Revestimento
Tinta Solar
08/04/18
Tinta Solar transforma superfícies em gerador de energia a partir do Hidorgênio
Hidrogênio pode ser utilizado em carros que não emitem poluentes tóxicos, porém o custo da produção do hidrogênio é um fator limitante para que essa tecnologia seja mais amplamente aplicada. Isso está prestes a mudar com a descoberta de pesquisadores australianos que descobriram uma forma de produzir Hidrogênio usando luz solar e vapor de água.
Hidrogênio é a energia ideal
O processo consiste em pintar o composto químico em tetos e superfícies que ficam expostas ao sol. O pesquisador e co-autor Kourosh Kalantarzadeh explica:
Hidrogênio é a fonte de energia ideal no Planeta, se você pode transformar água em hidrogênio, você terá uma fonte infinita de energia
A pesquisa foi publicada no jornal ACS Nano e descreve como a tinta utiliza a luz solar para quebrar a umidade em hidrogênio e oxigênio. O método atual utilizado é a eletrólise. Esse é um processo ineficiente para escala industrial, pois requer alta quantidade de energia para ser completada, além de anular seu propósito original de criar energia sustentável
A nova descoberta pode ter um impacto significativo na busca por alternativas aos combustíveis a base de carbono. Hidrogênio pode ser usado em veículos automotores e até foguetes quando postos em compressão. De fato, NASA é o maior usuário de hidrogênio no mundo.
O gás também é capaz de acumular energia, fazendo dele um agente de transformação no desenvolvimento de células combustíveis sustentáveis. Esse poderia ser o fim para as baterias de lítio que são muito poluidoras e prejudiciais. O pesquisador Torben Daeneke na Universidade RMIT, diz:
Baterias de íons de lítio são as piores em termos de pegada de carbono. Elas ainda precisam evoluir muito para baixar sua pegada de carbono
A tinta recém descoberta é a combinação de lubrificante sulfeto de molibdênio comum e nanopartículas de dióxido de titânio. Dióxido de titânio é a substância que oferece às pastas de dente e protetores solar sua coloração embranquecida. Tal material absorve tanto a energia solar, quanto a umidade do ar. Ele pode dividir a água em hidrogênio e oxigênio para que seja usado como combustível.
Pesquisador Dr. Torben Daeneke afirma:
A simples adição desse novo material pode converter um tijolo em fonte de energia
Essa tinta não será comercializada elos próximos cinco anos, mas pesquisadores acreditam que uma vez tento o processo melhorado, será muito acessível e adaptável em diferentes climas. “Qualquer lugar que tiver vapor de água no ar, até em regiões distantes da água, poderá produzir energia”.
A tinta poderá ser usada em qualquer superfície, de casas a paredes e cercas. Sua habilidade de transformar qualquer estrutura em energia limpa é incrível. Uma vez comercializada a tinta se juntará a uma crescente lista de produtos disponíveis para empoderar pessoas a terem o controle de produção de sua própria fonte de energia.
Fontes: Futurism, Seeker, RMIT
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REBOCO para SUPERADOBE
30/11/16
Reboco Natural
24/05/15
A aplicação de reboco natural é uma técnica de bioconstrução utilizada no acabamento de construções de adobe, super adobe, cob, pau a pique, solocimento e afins. Pode ser utilizada também em paredes construídas com materiais convencionais para dar visual diferenciado e minimizar o uso de cimento e argamassa.
As vantagens do reboco natural são:
- dispensa o uso de cimento;
- uso de materiais que causam o mínimo impacto ao meio ambiente;
- ótimo acabamento em paredes de bioconstrução e similares;
- baixo custo.
Fonte: http://www.sustentavelnapratica.net
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AS CORES DA TERRA
22/03/15
O Projeto Cores de Terra, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), lançou em seu site uma receita que ensina como fazer uma tinta especial a base de terra. Ela pode ser muito eficiente para evitar o uso das tintas comuns, que contêm grandes quantidades de produtos químicos.
Ingredientes
-Uma lata vazia de tinta de 3,6 litros;
-Terra argilosa (seis a oito quilos), água (dez litros), um quilo de cola branca. Pigmentos como açafrão, urucum, areia ou as diversas tonalidades do próprio solo podem ser usadas para obter a cor desejada. Observação: não utilizar terra de formigueiro ou cupim (confira o vídeo abaixo para mais informações).
Modo de preparo
-Misture a terra e a água, passe a mistura numa peneira fina, acrescente a cola e misture novamente. Após fazer isso, adicione a cor com a mistura de pigmentos escolhidos.
