Esgoto (fossa eficiente)
Vaso sanitário sem água, ou rede de esgoto
08/11/18
PEQUIM — O co-fundador da Microsoft, Bill Gates, apresentou nesta terça-feira uma peça tecnológica que pode revolucionar o mundo, não nos computadores dos escritórios, mas nos banheiros. O vaso sanitário reinventado não precisa de água nem de rede de esgoto, pois usa produtos químicos para transformar dejetos humanos em fertilizante.
– O vaso sanitário atual simplesmente manda os dejetos embora na água, enquanto estes vasos sanitários não têm o esgoto. Eles recebem os dejetos líquidos e sólidos e fazem um trabalho químico neles, o que inclui queimá-los na maioria dos casos — explicou Gates à Reuters.
– A novidade foi apresentada no evento Reinvented Toilet Expo, na China. Em palestra, Gates elogiou o livre comércio globalizado, que tornou possível o desenvolvimento do vaso sanitário.
– Acredito sinceramente que o comércio permite que cada país faça aquilo em que é melhor — afirmou o bilionário. — Então, quando falo de componentes deste vaso sanitário sendo feitos na China, outros na Tailândia, outros nos Estados Unidos, estou dizendo como é bom juntar todo esse QI para ter essa combinação.
O novo vaso sanitário é resultado de anos de desenvolvimento, em projetos financiados pela Fundação Bill e Melinda Gates. Segundo Gates, a tecnologia já está pronta para entrar no mercado, em vários modelos, e pode ser comparada à computação.
– Da mesma maneira que um computador pessoal é de certa forma autossuficiente, e não uma coisa gigantesca, podemos realizar este processamento químico nos próprios lares — afirmou.
O que pode parecer trivial tem o potencial para promover uma revolução global no saneamento. No palco, Gates mostrou um pote com excrementos humanos, que continham 200 trilhões de células de rotavírus, 20 bilhões de bactérias e cem mil ovos de parasitas. A esterilização de resíduos humanos podem evitar 500 mil mortes de crianças e economizar US$ 233 bilhões por ano em custos para o tratamento de doenças como diarreia e cólera.
— Nos lugares onde não há instalações sanitárias, tem muito mais disso — afirmou, apontando para o pote. — E é a isso que as crianças são continuamente expostas quando brincam, e é por isso que relacionamos isso não apenas com a qualidade de vida, como também com doenças, morte e desnutrição.
De acordo com bilionário, mais da metade da população mundial não tem acesso a banheiros apropriados, equipamento que deveria ser considerado básico.
– Quando você pensa em coisas que são básicas, junto com a saúde e ter o que comer, ter uma privada faz parte desta lista — afirmou.
Fonte: O Globo
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BET – Tratar o esgoto de forma ecológica
18/05/18
A Bacia de Evapotranspiração (BET), também conhecida como “fossa de bananeiras”, “fossa ecológica” ou Tanque de Evapotranspiração (TEvap) é uma solução sustentável para o tratamento da água negra (efluentes de descarga sanitária). A BET é uma tecnologia que consiste em um sistema plantado, onde ocorre decomposição anaeróbia da matéria orgânica, mineralização e absorção dos nutrientes e da água pelas raízes (PAULO, BERNARDES, 2004).
É uma alternativa indicada para comunidades onde não existe acesso a rede de esgoto e principalmente para as áreas rurais, onde normalmente os efluentes são despejados diretamente no ambiente ou nas chamadas “fossas negras”, sem nenhum tipo de tratamento. O despejo inadequado dos dejetos humanos é um dos principais problemas de saneamento no Brasil, contribuindo significativamente para a proliferação de doenças, contaminação do solo e dos recursos hídricos.
