Elétrica
Já temos toda a energia necessária para acabar com a pobreza
09/12/19
Já temos toda a energia necessária para acabar com a pobreza
Ainda não sabemos ao certo se é mesmo possível construir uma civilização sustentável.
Acabar com a pobreza e cuidar do clima
Dois objetivos fundamentais da humanidade hoje são erradicar a pobreza e enfrentar as mudanças climáticas. Antes de planejar o que fazer, contudo, é fundamental que o mundo saiba primeiro se as ações para alcançar algum desses objetivos afetam o outro.
Por exemplo, muito se tem discutido sobre quanta energia os países realmente precisam para satisfazer as necessidades mais básicas de toda a sua população; mas os cenários globais de estabilização climática assumem fortes reduções no crescimento da demanda de energia – especialmente nos países em desenvolvimento.
Uma pesquisa patrocinada pelo IIASA (Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados), na Áustria, forneceu agora, pela primeira vez, uma base para responder a essa pergunta, incluindo as ferramentas necessárias para relacionar as necessidades básicas diretamente ao uso de recursos.
Os pesquisadores escolheram três países em desenvolvimento – Brasil, Índia e África do Sul – e, para cada país, analisaram quais requisitos materiais estavam subjacentes às necessidades humanas básicas; e como os recursos energéticos necessários para atender a essas necessidades básicas variam em diferentes contextos (por exemplo, clima ou cultura) em cada país.
Para isso, eles desenvolveram uma nova maneira de derivar a demanda de energia dos serviços básicos, separando-a da demanda de energia para o crescimento econômico, de modo que a energia para a erradicação da pobreza pudesse ser separada daquela demanda da parte da população que já não se encontra abaixo da linha a pobreza.
“Há muito que as pessoas temem que o desenvolvimento econômico e a mitigação do clima não sejam compatíveis – que o crescimento necessário para tirar bilhões de pessoas da pobreza tornaria impossível reduzir as emissões líquidas a zero – o que é um requisito para a estabilização do clima. Até agora, a comunidade de pesquisa, no entanto, não tinha uma forma de separar as necessidades de energia para erradicar a pobreza das necessidades de energia para o crescimento da demanda geral dos países. Sem isso, vastas desigualdades e padrões de consumo insustentáveis nos países em desenvolvimento estavam sendo ignorados,” explica o professor Narasimha Rao.
Temos energia para combater a pobreza
O setor de transporte é um dos grandes consumidores de energia. Por isso pesquisadores têm recomendado pensar fora da caixa e viabilizar formas alternativas de transporte para uma economia sustentável.
Os resultados mostram que as necessidades de energia para fornecer padrões de vida decentes a todos os cidadãos dos países analisados estão muito abaixo do uso atual de energia nacional, e também muito abaixo do uso médio per capita da energia em termos globais.
Em outras palavras, não há uma dicotomia entre combater a pobreza e cuidar do clima porque já temos a energia suficiente para atender ao primeiro objetivo – basta distribuí-la adequadamente.
A energia necessária para proporcionar saúde e educação é muito menor do que a energia necessária para sustentar a infraestrutura física, o setor de transportes e as residências e prédios comerciais e industriais.
Mais do que isso, essas necessidades de energia para dar dignidade aos mais pobres podem ser ainda mais reduzidas se os países fornecerem transporte público extensivo a preços acessíveis e usarem materiais locais na construção civil.
“Não esperávamos que as necessidades de energia para uma vida minimamente decente fossem tão modestas, mesmo para países como a Índia, onde existem grandes lacunas. Também foi uma surpresa agradável que as necessidades humanas mais essenciais relacionadas à saúde, nutrição e educação são baratas em termos de energia. Ao longo do caminho, também descobrimos que medir a pobreza em termos dessas privações materiais excede em muito a definição de pobreza de renda do Banco Mundial,” detalhou Rao.
Embora o impacto do setor seja pontual em relação a setores como agricultura e pecuária, tem havido pressões para uma mineração verde e sustentável.
Pressão de energia para os ricos
As descobertas indicam ainda que a riqueza, mais do que as necessidades básicas, pressiona a demanda de energia e que a maior parte do crescimento futuro da energia nesses países provavelmente servirá à classe média e aos ricos, mesmo que os governos priorizem a erradicação da pobreza.
Isso sugere que deve ser dada muita atenção aos estilos de vida e como eles evoluem nos países em desenvolvimento.
