Artigos com o marcador captação de água de chuva
Horta Doméstica – O que plantar?
12/04/18
Fazer e cuidar de uma horta pode mudar completamente a sua relação com o alimento e a natureza.
Experimente.
As plantas companheiras podem ajudar umas as outras de diversas maneiras, seja na melhor ocupação do solo, na utilização mais eficaz da água ou luz e de nutrientes. E também pelo processo de alelopatia, que é a capacidade das plantas de produzirem substâncias químicas liberadas ao seu redor (pela chuva, sereno, raiz ou decomposição) que influenciam, favoravelmente ou não, o seu desenvolvimento e o de outras.
Além de plantas companheiras poderem aumentar a produtividade do seu jardim, há quem defenda que algumas combinações podem aumentar o sabor de plantas específicas.
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Águas Residuais – Relatório UNESCO 2017
04/05/17
O que aconteceria se considerássemos a grande quantidade de água residual doméstica, agrícola e industrial despejada no meio ambiente todos os dias como um recurso valioso ao invés de um dispendioso problema? Essa é a mudança de paradigma defendida pelo Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, “Águas residuais: o recurso inexplorado”.
O Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos (WWDR, sigla em inglês) é um Relatório do UN Water (ONU Água, em tradução livre) coordenado pelo Programa Mundial das Nações Unidas para Avaliação dos Recursos Hídricos, liderado pela UNESCO. O Relatório argumenta que, uma vez tratadas, as águas residuais poderiam se tornar fontes importantes para satisfazer a crescente demanda por água doce e outras matérias-primas.
“As águas residuais são um recurso valioso em um mundo no qual a água é finita e a demanda é crescente”, disse Guy Ryder, presidente do UN Water e diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT). “Todos podem fazer a sua parte para alcançar a meta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável para reduzir pela metade a proporção de águas residuais não tratadas e aumentar a reutilização de água potável até 2030. Tudo gira em torno de gerir e reutilizar cuidadosamente a água que passa pelas nossas casas, fábricas, fazendas e cidades. Vamos todos reduzir e reutilizar com segurança as águas residuais para que este recurso precioso atenda às necessidades de populações cada vez maiores em um ecossistema frágil”.
“O Relatório Mundial sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos de 2017 mostra que uma melhor gestão das águas residuais está atrelada tanto à redução da poluição na fonte quanto à remoção de contaminantes dos fluxos de águas residuais, à reutilização da água reciclada e à recuperação de subprodutos úteis. […] Aumentar a aceitação social acerca do uso de águas residuais é essencial para avançarmos”, argumenta a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, em seu prefácio no Relatório.
Uma preocupação de saúde e meio ambiente
Uma grande proporção de água residual ainda é liberada no meio ambiente sem ser coletada ou tratada. Isso é ainda mais presente em países de baixa renda, que, em média, tratam apenas 8% das águas residuais domésticas e industriais, em comparação com a taxa de 70% observada nos países de renda alta. Como resultado, em muitas regiões do mundo, águas contaminadas por bactérias, nitratos, fosfatos e solventes são despejadas em rios e lagos que desaguam nos oceanos, trazendo consequências negativas para o meio ambiente e para a saúde pública.
O volume de água residual a ser tratada aumentará consideravelmente em um futuro próximo, especialmente em cidades de países em desenvolvimento com populações que crescem rapidamente. “A geração de águas residuais é um dos maiores desafios associados ao crescimento de assentamentos informais (favelas) no mundo em desenvolvimento”, afirmam os autores do Relatório. Uma cidade como Lagos (Nigéria) gera 1,5 milhão de metros cúbicos de águas residuais por dia, sendo que a maior parte acaba sendo despejada sem tratamento na Lagoa de Lagos. A menos que providências sejam tomadas agora, é provável que essa situação se deteriore ainda mais uma vez que a população da cidade pode ultrapassar 23 milhões de pessoas até 2020.