Vantagens da Bacia de Evapotranspiração (BET):
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Baixo Custo
Utilizando o sistema construtivo de ferro-cimento, os custos de implementação podem ser menores do que os da implantação de um sistema de fossa séptica ou sumidouro;
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Reaproveitamento de materiais de construção
Entulhos e pneus usados são utilizados no interior da bacia, e servem como meio filtrante e de escoamento do efluente;
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Não contaminação do solo e do lençol freático
Por ser um sistema impermeável, o efluente não infiltra no solo e é liberado apenas pela evapotranspiração, sem nenhum contaminante;
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Resíduos são transformados em nutrientes para as plantas
Os nutrientes presentes são removidos através da sua incorporação à biomassa das plantas;
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Produção de Alimentos e ornamentação
As espécies mais indicadas são as plantas de folhas largas, como as bananeiras, mamoeiros e taiobas. As bananeiras são muito utilizadas nesse sistema devido ao seu alto potencial de evapotranspiração, e seus frutos podem ser consumidos. Além disso, também podem ser utilizadas espécies de plantas ornamentais para a composição do paisagismo do local;
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Melhoria da qualidade de vida e prevenção de doenças
Segundo Guimarães, Carvalho e Silva (2013), investir em saneamento é uma das formas de se reverter o quadro existente de precariedade das condições de saúde devido à falta de tratamento de dejetos humanos.
Fonte: https://www.engaia.com.br
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Saneamento básico
03/12/16
Estudo elaborado por solicitação do Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Cidades e do ONU-Habitat, visa discutir os possíveis impactos de processos de mudanças, em especial relacionadas ao crescimento econômico, sobre o setor de saneamento, em suas diversas características, desde política pública até infraestrutura sanitária, abordando as diversas esferas federativas. Sua elaboração relaciona-se simultaneamente com a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20, junho/2012) e com o VI Fórum Urbano Mundial (Nápoles, setembro/2012). O apelo à economia verde e à estrutura institucional para a sustentabilidade, da Rio+20, e ao tema das cidades, incluindo os quatro eixos temáticos a serem tratados no VI Fórum – planejamento urbano; equidade e prosperidade; cidades produtivas; mobilidade urbana, energia e ambiente – claramente se articulam com a discussão aqui desenvolvida.
http://www.mma.gov.br/
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BIO Sanitário Compostável a Seco
27/06/16
A saúde e a manutenção da qualidade de vida nos ecossistemas da terra dependem do funcionamento sustentável dos organismos que nela habitam. Incluindo as edificações, que como os seres vivos, possuem suas funções excretoras com geração de esgotos e dejetos, que podem ser substituídas por produção de húmus e alimento, através da consciência ecológica e do uso de técnicas como o Banheiro Seco. Para dar destino ao esgoto negro (aquele que contem fezes) o melhor a se fazer é ter um Banheiro Compostável a Seco, no qual utilizamos na descarga, matéria orgânica seca (serragem, folha secas ou terra) ao invés de água. Além de não utilizar água na descarga e não necessitar de rede de esgoto, esses sanitários são mais higiênicos e ecológicos que as fossas comuns, pois não despejam dejetos no meio ambiente poluindo o solo, os mananciais de água subterrânea e os nossos córregos, rios e mares.
Agradecemos Flávio Duarte por autorizar a publicação da apostila em nosso blog.
Fonte: http://www.biohabitate.com.br/
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Fossa Séptica sustentável com pneus reaproveitados
17/06/16
A fossa séptica desenvolvida pela Prefeitura de Uberlândia é uma alternativa interessante para reaproveitar materiais que seriam descartados, ao mesmo tempo em que soluciona parte do problema de saneamento básico, comum em várias cidades brasileiras.
O Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) é o órgão responsável pela criação do sistema e pela fabricação das fossas sustentáveis entregues na cidade mineira. Mas, para não limitar o conhecimento, eles criaram um manual que dá o passo a passo para que a ideia seja replicada em qualquer lugar.
A base para a fabricação dessa fossa são pneus de caminhão, conseguidos muitas vezes sem custo algum. De acordo com a DMAE, este modelo de fossa tem atraído muitos produtores rurais e pessoas que moram em sítios e chácaras em áreas afastadas e pouco atendidas pelas redes de coleta de esgoto.
Cada fossa utiliza dez pneus, divididos em dois módulos. A conexão é feita diretamente no vaso sanitário. No primeiro módulo ocorre a decomposição dos rejeitos através de bactérias. A matéria orgânica se deposita no mundo do recipiente, enquanto o líquido gerado segue para o segundo módulo, onde as bactérias continuam atuando, removendo até 95% da matéria orgânica contaminante.