O Brasil, por exemplo, possui uma intensidade energética de mobilidade comparativamente alta devido à alta dependência dos carros. Devido a essas diferenças, os países em desenvolvimento enfrentarão diferentes custos e desafios para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, elevando a qualidade de vida dos cidadãos acima de um padrão básico.
As promessas futuras do Acordo de Paris deverão considerar essas diferenças para garantir que os países percebam seus esforços como comparáveis e justos, recomenda a equipe.
Fonte: https://www.inovacaotecnologica.com.br
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Armazenamento de Energia
19/10/18
Há alguns anos, um grupo da Universidade Chalmers de Tecnologia, na Suécia, vem trabalhando em uma substância capaz de armazenar energia solar durante anos.
A substância é constituída por uma molécula de carbono, hidrogênio e nitrogênio, que apresenta a propriedade única de ser transformada em um isômero rico em energia – um isômero é uma molécula que consiste nos mesmos átomos, mas unidos de modo diferente.
Este material pode ser isomerizado usando energia solar e então armazenado em tanques, para ser usado quando a energia for necessária – à noite ou no inverno, por exemplo. Sua forma líquida é ideal para uso em um sistema de energia solar que os pesquisadores batizaram de MOST (Molecular Solar Thermal Energy Storage: Armazenamento molecular de energia solar termal).
A equipe agora anunciou grandes avanços no desenvolvimento da MOST, que é essencialmente uma versão da tecnologia conhecida como bateria de fluxo, neste caso voltada para o armazenamento do calor – existem outras voltadas para armazenar o vento.
“A energia neste isômero agora pode ser armazenada por até 18 anos. E quando vamos extrair a energia e usá-la, conseguimos um aumento que é bem maior do que ousávamos esperar,” disse o professor Kasper Moth Poulsen.
Um dos melhoramentos envolveu o desenvolvimento de um catalisador para controlar a liberação da energia armazenada. O catalisador atua como um filtro, através do qual o líquido flui, criando uma reação que o aquece em 63 graus Celsius – se o líquido estiver armazenado a uma temperatura de 20° C, quando bombeado através do filtro ele sai pelo outro lado a 83° C. O calor então pode ser aproveitado para gerar energia, enquanto a molécula retorna à sua forma original, podendo ser reutilizada no sistema.
Além disso, o sistema anteriormente dependia da adição de tolueno, um composto químico inflamável. Agora os pesquisadores descobriram uma maneira de remover o tolueno e usar apenas a molécula de armazenamento de energia.
Juntos, estes avanços significam que o sistema de energia MOST agora funciona de maneira circular, sem depender da adição de componentes externos. Primeiro, o líquido captura energia da luz solar (calor) em um coletor termossolar no telhado de um prédio. Em seguida, ele é armazenado a temperatura ambiente, com perdas mínimas de energia.
Quando a energia é necessária, o líquido pode ser sugado pelo catalisador, com o calor sendo então utilizado, por exemplo, em sistemas termovoltaicos, para geração de eletricidade, ou em sistemas de aquecimento. O líquido pode então ser enviado de volta para o telhado para recolher mais energia, sem emissões e sem danificar a molécula.
Falta agora combinar todo esse processo em um sistema integrado pronto para uso.
“Ainda há muito a ser feito. Acabamos de fazer o sistema funcionar. Agora, precisamos garantir que tudo esteja idealmente projetado,” disse Poulsen.
Bibliografia:
Macroscopic heat release in a molecular solar thermal energy storage system
Zhihang Wang, Anna Roffeya, Raul Losantos, Anders Lennartsona, Martyn Jevrica, Anne U. Petersen, Maria Quant, Ambra Dreos, Xin Wen, Diego Sampedro, Karl Börjesson, Kasper Moth-Poulsen
Energy & Environmental Science
Fonte: https://www.inovacaotecnologica.com.br
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Poço Canadense – Climatização natural
07/11/17
Fabrique um “poço canadense” e poupe até 70% na fatura de luz.
Todos nós gostaríamos de ter um sistema de climatização na nossa casa que aqueça muito no inverno, arrefeça no verão e gaste pouca ou nenhuma eletricidade. Infelizmente, algo assim não existe nos dias de hoje. O que sim é possível é ter um sistema que pode ajudar-nos a manter uma temperatura mais ou menos constante no nosso lar por pouco dinheiro.
