Reuso Água de Chuveiro
Adubo Orgânico Líquido
06/04/14
O fertilizante não degrada a natureza e ajuda no fortalecimento e o cultivo de plantas.
Este tipo de fertilizante é totalmente sustentável, não degrada a natureza e ajuda no fortalecimento e o cultivo de plantas e hortaliças. O melhor é que ele pode ser feito em casa com a receita caseira a seguir.
Serão necessários os seguintes materiais:
– Esterco, palha ou folharada
– Garrafão plástico de 20 litros
– Restos de verduras e cascas de frutas
– Papel toalha
– Restos de comidas, vísceras de frango ou peixe
– Prego ou faca
– Tampa de garrafa plástica
– Plástico grosso e flexível 20×20 cm
– Mangueira para soro
– Garrafa plástica descartável com tampa (refrigerante, água mineral ou suco)
– Água
O primeiro passo é colocar no garrafão uma camada de aproximadamente 15 cm de esterco, palha ou folharada. Em seguida, preencha com uma camada, da mesma espessura, de restos de verduras e cascas de frutas.
Até aqui você terá preenchido cerca 30 cm do garrafão com os produtos orgânicos. Para completar a metade do volume total do objeto, coloque papel toalha, restos de comida, vísceras de frango ou peixe.
Complete a outra metade com água, de preferência recolha da chuva para aproveitar em seu fertilizante. Deixe apenas dois ou três centímetros (além do gargalo) do garrafão vazios.
Fure a base do garrafão com uma faca ou prego. Se for utilizar a faca, basta esquentar sua ponta. Para ter uma ideia do tamanho do orifício, ele deve ser suficiente para passar a mangueira de soro.
Da mesma forma, perfure uma tampa de outra garrafa plástica descartável. Sobre a boca do garrafão coloque um pedaço de plástico flexível, mas resistente, e prenda com a tampa. Com isso, a fermentação da matéria orgânica produzirá gás metano e é importante que a tampa suporte a pressão.
Insira uma das pontas da mangueira no orifício do garrafão e a outra no da garrafa pequena e sem tampa. Isso funcionará como escape do gás metano que será produzido.
Deixe o garrafão em canto do jardim e lembre-se de agitá-lo ao menos uma vez por semana. Dependendo do clima, passado dois ou três meses a matéria orgânica terá se transformado em um líquido escuro e sem cheiro.
Coloque um litro da substância em dez litros de água e está pronto o adubo orgânico. Agora basta aplicar o líquido nas plantas.
http://www.portaldomeioambiente.org.br
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Manejo apropriado da Água
18/07/13
MMA orienta sobre obras sustentáveis
26/04/13
Proposta é difundir práticas de construções e reformas que gerem economia e durabilidade dentro dos novos conceitos de habitação
Para quem está pensando em construir ou reformar, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) disponibiliza uma cartilha que traz orientações sobre como fazer moradias sustentáveis que gerem economia e durabilidade. O objetivo é difundir práticas de obras sustentáveis aos consumidores, permitindo a otimização dos recursos financeiros e naturais investidos.
A publicação “Construções e Reformas Particulares Sustentáveis” faz parte da série Cadernos de Consumo Sustentável, do MMA. A BASF, empresa de químicos para construção, colaborou na elaboração deste volume. Essa parceria permitirá a distribuição de 100 mil exemplares em todo o país.
De forma bem didática, a publicação traz um mapa que mostra, em cada cômodo da casa, quais são as opções para execução de uma obra dentro dos conceitos de sustentabilidade. Além disso, o caderno aponta quais são as melhores disposições dos ambientes em uma residência para garantir o grau adequado de insolação e ventilação natural de cada lugar.
A publicação aponta o desafio que a sociedade moderna enfrenta: introduzir na área urbana um novo conceito de habitação e construção, que ofereça mais qualidade de vida aos habitantes das grandes cidades com menor impacto ao meio ambiente. Uma das alternativas para alcançar esse objetivo é praticar o consumo sustentável, usando com mais eficiência os recursos e os materiais necessários para a construção ou reforma e diminuindo, assim, o desperdício.