Fonte: http://www.uberlandia.mg.gov.br/uploads/cms_b_arquivos/13915.pdf
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Escola Pública 100% Sustentável
31/05/16
Uruguai ganha primeira escola pública 100% sustentável da América Latina
Dois mil pneus, cinco mil garrafas de vidro, dois mil metros quadrados de papelão e oito mil latas de alumínio. O que dá para fazer com isso? Acredite: uma das respostas é “uma escola”, e ela já está de pé, lá no Uruguai.
Quem projetou a construção de 270 m² foi Michael Reynolds, um norte-americano que nos anos 60 percebeu que a arquitetura havia abandonado o ser humano e fundou uma comunidade para viver de forma mais inteligente e harmônica com a natureza.
Há 45 anos ele criou a Earthship, especializada em edifícios sustentáveis e de baixo custo. A escola de Jaureguiberry, no Uruguai, tem placas de energia solar e moinhos de vento para gerar energia, além de hortas para a produção de alimentos orgânicos.
60% do material utilizado na escola é reciclado. Desde 2014, os moradores da região foram apresentados ao projeto e fizeram o possível para torná-lo real. Assim como 200 voluntários do Uruguai e de outros países que colocaram a mão na massa durante as sete semanas de construção, aprenderam o método de Reynolds e poderão replicá-lo pelo mundo.
A escola sustentável atenderá cerca de cem alunos por ano, com um modelo de ensino que os coloca em contato direto com a natureza e o meio ambiente. O objetivo é ressignificar a escola, fazendo dela um espaço de encontro para comunidade, setor público e privado, com aprendizados sobre inovação e sustentabilidade desde a construção até as aulas.
Assista o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=U5DpM6JB7sM
Fonte: http://www.hypeness.com.br/
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Bacia de Evapotranspiração
28/10/15
A Bacia de Evapotranspiração, conhecida popularmente como “fossa de bananeiras”, é um sistema fechado de tratamento de água negra, aquela usada na descarga de sanitários convencionais. Este sistema não gera nenhum efluente e evita a poluição do solo, das águas superficiais e do lençol freático. Nele os resíduos humanos são transformados em nutrientes para plantas e a água só sai por evaporação, portanto completamente limpa.
Pré-requisito para o uso da BET é a separação da água servida na casa, em cinza e negra. A água negra, a que sai dos sanitários, deve ir para a BET. A água cinza, aquela que sai da máquina de lavar, pias e chuveiros, deve ir para outro sistema de tratamento como um círculo de bananeiras.
1. Fermentação: A água negra é decomposta pelo processo de fermentação realizado pelas bactérias na câmara bio-séptica de pneus e nos espaços criados entre as pedras e tijolos colocados ao lado da câmara.
2. Segurança: Os patógenos são enclausurados no sistema, porque não há como garantir sua eliminação completa. Isto é realizado graças ao fato da bacia ser fechada, sem saídas. A bacia necessita ter espaços livres para o volume total de água e resíduos humanos recebidos durante um dia. A bacia deve ser construída com uma técnica que evite as infiltrações e vazamentos.
3. Percolação: Como a água está presa na bacia ela percola de baixo para cima e com isso, depois de separada dos resíduos humanos, vai passando pelas camadas de brita, areia e solo, chegando até as raízes das plantas, 99% limpas.
4. Evapotranspiração: Na minha maneira de ver, este é o principal princípio da BET, pois graças a ele é possível o tratamento final da água, que só sai do sistema em forma de vapor, sem nenhum contaminante. A evapotranspiração é realizada pelas plantas, principalmente as de folhas largas como as bananeiras, mamoeiros, caetés, taioba, etc. que, além disso, consomem os nutrientes em seu processo de crescimento, permitindo que a bacia nunca encha.
5. Manejo: Primeiro (obrigatório), a cobertura vegetal morta deve ser sempre completada com as próprias folhas que caem das plantas e os caules das bananeiras depois de colhidos os frutos. E se necessário, deve ser complementada com as aparas de podas de gramas e outras plantas do jardim, para que a chuva não entre na bacia.
Segundo (opcional), de tempos em tempos deve-se observar os dutos de inspeção e coletar amostras de água para exames. E observar a caixa de extravase, para ver se o dimensionamento foi correto. Essa caixa só deve existir se for exigido em áreas urbanas pela prefeitura para a ligação do sistema com o canal pluvial ou de esgoto.