Trata-se dos chamados poços canadenses ou provençais. Esta construção aproveita-se da energia geotérmica para manter a temperatura da casa a uns 20º constantes, quer seja inverno ou verão. Os seus custos de produção não são muito elevados e apenas necessita de manutenção. Se a isto acrescentarmos que é totalmente ecológico e não produz qualquer resíduo contaminante, já temos o sistema ideal para o lar.
A energia geotérmica é a responsável pelo que o subsolo se mantenha a uma temperatura constante durante todo o ano. Se escavarmos 2 metros no solo, descobriremos que a temperatura costuma oscilar entre os 18º e 24º C quer seja inverno ou verão.
Os poços canadenses procuram aproveitar esta temperatura constante para aquecer ou arrefecer o ar proveniente do exterior e derramá-lo assim no nosso domicílio. O modo de conseguir isto é realmente simples e só precisaremos de um sistema de tubos colocados por baixo da terra de uma forma determinada.
No momento de pensarmos em construir um destes poços, deveremos ter em conta uma série de fatores. Um dos mais importantes é o tipo de solo em que nos encontramos e a sua condutividade térmica. Realizando um estudo de condutividade térmica, saberemos imediatamente a viabilidade da construção de um poço no nosso terreno.
Também devemos saber que este sistema funciona melhor para arrefecer no verão do que para aquecer no inverno. No primeiro caso, podemos até mesmo dispensar o ar condicionado. No inverno, o calor que recebemos é insuficiente para aquecer por si só a casa. Mesmo assim, pode poupar-nos entre os 40 a 70% da fatura de aquecimento.
Que elementos compõem um poço canadense?
Um poço canadense é composto basicamente de 4 elementos. A entrada de ar do exterior, o tubo onde o ar será aquecido, o poço de drenagem e um impulsor de ar.
A entrada de ar: deve estar condicionada de tal forma que só permita a entrada de ar. Isto quer dizer que deve evitar, na medida do possível, que água, insetos, animais ou plantas entrem no seu bocal. Para isto, existem diversos tipos de formas que resolvem o problema.
O tubo de refrigeração: deve ser colocado 2 metros abaixo da terra. Deve ser fabricado com um material impermeável, resistente, com boa condutividade térmica e ser anticorrosivo. Os tubos de PVC são ideais para esta função.
O poço de drenagem: é um elemento fundamental na instalação. A sua função é a de armazenar qualquer tipo de humidade ou resíduo líquido que possa acumular-se no tubo de refrigeração. A partir daqui, poderemos drenar a água de diferentes formas.
A impulsor de ar ou ventilador: A sua função é encarregar-se que o ar exterior entrará no tubo de refrigeração e depois na nossa casa. É normal que seja um elemento elétrico, embora gaste muito pouca energia.
Fonte: https://pt.econologie.com/puits-canadien-ou-provencal/
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Escola de Taquaritinga é finalista em concurso de sustentabilidade
06/11/16
Projeto desenvolvido por alunos secundaristas concorre a 100 mil dólares no Prêmio Zayed de Energia do Futuro, em Abu Dhabi
Um projeto realizado por alunos da Escola Estadual Prof. Dimas Mozart, de Taquaritinga, a 300 km de São Paulo, na zona Noroeste do Estado, foi selecionado entre os finalistas do Prêmio Zayed de Energia do Futuro, organizado pelo governo dos Emirados Arábes Unidos, para incentivar projetos de sustentabilidade nas escolas. A iniciativa é da professora de Ciências e Biologia, Viviane Cristina Silva Ramos, que estimulou os alunos a reunir ideias para desenvolver um projeto para o concurso.
“Os alunos pesquisaram, deram ideias, gravaram vídeos. Fui juntando as ideias sobre o que eles sonhavam em mudar na escola, sobre o que poderia ser mudado para tornar a escola mais sustentável”, conta Viviane. O resultado foi a formulação de um projeto com oito páginas escrito pela professora e traduzido para o inglês pelo consulado dos Emirados Árabes, em São Paulo.
Entre as ideias para tornar a escola mais sustentável, estão a produção de balões térmicos nos refeitórios para que os alunos sirvam as suas próprias refeições; a construção de cisterna para captação de água de chuva e de uma composteira para horta orgânica; pintura de paredes com tinta ecológica; substituição do uso de lâmpadas incandescentes por lâmpadas de Led; instalação de placas solares para a geração de energia; troca de torneiras e descargas por modelos que economizem água; e instalação de telhas transparentes para aproveitar a iluminação natural.