Se você quiser obter uma tinta mais fina, passe a mistura por uma peneira por mais de uma vez. Se quiser uma tinta grossa, a peneira não é necessária.
Além de todas as vantagens ambientais, esse tipo de tinta é cerca de 70% mais barata que as tintas convencionais. Uma lata de tinta cobre de 70 a 90 metros quadrados.
https://www2.cead.ufv.br/espacoProdutor/files/cursos/2/cores.swfnte
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Casa desta vila africana é uma verdadeira obra de arte
27/07/14
Cada casa desta vila africana é uma verdadeira obra de arte
No oeste da África, em Burkina Faso, existe uma pequena vila chamada Tiébélé. Em um espaço circular com pouco mais de 1.2 hectares, moram as pessoas do grupo Kassena, que vivem praticamente isoladas do resto do mundo e mantêm uma identidade cultural bastante forte, distinta e histórica. Parte disso é revelado nas paredes das casas.
Cada residência possui um certo padrão de pintura e cor, garantindo uma “cara” única para cada casa. Muitas delas não são habitadas por integrantes do grupo, mas por cadáveres. Os mausoléus ficam juntos às residências comuns e trazem sua própria beleza, também expressa por meio da pintura nas paredes.
Todos os anos, passado o período de chuvas, as casas são repintadas pelas mulheres do grupo. Os símbolos são tradicionais da cultura Kassena e trazem seus próprios significados, além de representarem o dia a dia dos moradores.
Confira algumas fotos tiradas pela fotógrafa Rita Willaert.
Fonte:http://www.hypeness.com.br
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Tinta com biomassa absorve som e reduz chamas
20/02/14
Um grupo de pesquisadores da Escola de Engenharia de Lorena (EEL) da USP desenvolveu uma tinta que utiliza bagaço e palha da cana-de-açúcar como aditivo.
E, além de decorar, a nova tinta melhora significativamente a absorção de som e diminui a propagação do fogo em um eventual incêndio – ao contrário das tintas látex normais, que são inflamáveis.
Como aproveita materiais que hoje são descartados ou subutilizados em substituição a derivados do petróleo, a tinta ainda tem como vantagens o menor impacto ambiental e um custo mais baixo.
“A escolha do bagaço e da palha da cana se justifica pela abundância nas regiões canavieiras e que, hoje, são rejeitos da indústria agrícola e precisam de uma destinação. Além disso, a substituição parcial do petróleo pela fibra natural reduz o custo de produção e o impacto ambiental quando o material for descartado,” explica o professor Ângelo Capri Neto.
Tinta antirruído e antichama
A maior preocupação era se a adição da biomassa à tinta poderia influenciar na aderência do produto acabado.
“O resultado mostrou que não e, a partir daí, investigamos algumas outras propriedades do produto, tais como alteração da textura, absorção de sons e propagação de chamas após a aplicação do produto,” disse Ângelo.
O pesquisador afirma a melhor absorção do som já era esperada, uma vez que ocorreu uma mudança da textura da tinta com a adição dos rejeitos da cana – o produto apresentou um aumento significativo de absorção de som (15 decibéis) em relação à tinta sem aditivos (10 decibéis).
O que mais surpreendeu os pesquisadores, contudo, foi a resistência do produto às chamas.
“A tinta látex é altamente inflamável. Então, se ocorrer um incêndio em um ambiente pintado com a tinta, a propagação da chama será alta. Percebemos que a palha da cana criou uma barreira, retardando esse efeito”, disse o professor Ângelo.
Outro resultado do trabalho da equipe foi a utilização da lignina – uma macromolécula obtida do fracionamento do bagaço e da palha – para produção de resina fenólica e também para compor a formulação de tintas.
http://www.inovacaotecnologica.com.br
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Hundertwasser – médico da arquitetura
24/11/13
Hundertwasser um expressionista alternativo para a arquitetura do século XX.
Nascido em 1928, em Viena, na Áustria, registrado com o nome de Friedrich Stowasser, mudou seu nome para Hundertwasser “cem águas” para deixar claro sua preocupação com as questões ambientais. Começou sua carreira no pós-guerra, em 1949, quando desembarcou em Paris com o desejo de tornar-se um artista, tendo feito sua primeira exposição em 1954. Desde então, já expressava seu ódio pela linha reta, a qual chamava de “ateia e imoral”, fruto do racionalismo que prima pela estrutura e pela função, e procurava a espiral como forma ideal e natural.