A poluição causada por agentes patogênicos de excrementos humanos e de animais afeta quase um terço dos rios da América Latina, Ásia e África, colocando em risco as vidas de milhões de pessoas. Em 2012, 842 mil mortes em países de renda baixa e média estiveram ligadas à água contaminada e serviços sanitários inadequados. A falta de tratamento também contribui para a propagação de algumas doenças tropicais como a dengue e a cólera.
Solventes e hidrocarbonetos produzidos por atividades industriais e de mineração, bem como a descarga de nutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio) da agricultura intensiva aceleram a eutrofização da água potável e dos ecossistemas costeiros e marinhos. Estima-se que 245 mil km² de ecossistemas marinhos – aproximadamente o tamanho do Reino Unido – são atualmente afetados por esse fenômeno. O despejo de águas residuais não tratadas também estimula a proliferação de algas tóxicas e contribui para o declínio da biodiversidade.
A crescente consciência sobre a presença de poluentes como hormônios, antibióticos, esteroides e suspensivos endócrinos em águas residuais apresenta um novo conjunto de desafios, uma vez que seus impactos no meio ambiente e na saúde ainda precisam ser totalmente compreendidos.
A poluição reduz ainda mais a disponibilidade de abastecimento de água potável, que já está sob estresse, principalmente por causa das mudanças climáticas. No entanto, a maioria dos governos e dos tomadores de decisão têm se preocupado mais com os desafios da oferta de água, especialmente quando ela se torna escassa, enquanto ignoram a necessidade de tratar a água após ter sido utilizada. Coleta, tratamento e uso seguro das águas residuais constituem o alicerce de uma economia circular, equilibrando o desenvolvimento econômico com o uso sustentável dos recursos. A água reciclada é um recurso amplamente sub explorado, que pode ser reutilizado diversas vezes.
Do esgoto para a torneira
As águas residuais são mais comumente utilizadas para a irrigação agrícola e pelo menos 50 países em todo o mundo são conhecidos por utilizarem águas residuais para esse propósito, representando cerca de 10% de todas as terras irrigadas. Contudo, os dados ainda são incompletos em muitas regiões, principalmente na África.
Porém essa prática levanta preocupações de saúde quando a água contém patogênicos que podem contaminar as culturas. Dessa forma, o desafio é passar de uma irrigação informal para um uso planejado e seguro, como a Jordânia tem feito desde 1977, sendo que 90% das suas águas residuais tratadas são utilizadas para a irrigação.
Na indústria, grandes quantidades de água podem ser reutilizadas, para aquecimento e resfriamento, por exemplo, ao invés de serem descartadas no meio ambiente. Até 2020, estima-se que o mercado para o tratamento de águas residuais nas indústrias aumentará em 50%.
Águas residuais tratadas também podem servir para aumentar o abastecimento de água potável, embora ainda seja uma prática marginal. Windhoek, a capital da Namíbia, vem fazendo isso desde 1969. Para combater a recorrente escassez de água doce, a cidade criou uma infraestrutura para tratar até 35% das águas residuais, que depois são utilizadas para complementar as reservas de água potável. Os habitantes de Cingapura e San Diego (EUA) também bebem, com segurança, água que foi reciclada.
Essa prática pode encontrar resistência do público, que pode se sentir desconfortável com a ideia de beber ou utilizar água que uma vez foi considerada suja. A falta de apoio do público levou ao fracasso de um projeto de reutilização de água para irrigação e piscicultura no Egito na década de 1990. Campanhas de conscientização podem ajudar a conquistar aceitação do público para esse tipo de prática remetendo a exemplos bem-sucedidos, como o dos astronautas da Estação Espacial Internacional que têm reutilizado a mesma água reciclada há mais de 16 anos.