O projeto concorre na categoria Escolas Secundárias Globais e o prêmio para a escola vencedora é de 100 mil dólares para o desenvolvimento do projeto. Concorrem uma unidade de cada continente (América, Europa, África, Ásia e Oceania). Entre as escolas da América, concorrem mais dois projetos, da Bolívia e do México.
O resultado do concurso será conhecido em janeiro de 2017. Neste mês, a professora Viviane, acompanhada de dois alunos que mais se destacaram na formulação do projeto, vai a Abu Dhabi, para acompanhar a cerimônia de divulgação dos vencedores do prêmio
A escola
Estudam na Escola Estadual Prof. Dimas Mozart 446 alunos, de 11 a 17 anos, dos ensinos Fundamental e Médio. Desde 2013, são desenvolvidas ações de sustentabilidade na unidade escolar do Estado em Taquaritinga, segundo Viviane Silva Ramos. “Temos uma horta simples e tentamos conscientizar os alunos sobre coleta seletiva e economia de energia, para que eles levem essas ideias para casa”, afirma.
O projeto dos alunos inclui a transformação de uma sala ociosa na escola para a promoção de palestras sobre o tema da sustentabilidade.
O prêmio
O Prêmio Zayed de Energia do Futuro foi criado em 2008 e distribui anualmente US$ 4 milhões em premiações a projetos que promovam o uso de energia renovável e de ações sustentáveis.
Cinco categorias são premiadas: Grandes corporações; Pequenas e médias empresas; Organizações não lucrativas; Conjunto da obra; e Escolas secundárias globais.
Segundo Ana Paula Fava, chefe da Assessoria Especial para Assuntos Internacionais do Estado de São Paulo, nos últimos dois anos a organização do prêmio tem realizado um trabalho de promoção para que o estado participe do evento.
Do Portal do Governo do Estado
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GoSol
23/03/16
Medidas sustentáveis são, mais do que nunca, muito bem vindas. Uma delas é o painel solar, adereço eficaz para aquecer água e cozinhar. Alternativa que ajuda a diminuir danos ao meio ambiente e favorece àqueles que não possuem acesso à energia elétrica. A organização GoSol propõe a democratização desses painéis pelo mundo.
Uma ação promovida pela GoSol em abril deste ano desenvolveu e compartilhou manuais de construção de painéis solares, através do uso de matéria prima local, a fim de promover energia para quem precisa e quem mais se interessar, de residências a instalações comerciais. “Nossa missão é erradicar a pobreza energética e minimizar os danos das mudanças climáticas através da tecnologia Faça Você Mesmo, quebrando barreiras para o acesso à energia solar”, informa o site da companhia.
Essa ação permitiu que a GoSol criasse uma campanha chamada Free The Sun, para arrecadar fundos e distribuir materiais para a construção de painéis e difundir a técnica que permite a todos o acesso à energia de forma autônoma. Em fase de captação de verba primeiramente nos EUA, a campanha espera ganhar forças para chegar em diversos locais do mundo.
Saiba mais sobre as possibilidades dessa proposta no vídeo abaixo e no site da GoSol.
Confira o vídeo deles e coloque a mão na massa para construir sua própria fonte de energia limpa:
Fonte: http://www.hypeness.com.br/ e http://www.gosol.org/FreeTheSun
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Janela inteligente pode bloquear 80% da luz ou do calor
23/09/15
Eletrocrômico
As janelas inteligentes prometem um novo salto de qualidade graças ao trabalho de Jongwook Kim e seus colegas da Universidade do Texas em Austin, nos EUA.
Em 2013, a equipe desenvolveu uma janela inteligente capaz de regular a luz e o calor de forma independente.
Agora eles obtiveram dois avanços significativos na manipulação dos seus materiais eletrocrômicos: um modo frio altamente seletivo, e um modo quente mais eficiente.
Eletrocrômicos são materiais que mudam de cor pela aplicação de uma corrente elétrica.
Com isto, a janela inteligente pode deixar passar a luz e bloquear o calor, ou deixar passar o calor e bloquear a luz.
Esse controle mais preciso e mais seletivo deverá ajudar a economizar na conta de energia, seja ela usada nos sistemas de ar-condicionado ou de aquecimento.
Rede interpenetrante
O modo frio do material permite controlar até 90% do calor e até 80% da luz visível. O chaveamento do modo frio para o modo quente, ou seja, fazer a janela inteligente mudar de comportamento, leva apenas alguns minutos.