PASSO-A-PASSO:
1- Em relação ao sol! Como a evapotranspiração depende da incidência do sol, a bacia deve ser orientada para a face norte (no hemisfério sul) e sem obstáculos como árvores altas próximos à bacia, tanto para não fazer sombra como para permitir a ventilação.
2 – Dimensionamento! Observa-se que 2 metros cúbicos de bacia para cada morador é o suficiente para que o sistema funcione sem extravasamentos. A forma de dimensionamento da bacia é: largura de 2m e profundidade de 1m. O comprimento é igual ao número de moradores usuais da casa. Para uma casa com cinco moradores, a dimensão fica assim: (LxPxC) 2x1x5 = 10 m3.
3 – Pode-se construir a bacia visando a economia sem descuidar da segurança, o método mais indicado de construção das paredes e do fundo é o FERROCIMENTO. As paredes ficam mais leves, levando menos materiais. O ferrocimento é uma técnica de construção com grade de ferro e tela de “viveiro” coberta com argamassa. A argamassa da parede deve ser de duas (2) partes de areia (lavada média) por uma (1) parte cimento e argamassa do piso deve ser de duas (3) partes de areia (lavada) por uma (1) parte cimento. Pode-se usar uma camada de concreto sob (embaixo) o piso caso o solo não seja muito firme.
4 – Câmara anaeróbia! Depois de pronta a bacia e assegurada sua impermeabilidade, mantendo-a úmida por três dias, vem a construção da câmara que é super facilitada com o uso de pneus usados e o entulho da obra. Como mostra a foto abaixo, a câmara é composta do duto de pneus e de tijolos (bem queimados) inteiros alinhados ou cacos de tijolos, telhas e pedras, colocados até a altura dos pneus. Isto cria um ambiente com espaço livre para a água e beneficia a proliferação de bactérias que quebrarão os sólidos em moléculas de micronutrientes.
5 – Dutos de inspeção! Neste ponto pode-se iniciar a fixação dos 3 dutos de 50mm de diâmetro, conforme os desenhos acima, para a inspeção e coletas de amostras de água.
6 – Camadas de materiais! Como a altura dos pneus é de cerca de 55cm, que juntamente com a colmeia de tijolos de cada lado vão formar a primeira camada (mais baixa) de preenchimento da bacia (câmara), irão restar ainda 45 cm em média para completar a altura da BET e mais 4 camadas de materiais.
A segunda camada é a de brita (+/- 10 cm). Nesse ponto eu tenho usado uma manta de Bidim para evitar que a areia desça e feche os espaços da brita. A terceira é a da areia (+/- 10 cm). E a quarta é a do solo (+/- 25 cm) que vai até o limite superior da bacia. Procure usar um solo rico em matéria orgânica e mais arenoso do que argiloso. A última camada é a palha que fica acima do nível da BET.
7 – Proteção! Como a bacia não tem tampa, para evitar o alagamento pela chuva, ela deve ser coberta com palhas. Todas as folhas que caem das plantas e as aparas de gramas e podas, são colocadas sobre a bacia para formar um colchão por onde a água da chuva escorre para fora do sistema. E para evitar a entrada da água que escorre pelo solo, é colocada uma fiada de tijolos ou blocos de concreto, ao redor da bacia para que ela fique mais alta que o nível do terreno.
8 – Plantio! Por último, deve-se plantar espécies de folhas largas como mamoeiro (4), bananeiras (2), taiobas, caetés, etc. As bananeiras podem ser plantadas de diversas maneiras. Mas eu prefiro usar o rizoma inteiro ou uma cunha (parte de um rizoma) com uma gema visível. Após fazer os buracos (no mínimo 30x30x30 cm) deve-se enchê-las com bastante matéria orgânica (palhas, folhas, etc.) misturada com terra. O rizoma deve ficar há uns 10 cm, em média, abaixo do nível do solo. Quando plantada a partir de mudas posicione-os inclinados para fora, isso facilitará a colheita e o manejo das bananeiras.