Águas residuais e lodo como fontes de matérias-primas
Além de fornecer uma fonte alternativa segura para água doce, as águas residuais também podem ser vistas como uma fonte potencial de matérias-primas. Graças aos avanços em técnicas de tratamento, certos nutrientes, como fósforo e nitratos, podem agora ser recuperados a partir de esgotos e lodos e transformados em fertilizantes. Estima-se que 22% da demanda global por fósforo, um recurso mineral finito e em esgotamento, poderia ser atendida pelo tratamento da urina e de excrementos humanos. Alguns países, como a Suíça, já aprovaram uma legislação que exige a recuperação de determinados nutrientes como o fósforo.
As substâncias orgânicas contidas nas águas residuais poderiam ser utilizadas para a produção de biogás, o que poderia ajudar a aumentar as instalações de tratamento de águas residuais, permitindo que elas deixem de ser grandes consumidoras de energia e adquiram neutralidade energética, ou até mesmo passem a ser produtoras de energia. No Japão, o governo estabeleceu uma meta que estipula a recuperação de 30% da energia de biomassa existente em águas residuais até 2020. Todo ano, a cidade de Osaka produz 6,5 mil toneladas de combustíveis biossólidos a partir de 43 mil toneladas de lodo de esgoto.
Essas tecnologias não precisam ficar fora do alcance de países em desenvolvimento, uma vez que as soluções de tratamento de baixo custo já permitem a extração de energia e de nutrientes. Elas podem ainda não permitir a recuperação direta de água potável, mas podem produzir água viável e segura para outros usos, como a irrigação. E as vendas de matérias-primas derivadas das águas residuais podem fornecer rendas adicionais para ajudar a cobrir os custos de investimento e operacionais do tratamento de água residual.
Atualmente, 2,4 bilhões de pessoas ainda não têm acesso a instalações sanitárias melhoradas. Reduzir esse número, de acordo com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 da Agenda 2030 da ONU, sobre água e saneamento, significará despejar ainda mais águas residuais que terão de ser tratadas de forma acessível.
Fonte: UNESCO
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Carta escrita no ano de 2070
03/04/17
“Ano 2070. Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém com 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.
Recordo quando tinha cinco anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro…Agora usamos toalhas de azeite mineral para limpar a pele.
Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora, devemos rapar a cabeça para a manter limpa sem água.
Antes, o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje, os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava – pensávamos que a água jamais podia acabar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão Irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes, a quantidade de água indicada como ideal para beber eram oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo e tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado já que as redes de esgotos não se usam por falta de água.
A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele provocadas pelos raios ultravioletas que já não tem a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados.
A industria está paralisadas e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-nos em agua potável os salários.
Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele, uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40.
Os cientistas investigam, mas não parece haver solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores e isso ajuda a diminuir o coeficiente intelectual das novas gerações.
Alterou-se também a morfologia dos espermatozoides de muitos indivíduos e como conseqüência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.
O governo cobra-nos pelo ar que respiramos (137 m3 por dia por habitante adulto). As pessoas que não podem pagar são retiradas das “zonas ventiladas”. Estas estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam a energia solar. Embora não sendo de boa qualidade, pode-se respirar. A idade média é de 35 anos.
Em alguns países existem manchas de vegetação normalmente perto de um rio, que é fortemente vigiado pelo exercito. A água tornou-se num tesouro muito cobiçado – mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui não há arvores, porque quase nunca chove e quando se registra precipitação, é chuva ácida. As estações do ano tem sido severamente alteradas pelos testes atômicos.
Advertiam-nos que devíamos cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que era a gente, ela pergunta-me: Papá! Porque se acabou a água? Então, sinto um nó na garganta; não deixo de me sentir culpado, porque pertenço à geração que foi destruindo o meio ambiente ou simplesmente não levamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.
Como gostaria voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto, quando ainda podíamos fazer algo para salvar ao nosso planeta terra!
Documento extraído da revista biográfica “Crónicas de los Tiempos” de abril de 2002.