Também é importante desenvolver projetos que utilizem a iluminação e a ventilação naturais e outras vantagens que o meio ambiente provê. A sustentabilidade está diretamente ligada aos “3 Rs”: reduzir, reutilizar e reciclar. Essas ações podem estar presentes em uma obra sustentável.
MELHOR OPÇÃO
De acordo com dados da cartilha, uma casa ou prédio sustentável gera uma economia de aproximadamente 30% em sua manutenção, gasta menos água e energia elétrica e tem uma vida útil e acessibilidade muito maiores. O uso de material reciclado em lugar de produtos novos também poderá trazer economia.
Outro aspecto positivo é que, atualmente, as moradias sustentáveis estão em alta no mercado imobiliário. Esses imóveis são, em média, de 10% a 30% mais valorizados. Reformas que tornem imóveis antigos mais eficientes também se beneficiam dessa valorização extra.
DICAS SUSTENTÁVEIS
As dicas da publicação para tornar a obra sustentável vão desde o projeto até o descarte dos resíduos sólidos. Durante a elaboração do projeto, por exemplo, se possível preserve as espécies nativas existentes no terreno, pois elas garantem a estabilidade do solo e refrescam o ambiente. Outra dica é optar pela iluminação natural. Além de proporcionar economia de energia, é muito mais agradável do que a iluminação artificial. A cartilha sugere, ainda, utilizar coberturas verdes, dependendo do clima da região em que a casa está localizada. Esse tipo de cobertura proporciona melhoria do conforto térmico e ajuda na retenção de águas pluviais.
Quando for escolher os materiais de construção, a indicação é evitar o uso de materiais prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. A pintura da casa, por exemplo, pode ser feita com tintas à base de água, pois elas proporcionam isolamento, proteção contra corrosão, resistência à ação da maresia e evitam bactérias, fungos e algas em regiões úmidas. Ao usar madeira, a dica é priorizar o uso da certificada, que garante que o produto foi extraído de forma correta e é proveniente de florestas com manejo adequado.
Segundo o caderno, nas áreas externas, a proposta é valorizar os elementos naturais no tratamento paisagístico e o uso de espécies nativas. Também é indicado utilizar reciclados da construção e pavimentação permeável. Prefira o piso externo intertravado, feito de material prensado e que possui vida útil longa e baixo custo de manutenção.
COMO ECONOMIZAR
Para economizar energia, a sugestão é a utilização de iluminação de longa vida e baixo custo. Outra solução que ajuda a economizar energia elétrica é a instalação de um “dimmer”, dispositivo que regula a intensidade luminosa, e de sensores de presença nos ambientes. Na hora de equipar a residência, é importante ficar atento ao comprar os eletrodomésticos. A dica é verificar a etiqueta PROCEL (Selo Procel Eletrobras de Economia de Energia), que indica o consumo energético dos aparelhos, e optar por aqueles mais eficientes.
Já para economizar água, reaproveite a água da chuva. Construa cisternas para armazenagem e utilize a água para regar jardins, lavagem de pátios, etc. Utilize também dispositivos economizadores de água: torneiras, bacias sanitárias e chuveiros com tecnologias que proporcionam a diminuição do consumo de água.
LIXO NO LUGAR CERTO
A publicação também orienta sobre o descarte correto dos resíduos sólidos, que neste caso, são compostos em sua maioria por sobras das obras. Durante a reforma ou construção, já separe espaços, na residência, para separação adequada de resíduos. Ao contratar a caçamba para entulhos, procure saber se a empresa descarta os resíduos corretamente.
Certifique-se que a obra esteja de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, do MMA, que prevê a destinação correta do lixo, incentivando a reciclagem e a sustentabilidade. A publicação reforça que a estimativa é que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto de atividades da sociedade sejam provenientes da construção.
Confira a cartilha completa aqui:
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DIA MUNDIAL DA ÁGUA
22/03/13
História do Dia Mundial da Água
O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.
Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.
No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.
Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.
Declaração Universal dos Direitos da Água
Art. 1º – A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º – A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º – O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º – A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º – A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º – A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º – A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art. 9º – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
Art. 10º – O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
A Unesco estabeleceu que 2013 é o Ano Internacional de Cooperação pela Água.
