nenhum impacto sobre o solo, podendo ser removidos sem deixar vestígios. Sua flexibilidade permite que eles sejam usados de várias maneiras, desde cabines bem simples ou totalmente mobiliados com eletricidade e canalização.
Heródoto, que é considerado como o pai da história, foi a primeira pessoa no mundo a gravar um relato preciso do passado. Ele descreveu o Yurt como tendas, a morada dos Citas, uma nação que viveu no norte do Mar Negro e região da Ásia Central a partir de cerca de 600 aC a 300 dC. Assim, a Yurt foi descrita no primeiro documento histórico no mundo.
Evidências arqueológicas provam que o primeiro império de guerreiros das estepes da Ásia Central, os Hunos, que eram ativos do 4 º para 6 º século dC, usavam Yurts como suas habitações principais.
O italiano comerciante Marco Polo foi o primeiro ocidental a visitar o Império Mongol no século 14. Ele escreveu: “… Eles [os mongóis] têm casas circulares feitas de madeira e cobertos com feltro, que eles carregam com eles sobre quatro rodas, onde quer que vão. O quadro de varas é tão ordenadamente e habilmente construído que é leve para carregar. E cada vez que se deslocam com sua casa e arrumam novo lugar para ficar, a porta está sempre voltado para o sul.”
Estas estruturas são conhecidas em muitas partes do mundo por seu nome russo, Yurt, enquanto na Mongólia estas resistentes casas são chamados“GER”.
A tenda tem muitas características únicas que a tornam ideal para servir como moradia para os nômades da Ásia Central, que devem mover-se regularmente e enfrentar severas condições climáticas na maior parte do ano.
Portátil: Um Yurt é fácil de montar, desmontar e transportar. Dependendo do tamanho, uma tenda pode ser montada ou desmontada em qualquer lugar a partir de 30 minutos até três horas. Após a desmontagem, as várias partes do Yurt eram carregadas em camelos, cavalos e carros de boi para o transporte.
Os pastores nômades passam pelo menos três ou quatro vezes por ano em busca de boas pastagens, esta característica é de fundamental importância.
Durante os tempos de guerra, antigos guerreiros nômades estavam constantemente em movimento e a portabilidade dos Yurts lhes dava a oportunidade de levar suas casas onde quer que fossem.
“A História Secreta dos Mongóis”, o relato clássico da vida do famoso construtor de império mongol Gengis Khaan, descreveu uma série de eventos relacionados com a Yurt.
A circulação de ar: O Yurt tem uma abertura no centro da cobertura, que é chamada de coroa ou toono. O ar que vem através dela atinge todas as partes do interior, fornecendo ar fresco para toda casa.
Calor e frio: A temperatura na Mongólia varia de -31 a + 104 graus Fahrenheit (-35 a 40 graus Celsius), dependendo da época. O Yurt é projetado para proporcionar conforto aos seus habitantes, em ambas as condições, quentes ou frias. O fogão a lenha central fornece calor uniformemente por toda a tenda, quando necessário, com camadas extras de feltro acrescentadas em volta da estrutura nos meses mais frios para fornecer isolamento.
Quando é quente, a extremidade inferior da cobertura do Yurt é levantada ligeiramente. Isto aumenta o fluxo de ar dentro, e tem um efeito de arrefecimento agradável.
Um revestimento é puxado por cima da abertura, na coroa, no calor do verão, para evitar que a luz solar aqueça o interior da tenda. Esta cobertura também é utilizada em dias de chuva.
Resistência ao vento: As planícies da Mongólia são bastante ventosas. Nas estepes abertas e em regiões desérticas, o vento pode ser forte o suficiente para derrubar qualquer outro tipo de habitação portátil. A forma circular do Yurt é a maneira segura de resistir a estes ventos, independentemente da direção de onde o vento se origine.
Fonte: http://institutoecoacao.blogspot.com
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BET – Tratar o esgoto de forma ecológica
18/05/18
A Bacia de Evapotranspiração (BET), também conhecida como “fossa de bananeiras”, “fossa ecológica” ou Tanque de Evapotranspiração (TEvap) é uma solução sustentável para o tratamento da água negra (efluentes de descarga sanitária). A BET é uma tecnologia que consiste em um sistema plantado, onde ocorre decomposição anaeróbia da matéria orgânica, mineralização e absorção dos nutrientes e da água pelas raízes (PAULO, BERNARDES, 2004).
É uma alternativa indicada para comunidades onde não existe acesso a rede de esgoto e principalmente para as áreas rurais, onde normalmente os efluentes são despejados diretamente no ambiente ou nas chamadas “fossas negras”, sem nenhum tipo de tratamento. O despejo inadequado dos dejetos humanos é um dos principais problemas de saneamento no Brasil, contribuindo significativamente para a proliferação de doenças, contaminação do solo e dos recursos hídricos.