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RUA CIDADÃ 25 DE MARÇO – SP
24/03/17
Serviços que serão oferecidos na Rua Cidadã 25 de Março
A Secretaria Municipal de Saúde além de trazer o trailer do teste HIV/Sífilis informa que o teste desta vez não será realizado com perfuração do dedo e sim com coleta da saliva, também trará forte sensibilização contra dengue, zika e Chikungunya; irá trazer também informação sobre tuberculose;
Durante as apresentações do palco teremos intervenções com as seguintes falas: Exército de Salvação promoverá sensibilização contra o tráfico humano, Visão Mundial promoverá sensibilização contra o trabalho infantil, e a violência e abuso contra crianças e adolescentes; a Secretaria Municipal de Saúde falará sobre combate a Dengue, Zika e Chikungunya.
Ao meio dia aproximadamente será realizada uma abertura oficial do evento com a presença de autoridades e hino nacional.
O Poupatempo disponibilizará de aproximadamente 150 agendamentos de RG e 40 agendamentos de Carteira Profissional, O CAT da Secretaria do Trabalho terá agendamentos para vaga de trabalho.
A RECRIAR.COM.VOCÊ apresentará amostras de blocos de adobe, sologesso, gesso reciclado e solocimento; protótipo de captação de água de chuva, minhocário doméstico e horta vertical em paletes. Distribuiremos livros gratuitamente.
Quem quiser trazer livros para distribuir é só aparecer em nossa tenda.
Esperamos a participação de todos.
Até dia 29 de março das 10h-16hs
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Canteiros bio-sépticos
04/08/15
O projeto “De Olho na Água” realizou diversos estudos que viabilizaram a instalação dos canteiros bio-sépticos e cisternas para captação de água, entre eles: análise química e bacteriológica da água, mapeamento dos ecossistemas em escala de detalhe, uso e ocupação do solo, definição das áreas mais susceptíveis à contaminação da água e das áreas potenciais de riscos ambientais.
Todos os dados técnicos foram construídos com a participação da comunidade e disponibilizados para os habitantes e gestão municipal da cidade de Icapuí – CE.
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Irrigador Solar automático com garrafas usadas
25/07/15
Um irrigador automático que não usa eletricidade e ainda pode ser feito com materiais usados. Essa criação rústica e eficaz de um pesquisador da Embrapa poderá ajudar de pequenos produtores a jardineiros amadores a manter seus canteiros irrigados automaticamente pelo método de gotejamento.
Desenvolvido pelo físico Washington Luiz de Barros Melo, pesquisador da Embrapa Instrumentação (SP), o equipamento é baseado em um princípio simples da termodinâmica: o ar se expande quando aquecido. Melo se valeu dessa propriedade para utilizar o ar como uma bomba que pressiona a água para a irrigação.
Uma garrafa de material rígido pintada de preto é emborcada sobre outra garrafa que contém água. Quando o sol incide sobre a garrafa escura, o calor aquece o ar em seu interior que, ao se expandir, empurra a água do recipiente de baixo e a expulsa por uma mangueira fina para gotejar na plantação.
“Funciona tão bem que se você sombrear a garrafa, o gotejamento para, e, ao deixar o sol bater novamente, a água volta a gotejar”, afirma o pesquisador que apresenta sua invenção na 67ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), de 12 a 18 de julho na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Paulo.
Fazem parte do invento outros dois depósitos de água: uma garrafa rígida também emborcada que desempenha a função de caixa d’água para manter abastecida a garrafa do gotejamento, e um recipiente maior conectado à garrafa-caixa-d’água que armazena um volume maior de água que será usado por todo o sistema (veja esquema abaixo).
“Os tubos que interligam as garrafas podem ser de equipos de soro hospitalar, por exemplo, mas já utilizei até capas de fios elétricos, retirei os fios de cobre de dentro e funcionou também,” conta o pesquisador.
Ele explica que o maior desafio para quem for fazer o equipamento em casa é a vedação. Para o funcionamento do sistema é necessário que as três primeiras garrafas estejam fechadas hermeticamente. “Isso pode ser obtido com adesivos plásticos, do tipo Araldite, mas exige uma aplicação minuciosa”, ensina.
Também compõe o sistema um distribuidor que pode ser construído com garrafa pet e do qual saem as tubulações que farão a irrigação.