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Evento cria tecnologias de baixo custo para comunidades carentes
31/07/12
Tecnologia social
Falta de saneamento, endividamento e alimentação deficiente.
Estes são apenas alguns dos problemas que os moradores de três comunidades carentes de São Paulo apontaram para a organização do 6º Encontro Internacional de Design para o Desenvolvimento Social (IDDS, na sigla em inglês).
Com a tarefa de pensar soluções de baixo custo para esses problemas, quarenta profissionais e estudantes de diversas partes do mundo estão imersos nessas comunidades desde o começo do mês.
Na última edição do projeto, que ocorreu em Gana, na África, os participantes criaram um protetor de mamilo que diminui as chances de transmissão do vírus HIV entre a mãe e o bebê.
Para a zona rural do país, os participantes do IDDS criaram um carregador de celular de baixo custo movido à energia de bicicletas.
De acordo com a organização, estima-se que 90% dos profissionais de tecnologia e design dedicam seus esforços criativos ao desenvolvimento de produtos voltados aos 10% mais ricos da população mundial.
Dois Palitos
Lucas Pinto, administrador e pós-graduando em redes digitais pela Universidade de São Paulo (USP), participa pela primeira vez do encontro e tem a
Uma das equipes assumiu o encargo de criar tecnologias para o desenvolvimento da agricultura urbana na comunidade de Dois Palitos, em Embu das Artes.
Após uma semana na comunidade, com uma equipe de quatro pessoas, de diferentes nacionalidades e formações, o grupo já tem propostas para a região.
“A gente coletou informações e fomos desenhando as soluções possíveis. Nós fizemos protótipos, utilizando cartolina, isopor, fita crepe, de cinco tecnologias que poderiam ser implementadas no local e convidamos os moradores para conhecer e interagir com as técnicas e opinarem sobre elas,” conta Lucas Pinto, membro brasileiro da equipe.
Dentre as tecnologias planejadas estão: horta vertical com processo de gotejamento, um sistema compacto para produção de plantas ornamentais e produção de módulos para encaixe nos telhados das casas que serão utilizados para plantio.
Foram formadas oito equipes de cinco pessoas cada. Além da comunidade Dois Palitos, os grupos atuam no Bairro dos Freitas, em São José dos Campos; e no Jardim Keralux, na zona oeste da capital.
Solução financeira
O nicaraguense Mauro Perez, engenheiro eletromecânico, que também atua em Embu das Artes, faz parte do grupo que irá pensar soluções para o problema do endividamento financeiro.
“Ainda estamos construindo as propostas, mas uma das soluções pensadas inicialmente foi criar um banco popular, administrado pela própria comunidade,” adiantou Mauro.
Já Lucas Torres, estudante de engenharia mecatrônica da USP de São Carlos, está trabalhando o tema do saneamento no Bairro dos Freitas.
“O que fizemos esta semana foi diagnosticar como as pessoas se sentem em relação a isso. Muita gente desconhece para onde vai o esgoto de sua casa. A maioria das residências tem apenas fossa ou canos que levam direto para o córrego,” conta Lucas.
Faísca
Miguel Chaves, organizador do IDDS Brasil 2012, disse que o encontro tem como objetivo ser o início de uma solução permanente.
“Esse projeto é uma faísca. Temos a pretensão de atacar um pequeno pedaço do problema para que a tecnologia pensada possa crescer futuramente. Em vez de reunir esses profissionais em palestras para ficarem só falando, partimos para a prática,” disse.
Além de Gana, que sediou o evento em 2009 e 2011, os estados de Massachusetts e do Colorado, nos Estados Unidos, também foram sede do IDDS. Ao todo, 48 inovações tecnológicas foram criadas. Segundo Chaves, a ideia é reunir essas invenções em um banco de tecnologias sociais.
http://www.inovacaotecnologica.com.br
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Casa sustentável tomará decisões sozinha
28/06/12
Num futuro não muito longínquo, aspetos práticos como a gestão dos consumos de água e energia numa habitação, deixarão de ser uma preocupação de quem nela habita.