F onte: http://www.setelombas.com.br/2010/10/bacia-de-evapotranspiracao-bet/
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Privada Seca Composteira
24/05/15
As privadas composteiras são arejadas por uma corrente de ar que entra embaixo e é puxada para cima por uma chaminé, que é pintada de preto e por isso esquenta sob o sol. O aquecimento do ar que está dentro da chaminé o faz subir, puxando o ar frio que passa por dentro do composto, e assim retira o resto de mau cheiro que possa existir na composteira. Isto areja o composto e favorece a vida dos microorganismos. Na presença de oxigênio do ar, estes microorganismos digerem os compostos de uma maneira que faz com que ele cheirem bem e se torne excelente adubo. O aquecimento do material durante a decomposição mata os micróbios e vermes que nos causam doenças. Por isto não há perigo de contaminação ao se manejar o composto que poderia ser aproveitado em qualquer lavoura, mas de maneira mais cuidadosa é usado para adubar árvores.
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Conheça 7 materiais e tecnologias sustentáveis para sua reforma
21/05/15
Englobar economia, sociabilidade e práticas ambientais está se tornando algo cada vez mais importante na vida das pessoas. Se você acha que a reforma da sua casa é uma oportunidade para fazer escolhas mais sustentáveis, essa dica é pra você. E o melhor, tem opções para todos os bolsos.
Existem diversas formas de praticar a sustentabilidade dentro de casa e de forma barata e rápida. Dicas como reciclagem e economia de água já está mais do que clara na cabeça das pessoas e devem ser práticas rotineiras.
Mas, a sustentabilidade não para por aí. Outras coisas, um pouco mais complexas, podem fazer com que os hábitos de sua vida mudem. O site 100 Pepinos separou uma lista de materiais e tecnologias sustentáveis que você pode aplicar na sua próxima reforma.
Telhado verde
É um tipo de cobertura sobre o teto de casas e edifícios feita com plantas. Em geral, são usadas plantas pequenas, que precisam apenas de uma estreita camada de terra, como suculentas ou hortaliças, mas, dependendo da estrutura da laje é possível até ter um pequeno pomar. Para se fazer um teto verde, é preciso cuidado com impermeabilização da laje e com a drenagem da água.
O serviço de empresas especializadas custa em torno de R$150,00/m², mas elas terão cuidado com o peso que a laje pode suportar (lembrando que haverá terra, água e plantas sobre ela) e a impermeabilização adequada para que não ocorram infiltrações pelo teto, que vai ficar cheio de água. Além da diversão de usar uma área verde, ele gera conforto térmico e acústico da casa e contribui pra diminuir a poluição ambiental e aumentar a umidade do ar.
Captação e reuso de água de chuva
A ideia aqui é simples, criar um sistema que coleta e armazena a água da chuva e que permita que ela seja usada para situações que não requerem água potável, como regar o jardim, lavar o quintal ou para a descarga do banheiro, por exemplo.
Os fatores importantes neste caso são: saber dimensionar a quantidade de água que provavelmente cai sobre sua casa – para poder prever a tubulação que vai transportar essa água e o tamanho da cisterna em que ela ficará armazenada – um sistema para filtrar essa água e a forma de fazê-la ficar disponível pra você reusar.
Você pode ter um sistema mais complexo, feito por engenheiros ou técnicos especializados, em que a água é conduzida e bombeada para a tubulação que fica nas paredes da casa, mas você também pode optar por um sistema bem simples e barato, em que a água que cai no telhado é conduzida por uma calha até um reservatório pequeno com uma mangueira acoplada e fica lá guardada pra quando você precisar usar.
Lâmpadas LED
Elas são feitas com um dispositivo eletrônico que precisa de muito menos energia para gerar luz. Além de consumir menos energia, elas também têm vida útil 40 vezes maior do que as lâmpadas incandescentes comuns. Hoje em dia elas usam o mesmo soquete que as lâmpadas incandescentes e as fluorescentes (ou frias), então são bem fáceis substituir.
Uma lâmpada LED custa cerca de R$ 40, mas a diferença de preço é compensada no longo prazo e na economia de energia.