Econômico e ecológico
As vantagens do irrigador caseiro são várias, conforme enumera Melo. Trata-se de um sistema automático sem fotocélulas e que não demanda eletricidade, pois depende somente da luz solar, tornando sua operação extremamente econômica. Ele promove igualmente uma economia de água, pois utiliza o método de gotejamento para irrigar, o que evita o desperdício do recurso.
“Além disso, é possível construí-lo com objetos que seriam jogados no lixo, como garrafas e recipientes de plástico, metal ou vidro”, lembra o especialista.
A versatilidade do equipamento também é grande. A intensidade do gotejamento pode ser regulada por meio da altura do gotejador e o produtor pode colocar nutrientes ou outros insumos na água do reservatório para otimizar a irrigação.
4 – reservatório de água; 5 – equalização de pressão atmosférica; 6 – conexão; 7 – tubo de sucção; 8 – recipiente de transposição de água – sifão fonte; 9 – válvula; 10 – tubo de passagem; 11 – bomba solar – recipiente com ar; 12 – tubo de descompressão; 13 – conexão; 14 – recipiente do gotejador; 15 – sifão inverso; 16 – válvula de saída; 17 – gotas; 18 – suporte.
Quanto o Sol ilumina a bomba solar 11, a temperatura interna aumenta. O ar interno se expande e força a passagem pelo tubo 12; a pressão do ar sobre o líquido no recipiente 14 impulsiona-o a sair pelos tubos 10 e 15.
A água sai pelo tubo 15 por gotejamento. A pressão interna do recipiente 14 diminui. Nisso, a água no recipiente 8 passa para o recipiente 14 para suprir a água perdida. Mas um pequeno vácuo no recipiente 8 é gerado. Este vácuo provoca a sucção da água que se encontra no reservatório 4.
Quando se encerra a iluminação, a bomba solar 11 tende a esfriar, diminuindo ainda mais a pressão interna do recipiente 14, isto provoca um aumento do vácuo no recipiente 8, que aumenta a sucção da água do reservatório 4.
Este processo continua até o recipiente 14 completar totalmente o seu volume de água.
instrumentação.
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/
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Sistema holandês transforma qualquer telhado em jardim
10/04/15
A empresa holandesa Roel de Boer desenvolveu um produto simples, capaz de transformar qualquer telhado comum em um telhado verde. O sistema foi apelidado de Flowering City e funciona como uma ferramenta efetiva para melhorar a qualidade ambiental do ambiente ao seu redor.
Uma das grandes dificuldades em popularizar os telhados verdes é o fato da estrutura normalmente ser aplicada em lajes retas, o que não é o caso de boa parte das casas tradicionais, feitas com telhados inclinadas. Assim, o produto holandês expande o perfil e também a quantidade de residências com potencial para ter jardins em seus telhados.
O equipamento é simples e dividido em duas partes. A primeira é uma placa, colocada sobre a telha, e a segunda é uma espécie de funil, feito em plástico reciclado e utilizado em unidades individuais. O produto funciona como pequenos vasinhos, que podem ser fixados sobre as telhas já existentes, sem que haja qualquer modificação da estrutura principal.
A própria água da chuva é utilizada para regar as plantas, que podem ser de diferentes espécies, de acordo com a preferência do morador e também do bioma local, já que o ideal é sempre ter plantas nativas da região. Após passar pela terra, o excesso de água escorre já muito mais limpa.
Ter vegetação no telhado é um ótimo jeito reduzir a temperatura interna do ambiente de forma natural, o que, consequentemente economiza energia. Além disso, o telhado ganha um visual mais bonito e acaba se tornando um oásis para o desenvolvimento de novas espécies.
Fonte:http://ciclovivo.com.br/
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Manual de sobrevivencia para a crise
24/03/15
Apesar das chuvas fortes que caíram sobre várias cidades do Sudeste neste mês de março, os principais reservatórios da região, principalmente o Sistema Cantareira, ainda estão muito longe de atingir o volume desejado.