Preocupado com as questões ambientais, onde na sua visão, não se limitava somente às questões naturais, mas também sociais. Desenvolveu a teoria das três peles do homem, as quais seriam a sua epiderme, as suas vestes e a sua casa. Através de seus manifestos, e de seu próprio exemplo de conduta pessoal, ele procurava demonstrar os caminhos para se buscar uma harmonia entre estas três peles, maltratadas, segundo ele, pela sociedade automatista que queria transformar a todos em homens-tipo.
Em 1958 editou mais um de suas teorias o “Manifesto do bolor contra o racionalismo na arquitetura” , onde passou a se intitular o “médico da arquitetura”. Este manifesto se propôs a estabelecer uma cura para a terceira pele do homem, sua casa, através da aplicação da teoria do trans-automatismo na habitação, afirmando a liberdade que todos teriam de autoconstruir, fundindo, assim, as figuras do arquiteto, do pedreiro e do morador.
O conceito de bolor apresentado neste manifesto representava o poder criador da natureza, que em uma proliferação lenta, espiral e irreversível, vai tomando conta de tudo, quebrando e corroendo com a rigidez da linha reta, afirma o “médico da arquitetura”.
Um exemplo deste “bolor” é a Hundertwasser Haus: a utopia vienense.
Edifício de habitação social, solicitado pelo prefeito de Viena ao artista para projetar em um terreno de esquina, e depois de três anos o projeto começou a ser desenvolvido, devido a impedimentos na administração municipal. Somente em 1982, em parceria com o arquiteto Peter Pelika, indicado pelo prefeito, foi quando o projeto ficou pronto e em 1985 a obra ficou pronta.
O edifício foi todo construído em alvenaria portante, com exceção do subsolo e das partes do térreo – onde há pilotis – e dos entrepisos, que são em concreto armado. A escolha deste sistema estrutural visava justamente a fugir da malha geométrica, que leva à racionalização e aos ângulos retos que tanto ele queria evitar. Visto a grande diversidade de acabamentos, e a sua colocação irregular, a concepção geral da obra teve de fugir dos padrões normalmente adotados.
Os 52 apartamentos possuem formas, cores e texturas diversas, bem como suas aberturas, sendo todas elas tratadas de maneira distinta. Desta forma, se expressa o “direito de janela”, ou seja, a necessária diferenciação que deveria haver entre as distintas pessoas que habitariam o edifício, pois, para ele, esta não diferenciação, que caracteriza o homem-tipo moderno, era a causa de todo o isolamento e solidão do mundo atual.
A incorporação de elementos naturais ao edifício também constitui uma das marcas do projeto. As “árvores locatárias”, que pagam seu aluguel em forma de oxigênio, também defendidas em seus manifestos, estão presentes na Hundertwasser Haus, assentadas em latões de terra colocados em sacadas e janelas. O terraço escalonado, formado a partir da distribuição irregular dos apartamentos, possui cobertura vegetal como forma de retornar ao meio ambiente a área ocupada pela construção. O objetivo das árvores era de aproximar os moradores do mundo natural, apesar de não possuírem a finalidade de filtrarem a água, nem de receberem o húmus, como havia proposto o artista em seu esquema de edifício sustentável.
Outras teorias de Hundertwasser
– Manifesto los Von Loos (longe de loos) – Onde ataca a arquitetura sem ornamento.
– Manifesto O teu direito de janela o teu dever de árvore – reflete sobre o dever das árvores – “As árvores locatárias” que devem filtrar a água da chuva nos terraços e torna-la potável.
– Manifesto da Santa-Merda – Defende o ciclo da renovação onde a merda torna-se adubo a terra que está a árvore no telhado (segundo ele o ciclo passa não ter fim e não há mais desperdícios).
– Discurso sobre cor – A pintura das casas deve usar somente tons naturais para assemelhar-se a natureza.
Outras Obras:
Fonte: http://qicstudiografico.blogspot.com.br
http://www.hundertwasser.at/
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CONSTRUÇÃO COM FARDOS DE PALHA
17/10/13
O que é um fardo de palha?
Chama-se fardo um bloco de palha, normalmente prensado.
No início desta tecnologia e até relativamente recentemente, usou fardos de forma prismática, atualmente substituidas pelo cilíndrico, mais adequado para manejo por máquinas.
É comum que os fardos sejam usados não só para preservar a palha mas, especialmente, para manter outros tipos de cultivos destinados a forragens culturas e que são cortados e tratados antes de serem secos, como forma de obter o máximo desempenho nutricional.