A equipe otimizou o material organizando os dois componentes do compósito de forma a criar uma rede porosa, mas interpenetrante, criando rotas para o transporte de cargas eletrônicas e iônicas. Essa organização permite uma troca rápida entre os modos de operação.
O objetivo agora é desenvolver uma técnica de estruturação do nanocompósito eletrocrômico que possa ser utilizado em escala industrial a um custo competitivo.
Nanocomposite Architecture for Rapid, Spectrally-Selective Electrochromic Modulation of Solar Transmittance
Jongwook Kim, Gary K. Ong, Yang Wang, Gabriel LeBlanc, Teresa E. Williams, Tracy M. Mattox, Brett A. Helms, Delia J. Milliron, Nano Letters, Vol.: 15 (8), pp 5574-5579, DOI: 10.1021/acs.nanolett.5b02197
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Brasil e Alemanha lançam portal sobre energia heliotérmica
24/06/15
Energia heliotérmica
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável lançaram a Plataforma Online de Heliotermia.
http://energiaheliotermica.gov.br/pt-br
A iniciativa tem por objetivo reunir e disseminar informações sobre energia heliotérmica no Brasil.
Energia heliotérmica é a geração indireta de eletricidade a partir dos raios solares – indireta porque, antes de virar energia elétrica, o calor do Sol é captado e armazenado para, depois, ser transformado em eletricidade.
Além de ser considerada uma fonte de energia renovável de baixo impacto ambiental, a heliotermia pode oferecer energia sempre que for necessário. Com a possibilidade de armazenar energia térmica, a produção acontece mesmo em dias nublados ou durante a noite.
“A grande vantagem da energia solar heliotérmica é que podemos produzir tanto calor para processos industriais quanto energia elétrica”, disse Eduardo Soriano, do MCTI, destacando que o Brasil, como país tropical, tem grande potencial para aproveitamento da energia do Sol.
Plataforma Online de Heliotermia
A plataforma é dividida em duas seções: área aberta e área exclusiva para usuários cadastrados.
Na primeira, acessível a todos os visitantes, há páginas informativas e notícias sobre heliotermia. Já a área exclusiva, que pode ser acessada após um cadastro, disponibiliza artigos científicos e informações especializadas para quem estuda ou trabalha com o tema.
Os usuários encontram ainda guias de mercado e de pesquisa, nos quais empresas, órgãos públicos e instituições de financiamento, pesquisa e desenvolvimento podem se registrar para compor um panorama das organizações relacionadas à heliotermia.
O site também possui as seções Empregos e Editais, com as oportunidades profissionais da área.
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/
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Janela inteligente a energia solar e sem fios
18/01/15
Controle ativo
Este novo chip projetado por pesquisadores alemães pode resolver qualquer problema de relacionamento que você tenha com suas janelas.
Além de avisar se a janela está aberta ou fechada – lembre-se da hora que você vai sair de casa ou quando começa a chover -, o pequeno dispositivo contém sensores capazes de identificar se alguém está tentando arrombar sua casa.
O chip dispensa baterias, funcionando com a energia coletada por células solares impressas diretamente em sua superfície, e os alertas são enviados por conexão sem fios, dispensando a conexão de cabos da janela até uma central de alarme.
O chip também pode ser diretamente anexado a um sistema de controle ativo, que abra ou feche a janela de forma automática ou programada.
Sensores magnéticos e acelerômetro
O dispositivo é dotado de sensores magnéticos e de um acelerômetro, que permitem saber se a janela está parcial ou totalmente aberta. Como a ação conjunta dos dois sensores permite diferenciar flutuações muito tênues, a janela inteligente “sabe” se está sendo aberta normalmente ou se alguém a está forçando para tentar abri-la.
Gerd vom Bögel e Andreas Goehlich, do Instituto de Circuitos Microeletrônicos e Sistemas, na Alemanha, afirmam que o sistema é sensível o suficiente para identificar a pancada de uma bola, por exemplo, sem disparar o alarme, mas basta um empurrão contra a trava para que a sirene comece a tocar.
Embora a maior parte destas funcionalidades existam em sistemas maiores e mais caros, a dupla teve um trabalho duro para imprimir as células solares diretamente sobre o chip, além de fazer o conjunto todo consumir tão pouca energia que apenas uma luminosidade fraca seja capaz de alimentá-lo.
E, com apenas 10 milímetros, o sensor é fino o suficiente para ser montado diretamente sobre o perfil de alumínio da janela. Sem a necessidade de fiação, a expectativa é que o dispositivo chegue aos consumidores a um custo muito baixo.