A previsão é de Frederico Casalegno, fundador e diretor do laboratório de mobilidade do MIT, e foi divulgada numa palestra no âmbito do InfoTrends, uma conferência sobre inovação.
As chamadas “casas inteligentes” são há muito discutidas entre especialistas e a necessidade de uma gestão mais eficiente dos recursos do planeta tem vindo a tornar mais urgentes soluções deste tipo. Em construção em Itália, a “casa sustentável” do MIT é, acima de tudo, uma “casa conectada”, em que os diversos componentes comunicam entre si de modo a promover uma gestão o mais eficaz possível: “o uso de sensores e a análise dos hábitos dos moradores permitem aperfeiçoar o consumo de energia, de água, reduzir a produção de lixo e resíduos. O protótipo será também o modelo mais sustentável e verde de casa que pudemos pensar”, afirmou Casalegno em entrevista.
A “arquitetura cognitiva robótica” desenvolvida pelo MIT permitirá, por exemplo, fazer com que as luzes se acendam automaticamente quando alguém se desloca através das divisões mas, ao contrário do que se passa atualmente, dará à casa a capacidade de manter as luzes acesas mesmo quando os ocupantes param de se mexer – o que não acontece quando são usados apenas sensores de movimento.
Conjugando um sistema de iluminação orgânico com janelas inteligentes autónomas e a capacidade de gerar energia, para alimentar automóveis e eletrodomésticos, esta poderá seruma das soluções aplicadas à vida real que permitirão colocar a tecnologia ao serviço do planeta – uma necessidade já impossível de ignorar.
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Água – você sabia que…
20/06/12
Você sabia que…
Que o Brasil é o país mais rico em água doce do planeta? Nada mensos que 13,7 % de toda água do mundo está aqui.
Que o Pantanal, no Mato Grosso do Sul, é a maior área úmida continental do mundo?
Que a Amazônia abriga as mais extensas florestas alagadas do planeta?
Que 70% das internações hospitalares do Brasil são causadas por doenças relacionadas à água?
Que em todo mundo, cerca de 10 milhões de mortes anuais resultam de doenças intestinais transmitidas pela água?
Que menos de 1% da água doce do planeta está disponível para o consumo?
Que em todo mundo, a irrigação na agricultura responde por cerca de 70% do consumo de água; 20% vão para a indústria; e os 10% restantes destinam-se ao uso doméstico?
Que no Brasil, a agricultura consome 70% da água, as indústrias, 20%, e as residências 10%?
Que cada minuto de banho gasta de 3 a 6 litros de água?
Que você economiza 70 litros de água se fechar a torneira enquanto ensaboa a louça?
Que o mau uso do solo nas regiões ribeirinhas é o maior causador das enchentes?
Que em todo o mundo, as enchentes causam perdas econômicas de cerca de cinco bilhões de dólares?
Que 40 milhões de brasileiro não têm acesso a água?
Que o uso de água mais que triplicou entre 1950 e 1980?
Que em São Paulo, 70% da poluição das águas é de origem doméstica e 30% de origem industrial?
Que o índice de desperdício de água no Brasil chega a 40% entre a produção e os domicílios?
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Eficiência Energética em Edificações
23/05/12
Agora é possível etiquetar o edifício da mesma forma que os aparelhos eletrodomésticos,já vêm sido etiquetados; sendo A o mais eficiente!
“O consumo de energia elétrica nas edificações corresponde a cerca de 45% do consumo faturado no país.
Estima-se um potencial de redução deste consumo em 50% para novas edificações e de 30% para aquelas que promoverem reformas que contemplem os conceitos de eficiência energética em edificações.” [3]
“A crise mundial de energia demanda uma revolução substancial na filosofia, estratégia, tecnologia, e métodos de construção de edificações.” [1]
Cada vez mais essa revolução esta acontecendo…
Como exemplo, na Inglaterra, considerando a meta de construir casas com zero emissão de carbono, o código para casas sustentáveis incorpora nove pontos chave; a eficiência energética é ponto central, mandatório como padrão mínimo [2].