Os fardos de palha possuem dimensões normalmente padrão 1000 x 450 mm e aproximadamente 18 kg são utilizados para a construção de casas de 50m ² até 500m ². Isso costumava ser um material auto-sustentável e eco-friendly.
Aplicações de construção:
Palha tem grandes qualidades como material de construção sustentável:
- é um produto 100% natural que não requerem pré-tratamento de qualquer tipo. A única coisa que deve ser tomada é que os fardos são de boa qualidade.
- é um material de proximidade com a economia de energia consequente e as emissões de CO2 associadas.
- no final de sua vida útil não é convertido para um resíduo, mas é completamente biodegradável.
- fardos de palha são tecnicamente muito eficientes para ser grande isolante térmico e acústico amplamente em conformidade com as normas vigentes.
- palha é um material que transpira e o ar interno sempre está sendo renovado.
- é um material fácil de aplicar à construção que permite construir a parede em um tempo muito curto. A simplicidade da arte de construção com palha torna um do mais difundido é o self. O procedimento é baseado em pilha agrupa alguns sobre os outros como se fossem tijolos gigantes sem qualquer adesivo ou suporte para colocar entre eles.
- material muito econômico que faz com que o custo final da casa seja baixo

Principais problemas de construção com palha:
- água – É importante proteger a palha da água durante o processo de construção até a conclusão da obra. É aconselhável construir o edifício sobre uma base elevada que protege fluxos e umidade do solo.
- fogo – A palha solta palha queima muito facilmente, mas a densidade das fardos de palha compactadas tendem a ver que há um pouco de ar para dentro e vai retardar a combustão.
- para resolver os problemas causados pelo fogo e a água é apropriada realizar um bom revestimento. Isto significa que a aparência externa de uma parede construída com fardos de palha não tem porque diferir de uma casa convencional. Os forros são geralmente feitos de barro ou de cal, dando um toque mais criativo e orgânico com paredes revestimento macio e fugindo das linhas retas com mais de meio metro de espessura das paredes.
Materiais principais:
- a palha é composta por culturas mortas de talos de grão. O mais comumente usado para a construção são trigo, cevada, centeio ou aveia.
- os fardos devem ser secos e, se necessário, mantê-los cobertos para proteger de chuva. Eles também, devem ser bem compactados.
Princípios básicos a serem seguidos para a construção:
- para paredes estruturais que suportar o peso do telhado os fardos serão colocados em cima do outro e pode cravar estacas em seu interior para mais rigidez e conectar fardos uns com os outros.
- usando fardos de palha como preenchimento significa que primeiro você tem que construir os quadros de madeira para as paredes e o telhado, a fim de fornecer suporte estrutural. Uma vez que a estrutura que os vãos das paredes estão preenchidas de fardos de palha.
- as paredes devem ocupar o comprimento de vários fardos, sem áreas menores do que a metade de um fardo.
- colocar janelas e portas, pelo menos um fardo de distância dos cantos de carga.
- é melhor evitar o uso de fixadores do metal nas paredes, já que eles favorecem a condensação de ar quente e úmido no interior da casa. É preferível fazer os tirantes com cordas.
- usar um pintura que permita respiração, a base de Cal e argamassa de Cal e proteger o edifício contra os elementos. O emplastro do Cal consiste de uma parte de óxido de cálcio com três de areia molhada e pode ser colorido com pigmentos.
No link o livro ”La casa de fardos de paja” para consulta:
http://es.scribd.com/doc/28822761/La-Casa-De-fardos-de-paja-libro-completo
Fonte: http://www.labioguia.com
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Resíduos industriais podem ser úteis para fabricar cerâmica
15/10/13
Pesquisa realizada na Escola Politécnica (Poli) da USP analisou a possibilidade de incorporar lodo de esgoto e lama vermelha, dois resíduos industriais, como matéria prima na fabricação de cerâmicas, conferindo um valor agregado a esses rejeitos. O trabalho foi realizado durante a dissertação de mestrado do engenheiro Cristian Camilo Hernández Díaz, sob a orientação do professor Antonio Carlos Vieira Coelho.
Segundo o engenheiro, as massas cerâmicas são usadas na fabricação de cerâmicas estruturais, ou seja, blocos maciços, tijolos e telhas. “Eles geralmente são fabricados com argilas comuns, com jazidas próximas à fabrica de produção. Decidimos utilizar lodo de esgoto e lama vermelha porque a produção desses resíduos está aumentando consideravelmente”, conta. A pesquisa Estudo da possibilidade de uso de lodo de esgoto e lama vermelha como matérias-primas cerâmicas foi apresentada na Poli no último dia 03 de maio.