Tinta ecológica
Essas tintas são feitas com matérias-primas naturais, sem componentes sintéticos ou insumos derivados de petróleo. E podem ser de três tipos: minerais, vegetais e com insumos animais. Geralmente são livres de VOC (Compostos Orgânicos Voláteis), eliminando o impacto negativo na qualidade do ar e não agredindo a camada de ozônio.
Por serem mais naturais são muito usadas em ambientes com pessoas que tem alergias e também são recomendadas para hospitais, restaurantes e quartos de criança. A diferença de preço com relação às tintas convencionais é pequena.
Compostagem
Este é um processo para aproveitar resíduos orgânicos (cascas e restos de frutas, verduras e legumes, podas de plantas, etc) e transformá-los em adubo. Em vez de desperdiçar todos esses nutrientes e mandar para o aterro sanitário ou para o lixão, ele pode ser usado para fazer um composto rico que pode ser usado como adubo.
Não deixa cheiro e é simples de manejar. Só de curiosidade, 50% do ‘lixo’ gerado por uma pessoa poderia ser compostado. Você pode comprar um minhocário, que é um conjunto de 3 caixas onde são colocados os resíduos e minhocas fazem o trabalho de transformá-los em composto. Uma composteira doméstica precisa de uma área de 1 m² na sombra.
Energia solar
A energia solar é uma fonte abundante e de baixo impacto ambiental. E é uma alternativa para você produzir sua própria energia. Para isso, é preciso instalar painéis solares que são placas capazes de transformar a energia do sol em energia elétrica. Uma casa que consome 500kWh/mês precisaria de cerca de 20 painéis de 240 Wp.
Esses painéis ocupam mais ou menos 35m², e ter a área disponível também é importante. Eles podem ser instalados sobre o telhado ou cobertura da garagem, por exemplo. Um engenheiro saberá avaliar corretamente. A questão é o custo. Neste exemplo de uma família que consome 500 kWh/mês, os painéis custam o equivalente a 10 anos de conta de luz. Ou seja, você faz um investimento inicial que vai demorar 10 anos pra se pagar, mas vai continuar durando por mais quinze depois disso. Vale muito a pena.
Vaso sanitário com duplo acionamento
O duplo acionamento é um sistema que possibilita usar a descarga com opção para 3 ou 6 litros, ao invés de apenas um sifão, como nas descargas comuns.
Este vaso possui uma caixa com dois compartimentos, que podem ser acionados juntos ou separadamente. Este dispositivo com dois botões possibilita a utilização da água de acordo com a necessidade específica de cada um, proporcionando uma economia de mais de 60% no consumo de água.
Fontes: www.100pepinos.com.br e http://revista.zapimoveis.com.br/
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PROJETO BANHEIRO SECO
21/04/14
Alguns dados preocupantes;
O problema da água e do saneamento é o coração de não somente dos problemas relacionados à segurança ambiental, mas também à segurança alimentar e saúde. Hoje, estima-se que 41% da população global, ou seja, 2,6 bilhões de pessoas, não possuam acesso a saneamento básico e 42.000 pessoas morrem toda semana por consumirem água poluída por material fecal. Este problema é mais grave em países como a Índia, China, muitos países da África e alguns países da América Latina. (RAMANI, 2008).
Cerca de 90% do esgoto no mundo é despejado no meio ambiente com pouco ou nenhum tratamento (ESREY et al., 2001). No ano 2000, a taxa de mortalidade relacionada a doenças causadas pela falta de saneamento atingiu 2,2 milhões de pessoas. Mais de 2 bilhões de pessoas foram infectadas com vermes parasitas, em sua maioria crianças com menos de 5 anos, com 300 milhões destas sofrendo de doenças (WERNER, 2004).
Além disso, a cobertura do saneamento no meio rural não chega à metade da cobertura da zona urbana, sendo que 80% das pessoas que carecem de saneamento apropriado (2 bilhões de pessoas) vivem nas zonas rurais, das quais aproximadamente 1,3 bilhões somente na China e na Índia. E, ainda que, entre 1990 e 2000 um grande número de pessoas conseguiu acesso aos serviços de saneamento, (por volta de 816 milhões de pessoas conseguiram acesso ao abastecimento de água e 747 milhões a instalações de saneamento), os aumentos percentuais da cobertura parecem modestos devido ao crescimento da população mundial (OMS/UNICEF, 2000).