Por esta razão ainda é importantíssimo que a população se conscientize e aprenda a utilizar menos água no dia a dia. Hoje, o brasileiro consome em média 165 litros de água diariamente, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que 50 a 100 litros seriam mais do que suficientes.
Para ajudar as pessoas a gastar menos água, a Aliança pela Água, coalizão de entidades preocupadas com a segurança hídrica do país, lançou “Água – Manual de Sobrevivência para a Crise”. A publicação, disponível online, estimula a mudança de hábitos do consumidor através de dicas práticas e sugestões de economia.
Confira abaixo algumas destas dicas:
– armazene a água do chuveiro enquanto ela esquenta e a use para lavar louça e roupas;
– água do banho pode ser utilizada para limpeza da casa, rega de plantas e descarga sanitária;
– escovar dentes com meio copo ou menos;
– alimentos que serão cozidos ou comidos sem casca não precisam passar por esterilização;
– embalagens descartáveis que serão recicladas podem ser limpas com guardanapo sujo ou resto de papel;
– carros podem ser limpos com pano ou bucha úmidos e calçada só com vassoura.
O manual ensina ainda estratégias para sobreviver ao colapso, ou seja, caso falte água na sua casa por um longo período, quais devem ser os procedimentos neste caso.
A Aliança pela Água defende que a segurança hídrica do país depende de três fatores fundamentais: zerar o desmatamento, despoluir rios e recuperar parte da cobertura florestal do Brasil, a começar pelas áreas de manancial e margens dos rios. Além disso, governantes, junto com a sociedade civil, precisam fazer um planejamento de longo prazo – e sustentável – para a gestão da água.
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Cuidados no reaproveitamento da água da chuva
02/03/15
Apesar de ser uma técnica relativamente simples, o aproveitamento de água da chuva possui requisitos mínimos que devem ser respeitados para garantir o funcionamento do sistema e, principalmente, para assegurar a qualidade dos volumes coletados.
O telhado ou a laje de cobertura da edificação funcionam como área de captação. “Jamais deve-se fazer a captação a partir de pisos”, explica o pesquisador Luciano Zanella, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT).
Calhas e tubos direcionam facilmente as águas até um reservatório, mas é preciso prever um sistema de tratamento, cuja complexidade vai depender dos usos pretendidos.
Em alguns casos, pode-se pensar em uma rede de distribuição da água para pontos de consumo de água não potável, caso das bacias sanitárias. Em edificações já construídas, entretanto, é indicado optar por sistemas simplificados, uma vez que o custo de novas instalações hidráulicas prejudicará a viabilidade financeira do projeto.
Dois aspectos não podem ser ignorados: o espaço disponível para a instalação do reservatório e, quando a intenção for instalá-lo sobre a laje de cobertura, a capacidade da estrutura para suportar o peso adicional. “A carga extra de um reservatório cheio de água pode não ser suportada por alguns tipos de construção”, ressalta Zanella.
A capacidade de reservação deve levar em conta a demanda por água não potável. O número de usuários e seus hábitos de consumo, além das diversas aplicações que essa água pode ter na edificação, como limpeza de pisos e rega de jardins, também precisam ser levados em conta.
Tratamento da água de chuva
É imprescindível, alertam os pesquisadores do IPT, desprezar as primeiras chuvas. São elas que vão arrastar os poluentes presentes no ar e lavar a sujeira acumulada na área de captação. As recomendações técnicas indicam um descarte em torno de um a dois litros de água da primeira chuva para cada metro quadrado de telhado. Assim, se a cobertura tem 20 metros quadrados, é necessário desconsiderar um volume entre 20 e 40 litros.
Um sistema mínimo de tratamento das águas pluviais envolve não somente o descarte das primeiras águas, mas a remoção dos sólidos, como folhas, galhos e areia, por meio da utilização de filtro ou tela. “É recomendada a desinfecção com compostos de cloro, quando existir a possibilidade de contato da água com a pele do usuário ou quando o tempo de armazenamento for longo,” esclarece o pesquisador Wolney Castilho Alves.