O lodo é gerado no processo de tratamento de esgoto e a lama vermelha é o resíduo de um processo denominado Bayer para produzir alumina (óxido de alumínio, que é um dos componentes da bauxita, o principal minério de alumínio). “O lodo veio da planta de tratamento de esgotos da cidade de Franca, no interior de São Paulo. Já a lama vermelha é originária de uma planta industrial localizada no Pará”, informa.
Hernández Díaz explica que o lodo de esgoto geralmente é depositado num aterro sanitário, diminuindo a vida útil deste. A lama vermelha é levada para lagoas especiais, mas a alta alcalinidade desse resíduo gera um problema ambiental. “Em ambos os casos, os resíduos têm a possibilidade de serem usados em outras aplicações devido a seus componentes químicos, diminuindo assim a quantidade de resíduos depositados na natureza”, explica.
A pesquisa mostrou que esses resíduos poderiam ser usados como matérias-primas alternativas para outros produtos. “Assim seriam diminuídas as quantidades de resíduos a necessitarem de uma disposição final. Além disso, há um menor consumo dos recursos naturais. E quanto às propriedades tecnológicas, os produtos cumprem todos os parâmetros”, diz.
Experimentos
O engenheiro realizou a caracterização das matérias-primas quanto sua composição química, fases mineralógicas presentes e comportamento térmico. O pesquisador também avaliou as propriedades tecnológicas de corpos de prova prensados, fabricados com os resíduos e com misturas dos resíduos e argila em diferentes proporções. Essas propriedades tecnológicas são: resistência à flexão, densidade, absorção de água, porosidade e retração na secagem e na queima. Hernández Díaz ainda comparou os resíduos e suas misturas com os produtos sem adição de resíduos, quanto a vários aspectos físicos como: cor, textura e odor. Também definiu, segundo os resultados obtidos, as possibilidades de aplicações mais adequadas para os resíduos e para as misturas estudadas.
Os resíduos foram caracterizados e, baseados em estudos que já haviam sido realizados, foram escolhidas algumas proporções resíduo-argila. Depois foram determinadas as propriedades tecnológicas das misturas após queima.
Os resultados mostraram que algumas das misturas cumprem os parâmetros exigidos para os tipos de produtos estudados. A mistura que apresentou melhor relação entre a quantidade de resíduos e propriedades físicas e mecânicas foi uma mistura de 45% argila, 45% lama vermelha e 10% lodo de esgoto. Ou seja, a incorporação de resíduo é maior ao 50%.
Sobre a aplicação prática da técnica, o engenheiro afirma que seria possível. “De fato há vários artigos de testes a nível industrial e algumas casas já têm sido construídas com esse tipo de produto. Para que fosse uma produção em maior escala seriam necessárias iniciativas por parte das empresas e governos para favorecer este tipo de produção amigável com a natureza”, finaliza.
Fonte: http://www.usp.br/agen/?p=156679
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Arquitetos dinamarqueses isolam casa com algas marinhas
20/08/13
Se tivesse vivido na ilha dinamarquesa de Læsø, em 1800, veria que era comum as casas serem isoladas com algas. Agora, arquitetos dinamarqueses estão a reavivar esta tendência viscosa, na esperança de chamar a atenção para soluções de construção sustentável.
Realdania Byg, uma organização sem fins lucrativos, e a Vandkunsten, uma empresa de arquitetura dinamarquesa, uniram-se para construir uma casa em Læsø. Deram-lhe o nome de Modern Seaweed House.
A casa tem 100 m2 e foi construída para duas famílias (oito ocupantes). As instalações incluem uma ampla sala de estar central com cozinha, sendo que em ambas as extremidades da casa existe um espaço adicional com um loft destinado aos hóspedes.
A casa foi construída com uma estrutura de madeira repleta de algas marinhas que funcionam como uma alternativa à lã mineral. O telhado e a fachada foram ainda revestidos com almofadas feitas de malha de lã e recheados com algas. No telhado estas almofadas são grossas e macias, enquanto na fachada são pequenas e duras, fazendo lembrar tijolos.
Além disto, o teto pontiagudo foi ainda coberto com painéis recheados com algas e forrado com tecido de linho.
Prevê-se que a casa, que custou €260 mil (R$ 787 mil) a construir, dure tanto quanto uma casa livre de algas, já que estas plantas são muito resistentes, não apodrecem, não atraem bolor ou insetos.
Fonte: http://greensavers.sapo.pt