Etiquetagem Brasileira – PROCELEDIFICA
No Brasil, o Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações – PROCEL EDIFICA foi criado em 2003 pela ELETROBRAS/PROCEL. Para criarem condições para a etiquetagem do nível de eficiência energética de edificações foram desenvolvidos (e vem sido revisados):
- Regulamento Técnico da Qualidade do Nível para o nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RTQ-R)
- Requisitos de Avaliação da Conformidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RAC-R).
- Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (o RTQ-C)
- Requisitos de Avaliação da Conformidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RAC-C).
[1] Zhai, Z. , Previtali, J. Ancient vernacular architecture: characteristics categorization and energy performance evaluation. 2009
[2] Osmani, Mohamed; O’Reilly, Alistair. Feasibility of zero carbon homes in England by 2016: A house builder’s perspective. 2009
[3] Procel Info
R3E
A Rede de Eficiência Energética em Edificações (R3E), criada pela Eletrobrás, conta com doze laboratórios parceiros em várias universidades brasileiras – incluindo a Unicamp. Essa rede foi criada para manter uma troca de informações de pesquisa e ensino e estimular o desenvolvimento de novas tecnologias de projeto e construção ligadas à Eficiência Energética em Edificações e para fazer com que o processo de etiquetagem fique cada vez mais difundido!
Como em Portugal, onde para uma pessoa vender uma casa é obrigada a ter a Certificação Energética, assim o próximo morador sabe se irá morar em uma casa ambientalmente confortável e com baixo consumo de energia.
Nesse site é possível simular – de uma forma simples e divertida – o quanto sua casa consome de energia e o que cada mudança pode influenciar no consumo total. Foi feito para Portugal, mas vale para saber como funciona.
Saiba mais:
LabEEE
http://www.labeee.ufsc.br/projetos/etiquetagem
PROCEL INFO
Arq. Carla Matheus
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Conforto numa casa sustentável
14/02/12
Uma habitação bioclimática reúne boa arquitetura, otimização do clima, proteção do ambiente e economia. Só em eletricidade e gás podem poupar bastante.
Projetar e construir um edifício considerando a envolvente climática é o objetivo da arquitetura bioclimática. Deste conceito advém ganhos bastante significativos. Tanto no inverno, como no verão, quase não precisa aquecer ou arrefecer as divisões de casa, isso na conta da eletricidade e de gás, mais baixa do que em construções onde o conforto térmico não está assegurado. Portugal tem um clima bastante favorável à adoção destes princípios.
Para perceber como aplicar algumas técnicas na sua casa, de modo a conseguir um maior conforto térmico, pode recorrer às agências de energia, municipais ou regionais.
Construção atenta aos pormenores
A orientação das fachadas da casa a Sul é favorável, no Inverno ou Verão, desde que com sistemas de sombreamento a proteger do sol direto. Numa sala de 30 m², por exemplo, as necessidades de arrefecimento podem aumentar em 1 kW, se a sala for orientada a Oeste, em vez de a Sul.
O isolamento térmico das paredes simples previne fugas de calor entre o interior e o exterior da habitação. O mesmo deve ser colocado no exterior, revestindo paredes e vigas e evitando as pontes térmicas. Uma parede simples isolada pelo exterior evita até 50% das perdas de calor.
Os vidros duplos protegem do calor e do frio. Têm duas camadas de vidro, separadas por uma câmara de gás inerte, de maior efeito isolante. As perdas de calor para o exterior reduzem-se em 45% com uma janela de vidro duplo e caixilharia isolante.
A chamada Parede de Trombe é constituída por um vidro exterior orientado a Sul, uma caixa-de-ar e uma parede de grande inércia térmica (de tijolo maciço, por exemplo). Estas paredes acumulam o calor do Sol durante o dia, transmitindo-o para o interior durante a noite.
A técnica de arrefecimento pelo solo permite refrigerar as divisões, fazendo passar ar do exterior por tubos enterrados, onde arrefece, sendo depois libertado na casa. No Inverno, o mesmo sistema permite preaquecer o ar.
A água pode ser usada para arrefecer o ar. Caso haja espaço disponível em frente à habitação, é possível criar espelhos de água. A evaporação da água dá-se junto às paredes exteriores da casa, diminuindo a temperatura do ar em seu redor.