Sistemas permanentes de aproveitamento da água da chuva, instalados com o objetivo de suplementar o abastecimento para fins não potáveis, demandam sistemas mais complexos de tratamento. É possível encontrar no mercado filtros e componentes de desinfecção que devem ser empregados nesses casos. É exigido, para sistemas de uso integrados à edificação, um projeto elaborado por profissional devidamente habilitado.
Armazenamento de água
A qualidade da água está diretamente relacionada com o seu armazenamento. Por isso, é fundamental manter o reservatório com tampa e com quaisquer aberturas fechadas para evitar a proliferação de mosquitos ou mesmo a contaminação da água pela entrada de ratos ou insetos.
Além disso, o reservatório deve ser protegido de impactos e da luz solar, e também se deve prever uma saída de fundo no reservatório que propicie sua limpeza, quando for necessária. Os pesquisadores do IPT alertam ainda para a importância de manter o reservatório longe do acesso de crianças para evitar acidentes.
O mais comum é utilizar a água de chuva para a rega de jardins e plantações, lavagem de carros e pisos e também em descargas de bacias sanitárias. Em condições anormais de abastecimento, desde que se mantenha a forma adequada de coleta, tratamento e armazenamento, é possível considerar o uso para lavagem de roupas, louças e para o banho.
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Brasileiro desenvolve sistema natural para tratamento de esgoto
24/01/15
Um dos grandes problemas de áreas rurais por todo o país é a falta de acesso a sistemas de tratamento de esgoto. Em consequência disso, muitas comunidades acabam despejando dejetos sem tratamento em áreas de mananciais. Diante desta dificuldade, o engenheiro ambiental Jonas Rodrigo dos Santos desenvolveu um sistema natural, que retira a maior parte das impurezas e evita a contaminação da água.
A experiência foi feita em Capanema, na área rural do Paraná, e o sistema foi tão bem sucedido que recebeu destaque em um dos concursos realizados pela Agência Nacional de Águas (ANA). A situação do local é semelhante à de muitas regiões brasileiras que não estão conectadas às redes de distribuição de água e não possuem qualquer estrutura para o saneamento básico.
Antes da instalação do sistema, todos os esgotos e dejetos produzidos na propriedade do sr. Denilson José dos Santos eram despejados em uma fossa negra sem qualquer tratamento. De acordo com o engenheiro responsável pelo projeto, o reservatório não possuía isolamento ou contenção. Em consequência, os resíduos contaminavam o solo, os recursos hídricos e ainda colaboravam para o desenvolvimento de vetores.
Com a instalação da pequena central de tratamento, os dejetos humanos e de 12 suínos pertencentes à propriedade passaram a ser tratados. O sistema conta com cinco fases de limpeza: fossa séptica e tanque de zona de raízes, que é dividido em filtro de pedras grossas, filtro de pedra brita, filtro de pedrisco e carvão ativado. Para potencializar ainda mais o processo, foram utilizadas plantas para a purificação, como bananeiras e taiobas.
Os resultados obtidos foram satisfatórios. Após passar pelo processo de limpeza, a água residual alcançou um nível alto de qualidade. Ao chegar no sistema o efluente possuía 8.381 miligramas de material sólido por litro. Ao final do tratamento eram apenas 170 miligramas por litro. A quantidade de fósforo, amônia e coliformes termotolerantes também foram mínimas.
Conforme apresentado pelo engenheiro, a capacidade de purificação obtida pelo sistema foi altamente eficiente. Após passar pelo processo, o engenheiro garante que o efluente final pode ser liberado em rios, córregos ou lagos, sem causar contaminação, pois as suas qualidades são muito semelhantes a das águas dos mananciais. Outro diferencial do sistema é a sua aparência. Semelhante a um jardim, ele pode facilmente ser integrado à paisagem local.
Fonte: http://ciclovivo.com.br