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/
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Munique planeja ter 100% de energia limpa até 2025
07/10/14
Autoridades de Munique, terceira maior cidade da Alemanha, anunciaram nos últimos dias que assumiram o desafio de suprir a demanda de eletricidade com energia 100% renovável até 2025. Se atingida, a meta ambiciosa daria à cidade o título de metrópole líder em sustentabilidade no planeta.
A Stadtwerke München, or SWM, empresa municipal de eletricidade, terá que produzir cerca de 7,5 bilhões de kilowatts hora de energia verde para uma população de mais de um milhão de habitantes.
Entre os diversos projetos já em andamento para alcançar a meta proposta pela prefeitura está a instalação de uma usina hidrelétrica instalada no Rio Isar. O funcionamento da planta garantiu o abastecimento de energia de fonte limpa a 4 mil residências da cidade alemã. E no zoológico de Munique, esterco de elefante é convertido em biocombustível.
A Stadtwerke München também tem investido em projetos renováveis em outros países europeus, como uma planta solar em Andalusia, na Espanha, e em fazendas eólicas no Mar do Norte, entre Inglaterra e Escandinávia. A eletricidade produzida nestes lugares alimenta o grid integrado da Europa. Muitas empresas e comerciantes locais também estão fazendo sua parte ao optar por energia limpa junto às suas companhias de eletricidade.
O Parlamento da Comunidade Europeia já tinha definido como objetivo para as nações membro ter pelo menos 20% da energia proveniente de fontes limpas, como vento, sol ou biomassa. A Alemanha é um dos países mais avançados no mundo em iniciativas e desenvolvimento de tecnologias alternativas.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/
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Luz natural em qualquer lugar, a qualquer hora
26/07/14
Luz do Sol artificial
Embora haja uma tendência de substituição das lâmpadas incandescentes e fluorescentes pelas “lâmpadas de estado sólido”, ainda há restrições quanto à qualidade da luz emitida por essas alternativas economicamente mais eficientes.
Agora, pesquisadores europeus afirmam ter encontrado a solução definitiva para que os LEDs produzam uma iluminação mais natural – uma “luz quente”, como eles chamam.
Usando materiais nanoestruturados – materiais fabricados com saliências, rugosidades ou outras características com dimensões na faixa dos nanômetros – eles criaram um sofisticado sistema óptico que recria os efeitos da luz natural.
Para isso, a luz originalmente produzida pelos LEDs passa pelo sistema óptico, que mede alguns milímetros de espessura, onde são simuladas a difusão e as interferências que a atmosfera gera na passagem da luz solar – um processo conhecido como dispersão de Rayleigh, responsável, entre outras coisas, pela cor azul do céu.
Luz natural em qualquer lugar, a qualquer hora
O sistema todo tem uma forma plana, parecido com uma janela ou um teto solar, facilitando sua colocação em diversos tipos de ambiente.
Segundo a equipe do projeto Coelux, financiado pela União Europeia, o resultado é um “maior conforto e bem-estar nos ambientes internos e subterrâneos”.
“Com o Coelux, você pode desfrutar céus ensolarados a qualquer hora, em qualquer lugar,” garante o professor Paolo Di Trapani, da Universidade de Insubria, na Itália e líder do projeto.
“Do mesmo jeito que tentar descrever o cheiro de um perfume ou a cor de um sol tropical, é difícil descrever os efeitos do Coelux devido à percepção do espaço infinito que a tecnologia produz,” garante ele.
Alguns desses efeitos podem ser vistos nestas imagens, que, embora pareçam renderizações feitas por computador, são fotos reais dos experimentos.
Anticlaustrofobia
Para tirar a prova definitiva da tecnologia, os pesquisadores fizeram um teste com voluntários que sofrem de claustrofobia.
“Mesmo os indivíduos claustrofóbicos se sentiram bem e relaxados quando expostos à luz, apesar de permanecerem em uma sala sem janelas de poucos metros quadrados por um período razoável de tempo,” disse Trapani.
A equipe já criou uma empresa para começar a comercializar a tecnologia, que terá como foco inicial as aplicações na área de saúde.
A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou 2015 como o Ano Internacional da Luz, para criar uma consciência global de como a iluminação pode ter uma influência positiva sobre a saúde e o bem-estar das pessoas.
http://www.inovacaotecnologica.com.br