Vantagens da Bacia de Evapotranspiração (BET):
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Baixo Custo
Utilizando o sistema construtivo de ferro-cimento, os custos de implementação podem ser menores do que os da implantação de um sistema de fossa séptica ou sumidouro;
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Reaproveitamento de materiais de construção
Entulhos e pneus usados são utilizados no interior da bacia, e servem como meio filtrante e de escoamento do efluente;
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Não contaminação do solo e do lençol freático
Por ser um sistema impermeável, o efluente não infiltra no solo e é liberado apenas pela evapotranspiração, sem nenhum contaminante;
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Resíduos são transformados em nutrientes para as plantas
Os nutrientes presentes são removidos através da sua incorporação à biomassa das plantas;
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Produção de Alimentos e ornamentação
As espécies mais indicadas são as plantas de folhas largas, como as bananeiras, mamoeiros e taiobas. As bananeiras são muito utilizadas nesse sistema devido ao seu alto potencial de evapotranspiração, e seus frutos podem ser consumidos. Além disso, também podem ser utilizadas espécies de plantas ornamentais para a composição do paisagismo do local;
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Melhoria da qualidade de vida e prevenção de doenças
Segundo Guimarães, Carvalho e Silva (2013), investir em saneamento é uma das formas de se reverter o quadro existente de precariedade das condições de saúde devido à falta de tratamento de dejetos humanos.
Fonte: https://www.engaia.com.br
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Horta Vertical
12/04/18
A horta vertical é uma alternativa para produção de verduras e legumes em locais de pouco espaço.
Aqui estão algumas ideias práticas sobre como cultivar suas culturas de forma vertical em pouco espaço. Quando começar a construir uma horta vertical, verá o quanto é fácil cultivar os seus próprios vegetais e quanto é fácil e prazeroso produzir o próprio alimento.
Mãos a obra!
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Tinta Solar
08/04/18
Tinta Solar transforma superfícies em gerador de energia a partir do Hidorgênio
Hidrogênio pode ser utilizado em carros que não emitem poluentes tóxicos, porém o custo da produção do hidrogênio é um fator limitante para que essa tecnologia seja mais amplamente aplicada. Isso está prestes a mudar com a descoberta de pesquisadores australianos que descobriram uma forma de produzir Hidrogênio usando luz solar e vapor de água.
Hidrogênio é a energia ideal
O processo consiste em pintar o composto químico em tetos e superfícies que ficam expostas ao sol. O pesquisador e co-autor Kourosh Kalantarzadeh explica:
Hidrogênio é a fonte de energia ideal no Planeta, se você pode transformar água em hidrogênio, você terá uma fonte infinita de energia
A pesquisa foi publicada no jornal ACS Nano e descreve como a tinta utiliza a luz solar para quebrar a umidade em hidrogênio e oxigênio. O método atual utilizado é a eletrólise. Esse é um processo ineficiente para escala industrial, pois requer alta quantidade de energia para ser completada, além de anular seu propósito original de criar energia sustentável
A nova descoberta pode ter um impacto significativo na busca por alternativas aos combustíveis a base de carbono. Hidrogênio pode ser usado em veículos automotores e até foguetes quando postos em compressão. De fato, NASA é o maior usuário de hidrogênio no mundo.
O gás também é capaz de acumular energia, fazendo dele um agente de transformação no desenvolvimento de células combustíveis sustentáveis. Esse poderia ser o fim para as baterias de lítio que são muito poluidoras e prejudiciais. O pesquisador Torben Daeneke na Universidade RMIT, diz:
Baterias de íons de lítio são as piores em termos de pegada de carbono. Elas ainda precisam evoluir muito para baixar sua pegada de carbono
A tinta recém descoberta é a combinação de lubrificante sulfeto de molibdênio comum e nanopartículas de dióxido de titânio. Dióxido de titânio é a substância que oferece às pastas de dente e protetores solar sua coloração embranquecida. Tal material absorve tanto a energia solar, quanto a umidade do ar. Ele pode dividir a água em hidrogênio e oxigênio para que seja usado como combustível.
Pesquisador Dr. Torben Daeneke afirma:
A simples adição desse novo material pode converter um tijolo em fonte de energia
Essa tinta não será comercializada elos próximos cinco anos, mas pesquisadores acreditam que uma vez tento o processo melhorado, será muito acessível e adaptável em diferentes climas. “Qualquer lugar que tiver vapor de água no ar, até em regiões distantes da água, poderá produzir energia”.
A tinta poderá ser usada em qualquer superfície, de casas a paredes e cercas. Sua habilidade de transformar qualquer estrutura em energia limpa é incrível. Uma vez comercializada a tinta se juntará a uma crescente lista de produtos disponíveis para empoderar pessoas a terem o controle de produção de sua própria fonte de energia.
Fontes: Futurism, Seeker, RMIT