As varandas, por cima das janelas ajudam, durante o Verão, a quebrar a incidência direta do Sol.
As janelas basculantes permitem, com o estore parcialmente fechado, arejar a casa. Por sua vez, as janelas pequenas evitam o arrefecimento excessivo das casas viradas a Norte.
A forma do edifício influencia as perdas e os ganhos de calor entre o interior e o exterior. Quanto mais compacto for o edifício, menor serão as perdas energéticas. Além disso, uma casa baixa está menos exposta ao vento.
O uso de vegetação, de preferência a Este e a Oeste, evita a entrada de radiação solar direta através das janelas e protege as paredes exteriores do excesso de calor. A vegetação também protege do vento e oxigena o ar.
A utilização de painéis solares fotovoltaicos permite converter a energia solar em elétrica, enquanto os coletores solares têm a vantagem de usá-la para aquecer água. A instalação destes sistemas leva à redução do consumo de energia elétrica.
No poupar está o ganho
A falta de conforto térmico nas casas resulta de problemas construtivos. Para ultrapassar o desconforto, gasta-se eletricidade em excesso para aquecer ou arrefecer. Porém, as casas construídas segundo critérios bioclimáticos apresentam temperaturas que, na maior parte do ano, dispensam equipamentos de aquecimento ou arrefecimento. Num edifício, a fase de maior impacto ambiental é a da construção, dado concentrar a grande fatia de consumo energético. Aqui, a arquitetura bioclimática é crucial nos mecanismos a que recorre para o diminuir: a orientação solar, o correto posicionamento do edifício no terreno, a escolha adequada dos materiais de construção.
Os materiais de construção também influenciam as condições climatéricas no interior. A inércia térmica, própria dos materiais pesados, como dos tijolos maciços e da pedra, é importante em casas bioclimáticas. Com grande inércia térmica, mantêm-se mais tempo frescas durante o dia, enquanto armazenam calor, que libertam à noite.
Considerando um cenário de consumo de 12 500 kWh/ano, correspondente a um gasto de eletricidade de cerca de € 65 mensais e de € 35 de gás, a redução em 80% da fatia do aquecimento significa uma poupança anual superior a 250 euros.
http://ecocasaportuguesa.blogspot.com
Obs. Mantivemos o texto original.
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BANHEIRO SECO ECOLÓGICO
31/01/12
É uma tecnologia simples e econômica, consagrada em diversos países do mundo e utilizada desde a antiguidade. Transforma os dejetos humanos em adubo orgânico, recurso valioso para agricultura. É “seco” porque não utiliza ou desperdiça água no sanitário.
Compostagem
O tratamento por compostagem e a sua utilização na higienização de material fecal mostrou-se adequado quando bem manejado. A eliminação de patógenos se dá pela alta temperatura alcançada em tempo suficiente. O processo de compostagem exige conhecimento do processo.
O tratamento por desidratação elimina os patógenos pela alcalinidade e desidratação do material, é indicado para as comunidades que não realizam a compostagem e vivem em locais muito secos, como o semiárido nordestino. A desidratação costuma exigir menos manutenção, pois é realizado no próprio local de armazenamento, que com a permanência em tempo adequado e com a mistura lançada sobre as fezes possibilita sua higienização.
Cabe ressaltar que a desidratação é possível em sanitários onde haja separação da urina e das fezes.
Os locais que já tem hábito de compostar seu resíduo de alimentação, ou de estrume animal, mostram-se mais pertinente o tratamento por compostagem, no entanto devem estar cientes da manutenção do sistema e de proteção deste para permitir a saúde do homem e de seu meio.
É bom deixar claro que o processo de higienização também deve ser compatível com os materiais que a comunidade disponibiliza, por exemplo, a desidratação requer cinza, terra ou pó de calcáreo; já a compostagem requer serragem, restos de jardinagem ou palha.
A escolha do método é fundamental para facilidade e permanência da qualidade do uso de banheiro seco.
Fonte: http://banheirosecoecologico.blogspot.com/2010/12/desidracao-ou-compostagem-para.html
